O CENÁRIO PÓS ELEITORAL 2014

O tão esperado fim da campanha presidencial de 2014 finalmente chegou.

Espera-se que agora a difícil situação da democracia tupiniquim passe a ser considerada fora dos discursos e representações vazias de sociedade definidos pelos discursos eleitorais.

É fato que a vitória petista esta longe de representar um continuísmo deste bizarro misto de populismo e desenvolvimentismo vazio que até agora caracterizou a malfadada era PT.

O momento de crise econômica e da própria representação politica impõe  uma pauta nova e uma necessidade cada vez maior de que a sociedade civil organizada defina-se como protagonista de mudanças.

Temas como reforma politica e tributária, crise da Petrobras e reinvindicações de institucionalização dos novos direitos civis ( como direito ao aborto, liberação da maconha, etc.) tendem a dar voz ao profundo mau estar deixado por uma eleição caricata em todos os sentidos.

ABORTO NÃO DEVE SER CRIME!!!!!

Em operação recente  uma rede crimino de clinicas de aborto clandestino foi dismartelada pela força policial no Rio de Janeiro. Resposta truculenta as mortes ocorridas   nos últimos meses de mulheres inocentes que recorreram ao único recurso possível a quem decide interromper uma gravidez indesejada.

Mas é preciso que se diga, contra os conservadorismos do senso comum, que aborto não ´é questão de polícia, mas de saúde pública.

Aborto legal é questão de bom senso, é questão de vida e autonomia feminina.

SEGUNDO TURNO DAS ELEIÇÕES 2014: A SOMBRA DAS RUAS

A simples oscilação das intenções de voto do período de inicio da campanha presidencial e suas diversas variações, chegando agora a um quadro até o momento praticamente indefinido,  é por si só um fato bastante esclarecedor.

Chama atenção como em um cenário que parecia traduzir a incontestável vitória do projeto politico situacionista já no primeiro turno, converteu-se em um outro marcado por uma disputa acirrada e, pode-se dizer, muito mais alimentada pelo maniqueísmo pseudo ideológico das redes sociais do que uma real disputa entre agremiações politicas ou programas partidários.

O fato é que uma vitória fácil no primeiro turno revelou-se tão ilusória quanto ao ufanismo de seu discurso de campanha.

Em grande parte as jornadas de junho de 2013 canalizaram e desfizeram o falso consenso de que vivemos em uma sociedade transmutada em pais das maravilhas da administração petista.

É bem verdade que a alternativa  PSB  tanto quanto a alternativa PSDB, revelam-se limitadas na incorporação deste mal estar nacional e na construção de uma contra hegemonia que começou juntamente com um ativismo social apartidário que revelava novas formas e demandas politicas.

SOBRE O VAZIO DAS ELEIÇÕES

E no final das contas

Todos falam em mudanças,

Progressos, projetos

E dias melhores.

São tempos de eleição.

Momento de circo,

Promessas e ilusões.

Todos querem e esperam

A vitória e o poder.

Poucos ganham.

Muitos votam.

No final das contas...

AINDA SOBRE O DIA DOS PROFESSORES

No Brasil a profissão ou condição de professor é,  paradoxalmente, socialmente prestigiada e economicamente desprezada.

No fim das contas, o lugar da educação em nossa sociedade subordina-se a logica de mercado.  Uma boa educação é considerada aquela que nos fornece um bom emprego e nos permite galgar uma condição melhor enquanto consumidores.

A educação não é por aqui pensada como um bem cultural que nos transforma como indivíduos.

Resume-se a porca execução de políticas públicas que não resolvem o problema educacional brasileiro. 

DESABAFO ELEITORAL

Não sei se o candidato é o partido

Ou se o partido é o candidato.

Só sei que aquele sujeito

Vestido de terno e respeito

Não diz minha vontade,

Não sabe da minha vida.

Ele, simplesmente,

Não pode me representar

Porque odeio tudo aquilo

Que ele representa.

ELEIÇÕES 2014: A GUERRA DO SEGUNDO TURNO

O que mais impressiona no cenário eleitoral do segundo turno da campanha presidencial em curso, é o tom emocional do vazio debate estabelecido entre os defensores das duas candidaturas.

É difícil entender os argumentos propagados que, fundamentados na mera desqualificação do adversário, não dão qualquer pista de uma solução concreta para o grande problema chamado Brasil.

Em suma, nunca antes a  politica foi tão caricata na história desta  merda de país!!!!!!

SOBRE A FARSA ELEITORAL E A VITÓRIA DO CONSERVADORISMO

A política tupiniquim revela na campanha eleitoral de 2014, do modo mais  assustadoramente contundente possível  até agora  ocorrido em qualquer eleição desde o  fim da ditadura,  a força e crescimento de uma tendência ideológica orgânica  para um neo conservadorismo político.

Foram os evangélicos fundamentalistas e   os setores conservadores os grandes vencedores das eleições legislativas.  O que significa, considerando o perverso sistema político vigente,  que pouco importa quem sente na cadeira do executivo. Será ele refém de um um jogo fisiológico de poder definido pela nova direita.

SEGUNDO TURNO DAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS 2014: O PESADELO CONTINUA!

E agora a campanha presidencial entra em seu momento mais patético com a polarização ridícula entre PT e PSDB. A partir de agora,  o circo eleitoral ganha ares de final de campeonato de futebol. Os imbecis partidários de uma e outra candidatura partem  definitivamente para a baixaria pseudo política de uma queda de braço. Cada um tão certo do bom futuro portado por suas ideologias  ignorando de igual maneira as contradições, limites e dificuldades da mais simples e elementar realidade. Tudo em nome de um pseudo horizonte, de um futuro que supostamente semeia-se no oco das urnas.

Até parece que depois das eleições, seja lá quem vista a democrática farda do poder, de algum modo seremos todos burra e idiotamente felizes com os previsíveis perdidos rumos de crise econômica, política e ética, que cada vez mais define os nossos tantos conservadorismos de Estado e sociedade.

A LIBERDADE NÃO CABE NAS  URNAS!

QUESTÃO PARA O FIM DE SEMANA: QUEM IRÁ NOS REPRESENTAR EM MARTE?!

Com a tecnologia que temos hoje, é possível mandar um homem para marte. Mas impossível trazê-lo de volta.

Diante do fato, é natural gratuitamente  perguntar : quem poderíamos eventualmente sugerir para ser enviado ao planeta vermelho representando a humanidade?

Creio que entre os tupiniquins não faltam bons candidatos para esta nobre e histórica viagem que apenas afirma o potencial humano.

Começando pelo ex- presidente Luís Hilário Mula da Silva e sua xerife presidenta Dilma de Aguentar. Evidentemente, muito outros políticos poderiam ser apontados como possíveis astronautas. Mas irei me limitar aos que melhor representam a merda do poder hoje estabelecido.