SOBRE A CONCENTRAÇÃO DA SELEÇÃO BRASILEIRA PARA O MUN DIAL DE 2014.

O transporte da seleção brasileira de futebol a granja Comarí para concentração pré mundial, no município de Teresópolis, região serrana do Estado do Rio de Janeiro, apesar da cobertura da mídia corporativa, foi tímida nas ruas e, ainda marcada por protestos dos professores da rede pública, atualmente em greve.

Nenhuma comoção ou festa de multidões marcou o pseudo evento. A maioria da população permaneceu em suas rotinas sofrendo a vida de todos os dias.

Nada anunciou a fanfarrona "Copa de Todas as Copas" como apelidou a imprensa oficial. Assistimos apenas a pequenas manifestações de provinciano e acrítico provincianismo.
As mazelas cotidianas falam mais forte do que  a fantasia do falso espetáculo midiático.

Como alguns por aqui questionam: COPA DO MUNDO PRA QUEM E PRA QUE NESSE PAÍS DE TANTAS E  ABSURDAS NECESSIDADES E INACREDITÁVEIS CONTRADIÇÕES?

MÍDIA PARTICIPATIVA E AÇÃO DIRETA: A REINVENÇÃO DO ESPAÇO PÚBLICO

As midias participativas hoje recodificam virtualmente o espaço público pulverizando e pluralizando o processo de contrução de consensos e dissensos na sociedade. Surge, assim, na agenda contemporânea a crucial questão de uma redefinição do poder político e dos meios de participação e expressão na esfera pública.

 

O sintôma mais evidente deste ainda embrionário processo de reinvenção dos movimentos sociais é seu tendente distanciamento das instituições tradicionais de participação política como, por exemplo, partidos e sindicatos.

Se a institucionalização de formas de democracia direta é uma franca e fecunda tendência da cultura democratica e parlamentar contemporânea somente o futuro dirá.

 

Por enquanto ainda é muito prematuro para afirmar contundentemente qualquer possibilidadde de reinvenção das coisas vividas. Podemos apenas, por enquanto, constatar que dispomos de novas formas e estratégias de manifestação e associação propiciadas pelo advento do virtual como uma instância de hiper realidade.

SOBRE O NOVO ATIVISMO SOCIAL

O ativismo social e a contra cultura reinventaram o cenário politico tupiniquim através das marchas de protestos  de 2013;
Em 2014 esse novo e heterogêneo ator coletivo se reinventa, ainda, contra o discurso oficial de um país novo e próspero que só existe nos olhos miopes dos hegemônicos petistas e seu nacional populismo requentado, ora personificado pelo grande circo da copa de 2014.

Apartidário e libertário o novo ativismo propõe a radicalidade da democracia, a liberdade nas ruas contra os falsos consensos nacionais. Ele não se prende a qualquer resultado das urnas, mas ao perpétuo resultado das ruas e da ação direta.

PT OU NÃO PT: UMA FALSA QUESTÃO

A sabedoria dos imbecis e a má virtude dos desonestos dominam o circo político nacional em tempos de hegemonia petista.

Inclino-me a pensar que os debates sobre a realidade nacional tornaram-se tão mediocres quanto o cotidiano da administração pública a ponto de tudo se resumir em uma falsa questão: PT ou não PT.

 

Reconhecendo as mazelas das propostas situacionistas e a palidez das alternativas oposicionistas só posso concruir pelo resultado melancólico das próximas eleições. Seja qual for a cara idiota do vencedor a enfeiar a faixa presidencial.

Em terras tupiniquins chegou-se o momento de se repensar a própria democracia para além das forças politicas tradicionais e o jogo viciado das agremiações partidárias.

OS OTÁRIOS (VOLUNTÁRIOS) DA COPA DO MUNDO QUE NÃO SERÁ

Neste sábado, em algumas cidades sede da copa do mundo que não será, centenas de otários (voluntários) do evento receberam
treinamento para atuar nos dias dos jogos. Fico imaginando o que leva tanta gente a se submeter a um papel tão ridículo e
estúpido, considerando todos os absurdos desta copa. Seus elefantes brancos, gastoa astronômicos e oportunismos políticos.

Talvez certas pessoas sofram de um mal estranho que poderia aqui chamar de "complexo de boa vontade". Indiferentes as contradições da realidade e incapazes de critica, tais pessoas se deixam levar pelo impulso abstrato e irracional de "servir" a um vago ideal de bondade.Pouco lhes importa a realidade.Estes são os otários (voluntários) da copa: um pequeno exército de sonâmbulos da boa vontade.

NÃO VAI TER COPA!

NÃO VAI TER COPA!
Recusamos de uma vez por todas
O circo virtual de suas celebrações vazias,
Dizemos não ao espetáculo social
Afirmando  a prioridade da  vida.

NÃO VAI TER COPA!
Vamos calar a festa
Com os protestos
De quem de tão farto
Dos absurdos da realidade
Reivindica a imaginação e a liberdade
De um cotidiano novo e francamente humano.
 

NÃO VAI TER COPA!

A COPA DO MUNDO DE 2014 E O FIM DA ERA LULA

A copa do mundo no Brasil, seus gastos absurdos e ufanismo inconsequênte,tornou-se o catalizador de uma profunda insatisfação coletiva, inspirando uma onda de protestos e greves de norte a sul. É como se a sociedade finalmente acordasse do ingodo da era Lula de um país prospero e em crescimento as portas do "primeiro mundo".
Agora a realidade se impõe a política...

A FALÁCIA DO FIM DA ESCRAVIDÃO E O ARCAÍSMO NACIONAL

A assinatura da lei áurea em 13 em maio 1888 e o golpe republicano de 15 de novembro de 1889, quando associados, nos fazem pensar o racismo como um dos grandes fundamentos da invenção do Brasil enquanto estado-nação. Afinal de contas, as primeiras décadas da república foram marcadas por discussões sobre a necessidade de "branqueamento" da população e, até onde sei, nenhuma debate sobre o destino dos aforriados relegados à margem da nascente república, mesmo constituindo a maior parcela da população. Contrariando o mito da "democracia racial", o Brasil é um país mestiço e racista.
Em poucas palavras, a abolição da escravidão não teve qualquer consequência politica  ou social na medida em que o racismo sobreviveu a escravidão.

CONTRA AS DESORDENS DA ORDEM

Não sei que ordem é esta
que nos formata o cotidiano,
que sustenta os discursos
de um suposto progresso,
enquanto nossas vidas seguém
cegas e pretéritas.
Protestos não me espantam.
O que me assusta é essa ordem
que nos impõe mansidão
em meio a este grande carnaval nacional.

MARCHA DA MACONHA 2014- IPANEMA-RJ

A Marcha da Maconha ocorrida neste sábado, dia 10 de maio, na orla da praia de Ipanema, apesar do tempo chuvoso, manteve o brilho e a irreverência das edições anteriores.Ouso dizer que foi além refletindo uma amadurecimento e reinvenção dos discursos anti proicionistas. Organizada em diversas alas temáticas que levantavam bandeiras diversas como a do plantio, da questão feminista e do uso medicinal no contexto das vivências da erva, a marcha refletiu um novo momento da luta pela discriminalização do usuário de maconha a luz dos últimos acontecimentos no Uruguai e nos Estados Unidos.

Em terras tunipiquins, onde ainda imperam tantos arcaísmos e miopias culturais, a causa da maconha, uma das faces mais contemporâneas da luta pela garantia dos direitos civis e, especialmente, do indivíduo, frende aos conservadorismos de sociedade, é um saudável exercício de radicailidade democrática.

A COPA DO MUNDO QUE NÃO FOI DO SR. SEVERINO

O sr. Severino da Silva não acompanhou a apresentação da escalação dos jogadores da seleção de futebol para a copa do mundo. Perambulava pela cidade na ocasião em busca de atendimento médico sofrendo dores no peito.

 

Em determinado hospital não encontrou atendimento de emergência, em outro, faltavam médicos...

 

Antes de conseguir qualquer alternativa, alcançou o óbito a espera de atendimento em uma sala de espera lotada de posto de saúde localizado a mais de 200 km do lugar em que morava.

 

Enquanto todos comentavam a escalação divulgada da seleção,  o Sr. Severino morria. Ninguém soube disso ou abordou o fato.

 

Para o Sr. Severino não haverá copa. 

DONT GO TO BRAZIL II

A exemplo do consulado do Reio Unido, da Alemanha , Estados Unidos e Argentina muitos outros orientam aqueles que pretendem visitar o brasil a atentarem para a insegurança e criminalidade que galopa em todos os cantos e recantos deste estranho país.

Pessoalmente não vejo preconceito em tais advertências. Qualquer nativo suficientemente honesto sabe o quanto o Brasil é uma barbárie tropical onde mesmo sem serem, por muita sorte, roubados nas ruas, os que cometerem a loucura de visitar o país em tempos de copa do mundo serão no mínimo vítimas de estorções nos preços dos hotéis e serviços que lhe serão por aqui oferecidos.

SOBRE O JUSTIÇAMENTO E A BARBÁRIE BRASILEIRA

Vem se tornando mais comum entre os tupiniquins a prática de "justiçamento", ou seja,linchamento público promovido por populares tendo por vítima suspeitos ou autores de crimes de alguma forma noticiados.

Trata-se da velha fórmula da "justiça com as próprias mãos", ou pura e simples  forma de barbárie comum em sociedades em que até mesmo os que posam de justos não passam de filhos da puta.

Em outras palavras, agora por aqui a violência não é uma pratica comum apenas  entre policiais e criminosos, também contagia a população ignorante sedenta de "justiça" e contra ao que chamam de "impunidade".

DONT GO TO BRAZIL.

Em um país definido por tantas hipocrisias, mentiras e violências cotidianas como o Brasil, chega a ser ofensiva o ufanismo cantado em verso e prosa pela midia local em anos de copa do mundo e eleição.

E há quem diga que não se deve "estragar" a festa no circo verde brega amarelo, como se fosse de algum modo natural tamanha insanidade coletiva.

Sim, nada mais digno do que colorir as ruas de preto em atos de protesto e  recusa, afirmar  que ainda por aqui existe quem se indiguine.

E ESPERAMOS QUE ISSO SEJA APENAS O COMEÇO....

A POLÊMICA DA BANANA E A REALIDADE NACIONAL

A atitude do jogador Daniel Alves do Barcelona de comer uma banana que lhe foi atirada por um torcedor racista,
gerou uma das mais equivocadas campanhas patrocinadas por celebridades politicamente corretas de todos os tempos.

Um bom exemplo do falso ativismo social midiático que só serve como publicidade barata para famosos.

Definitivamente, não somos todos macacos. Aliais, os coitados dos macacos não tem nada a ver com as mazelas da vida humana.

 

Meu intuito aqui é pura e simplesmente pegar carona na malfadada polêmica para lembrar que ainda vivemos em uma república das bananas, em uma sociedade definida por inúmeros preconceitos.

Por aqui a banana deveria ser adotada como símbolo do arcaismo nacional.

FODA-SE AYRTON SENNA !!!!!

Neste lugar  nenhum de terras tupiniquins o primeiro de maio foi o vazio de sociedade.
Por aqui a tradicional  data de luta e protesto  de tempos de referência de sociedade industrial e hoje  superada, passa em branco no caos nacional  sem provocar qualquer reflexão sobre o lugar do conceito de trabalho em nossa contemporâneidade. 

A imprensa falada e escrita faz mais questão, muito significativamente, de reverenciar o mito ufanista e vazio
de Ayrton Senna em tempos de vazios de copa de mundo na porcaria do Brasil...
TUDO QUE SEI É QUE AYRTON SENNA NÃO ME REPRESENTA!!!!!!