segunda-feira, 29 de agosto de 2016

A ARTE DA DEMAGOGIA E OS POLÍTICOS PROFISSIONAIS

O discurso de um politico profissional tem por premissa uma resposta positiva a qualquer situação. Políticos sempre representam o mundo do ponto de vista de soluções. Por mais fantasiosas que elas sejam. Os fatos sempre estão de algum modo ao seu favor. Pois lhes cabe apontar o caminho. Muitas vezes contra o bom senso.

Políticos vivem em uma realidade a parte  definida por interesses corporativos. Vivem do virtual da sua imagem pública muito mais do que uma celebridade do cinema. Não pensem que ideologias os define, pois o jogo do poder esta acima das ideologias. O que realmente importa é se determinada ideia é útil em determinada conjuntura.


O politico profissional  sobrevive das ilusões sociais em sua  necessidade de garantir a qualquer preço sua fatia de poder. São todos  em algum momento demagogos.

SOBRE A QUEDA DE DILMA

Sobre o circo politico personificado pelo rito do impeachment no Senado, é preciso que se diga contra a bipolaridade pseudo ideológica, que não existem vitimas ou heróis no jogo do poder. Parece-me demasiadamente ingênuo aceitar o engodo da tese de um golpe como se a srª Dilma de Aguentar ( vulgo Dona Tonta) fosse uma grande estadista traída por seus aliados. Impeachment é uma decisão politica que atinge governos fracos que perderam a capacidade de manter a governabilidade. Se  há alguma vitima nessa história é a própria democracia pela mediocridade dos atores políticos tupiniquins. Isso é o que há para se lamentar. Quanto ao impeachment , absolutamente cago e ando para a presidente deposta, o congresso  e a profunda mediocridade  que reina entre os políticos tupiniquins.

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

VOTO NULO: A MELHOR OPÇÃO

Debates de campanha eleitoral são de modo geral caricatos, uma espécie de circo das  boas intenções e dos vazios pseudo ideológicos.  A absoluta mediocridade dos candidatos, os vícios da postura artificial do politico profissional, já não convencem ninguém de qualquer coisa.  Nunca foi tão natural o voto nulo como opção à corrupção e a mediocridade do poder estabelecido. Como levar um politico a serio  no Brasil? Como ainda acreditar que nos moldes atuais a politica no Brasil realmente funciona? Vivemos em tempos de patologias institucionais onde a própria democracia deixou de ser democrátiva.

Quem ainda se importa com o povo?


quarta-feira, 24 de agosto de 2016

ALGUMAS BREVES PALAVRAS SOBRE O JOGO DO PODER

Em tempos de eleições escutam-se sempre soluções fáceis para todas as mazelas da população. Políticos profissionais, na condição de candidatos a algum cargo eletivo, sempre possuem boas respostas, planos e estratégias para uma boa administração. Mas, curiosamente, o cotidiano politico institucional não cabe nos discursos de campanha, nem mesmo a vontade popular costuma ser considerada nas decisões e questões do poder. No fundo damos um cheque em branco aos ditos representantes do povo para, ás custas de dinheiro publico, viverem felizes e ricos a margem da sociedade, no universo paralelo do Estado. O rito eleitoral é irracional, pois cada cidadão não exerce qualquer controle efetivo sobre os políticos que se legitimam as suas custas  e decidem por todos o tipo absurdo de pais em que vivemos.


Infelizmente, ainda estamos longe de tomar a bastilha simbólica e iniciar a desconstrução dos privilégios da minoria governamental.

terça-feira, 23 de agosto de 2016

DESESPERO EM VERDE E AMARELO

Hoje acordei cansado de  a tanto tempo viver no Brasil,
De sofrer dos maus hábitos de etiqueta, da toscaria cultural, do pensamento raso e excessos de pseudo intimidade que fazem parte da vida social que por aqui se tornou de longa data um perverso ethos.

Definitivamente, me sinto hoje profundamente  enojado com o noticiário, as conversas tolas de hora de almoço e com a ineficiência generalizada de todos os serviços.


Que tipo de lugar é esse em que vivo ?...  Não me venham dizer que há lugares piores no mundo. Pois há lugares melhores também.  Tal resposta é ridícula.  O que me abisma é que, por mais que eu tente, não consigo entender porque tudo por aqui é como é....

SOBRE O CONSERVADORISMO DE ESQUERDA

Algumas coisas precisam ser ditas de um modo estupido para ferir os ouvidos e os conformismos. O que digo é que  sobre determinados temas é impossível atingir um mínimo consenso. Pois sempre existirá uma maioria de sonâmbulos disposta a reproduzir o cotidiano, a não pagar o preço de qualquer mudança que desnude o caos, a insanidade de nossos hábitos e certezas arraigadas. Além, é claro, de nossas eternas soluções perfeitas.

Ironicamente, os ditos revolucionários são sempre os mais inconformados com as mudanças, pois fazem da oposição as mazelas da ordem, inspirada pelo autoritarismo de absurdas utopias, sua fonte de prestigio e inspiração. Apenas brincam de revolução enquanto a realidade jaz decomposta aos nossos pés. Não fazem mais do que qualquer forma de conservadorismo.

As verdadeiras e necessárias mudanças sempre nos expulsam de nossa zona de conforto, questionam todas as ideologias. Geralmente, mas do que contestar  o conservadorismo de direita,  a mudança questiona o conservadorismo de esquerda. Considerando o arcaico predomínio do estigma ideológico até agora  na cultura politica tupiniquim, raramente  encontramos por aqui propostas substancias de mudança.


quarta-feira, 17 de agosto de 2016

ALIENAÇÃO

As pessoas buscam prazeres efêmeros,
Naturarizam cotidianamente as contradições do mundo
E vivem como zumbis felizes.

A alegria esta sempre ao alcance de todos,
Basta que abdiquem do exercício da reflexão
E recusem as artimanhas do pensamento.

Tenham fé,
Apostem na ordem
E sejam otimistas.
Sempre teremos um futuro.

Obedeça.

terça-feira, 16 de agosto de 2016

UM POUCO DE FILOSOFIA TROPICAL: A CONDIÇÃO PORNOGRÁFICA

Mais do que em qualquer outro tempo a contemporaneidade tupiniquim pode ser filosoficamente definida como pornográfica. Podem questionar os eruditos de a palavra pornografia é de origem grega, PORNOGRAPHOS, e significava “ tratado  sobre prostituição”. Em sua acepção contemporânea ela  esta associada a qualquer representação da nudez destinada a produzir excitação sexual.

Poder-sei-a objetar, portanto, que a contemporaneidade tupiniquim, seja no campo politico, social, cultural, econômico  ou insano, absolutamente não inspira a excitação  de quem quer que seja, muito pelo contrário. Logo não se relaciona com pornografia.

Entretanto, se considerarmos que pornografia é  um sinônimo de obsceno ( que se opõe ao pudor, vulgar, grosseiro) , e considerando que conceitos como puta merda, porra, escrota, são apropriados para codificar a contemporaneidade tupiniquim, podemos  sem qualquer reticencia atribuir-lhe a condição de pornográfica , sendo assim a referência sexual uma metáfora.


Logo, vivemos um novo período histórico, uma “epocacidade” que poderíamos considerar A CONDIÇÃO PORNOGRÁFICA.     

A MISÉRIA DAS AUTORIDADES

Em países periféricos como o Brasil, as autoridades públicas tendem a truculência  concreta ou simbólica. Acreditam mais no poder coercitivo e no exercício da autoridade como um fim em si mesmo, não como uma estratégia racional e pragmática de construção da liberdade cotidiana. De um modo geral, não se entendem muito bem com a democracia. Aliais, viver no Brasil nos faz questionar o que é, afinal, uma democracia nos dias de hoje....


segunda-feira, 15 de agosto de 2016

SOBRE O CINISMO DO SISTEMA PENAL BRASILEIRO

As normas e regras da sociedade, no fundo não possuem a sincera pretensão de serem justas. Apenas refletem os ideias e valores vigentes em dado período cultural.  Desta forma, há mais conservadorismos embutidos no sistema legal do que propriamente a perspectiva de realizar a ressocialização dos indivíduos que em algum momento e de algum modo se tornaram transgressores.

Por isso, o modelo de sistema penal existente no Brasil, em seu arcaísmo e perversidade, funciona como uma lata de lixo destinada a acumular “marginais”. Todo detento é considerado praticamente um “não cidadão”,  alguém irrecuperável e predestinado desde o nascimento, por sua índole ruim,  a criminalidade. Tal preconceito é corrente e justifica as mais autoritárias propostas de higienização social.

Só podemos concluir que, em uma sociedade marcada por desigualdades,  a lei legitima a exclusão e não promove justiça. O que é aceito como algo absolutamente natural por boa parte da população brasileira que ainda aposta de modo tacanho em  leis mais severas como solução para a violência urbana.


terça-feira, 9 de agosto de 2016

CRÔNICA DE UMA OLIMPÍADA MUITO LOUCA: RIO 2016

É sabido que no Brasil o esporte profissional não goza de grande incentivo ou patrocínio. O que não causa espanto em um país pobre e arcaico secundariamente inserido na sociedade global.

 Por isso é mais do que natural um certo sarcasmo diante da celebração midiática da conquista da primeira medalha de ouro ( primeira de poucas) nas olim-piadas do Rio 2016.

 Bem recompensado o esforço e perseverança da judoca Rafaela Silva realizadora do feito que, contra todas as circunstancias, foi capaz de afirmar-se vitoriosa em sua trajetória desportiva. Mas o  que se deve frisar também  é que trata-se de um caso raro em terras tupiniquins.  A maioria dos seus pares não vence as dificuldades.


Por aqui esporte e cidadania só serve para embalar o discurso da ordem e do conformismo e não o da superação e da transformação da vida e da sociedade.  O atleta não é visto e nem tratado como cidadão. Apenas como um útil patriota , um instrumento de afirmação do ufanismo e do cinismo da ordem e progresso. Pelo menos é o que assistimos nos discursos oficiais midiáticos.

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

SOBRE AS RUÍNAS NACIONAIS

O Brasil é um país em ruínas onde os restos de paredes, decoradas em cores vivas, dá a ilusão de que tudo seguem serenamente.

Caos e ordem se confundem na truculência da realidade. Já não se sabe mais que país é esse, já não há futuros, promessas  e muito menos qualquer estratégia viável para mínima construção de uma dignidade coletiva.


Mas é sempre carnaval em meio aos escombros da grande piada nacional.  A alegria vence a realidade e o bom senso quando não há qualquer inteligência para reclamar a razão. 

PROGRESSO E SOBREVIVÊNCIA

Para maioria da população é cada vez mais duvidosa a existência disso que chamam de bem estar social. Não se morre de fome, mas não anda fácil viver de tão pouco. É preciso consumir muita ilusão, muito futebol e televisão para não enxergar a realidade, seus absurdos e limitações. Cada vez mais o que importa é a mera sobrevivência e o acontecer sem sentido das pequenas coisas.


Vendam um pouco de esperança para as crianças e entorpeçam os adultos com religião e patriotismo. O progresso pesa sobre nossas cabeças.

SOBRE A ABERTURA DAS OLIM-PIADAS RIO 2016: ONDE ESTÁ O ESPETÁCULO?

A abertura das olim-piadas do Rio, em que pese o rigor técnico da produção midiática de um espetáculo, pode ter induzido com eficácia o publico a evasão e ao ufanismo vazio . Mas fogos de artifícios e performances não são suficientes para apagar a realidade., as contradições e desafios do dia a dia. Assim, não torna o evento menos absurdo e cínico diante da crise politica e econômica, dos gastos excessivos e da falta de perspectivas no plano da vida coletiva local.

As olim-piadas ainda são, na atual conjuntura, uma ideia fora do lugar que nos faz sonhar ou acreditar com um país que não é e nunca foi. Essa tendência coletiva a ilusão e ao deslumbre fácil é realmente lamentável em uma país de tantas mazelas.

Por aqui um pouco de pão e circo sempre funciona. Mas há ainda quem pergunte: onde está o espet

terça-feira, 2 de agosto de 2016

A VIDA NO RIO DE JANEIRO: AFORISMOS E MÁXIMAS II

Dentre as metrópoles tupiniquins o Rio de Janeiro, pelo arcaísmo e primitivismo evocado por suas paisagens naturais, é aquela onde se observa maior tensão entre civilização e barbárie, natureza e cultura. 
Pouco se nota em suas ruas qualquer traço de civilidade mais sofisticada. Até mesmo sua elite exibe trejeitos de provinciana irracionalidade hedonista.

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Viver no Rio de janeiro é aprender a conviver com a violência,
Seja como agente ou como vitima.

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A praia nunca foi democrática e nem a cidade de todos.

CIDADE OLÍMPICA DE QUEM?

A cidade das Olimpíadas
Não é a cidade de todos.
É a polis irreal midiática
Que desconhece o cotidiano
E o banal das pessoas
Que sobrevivem dos silêncios urbanos.
Somos feitos de carne e osso
E não cabemos na paisagem ideal olímpica.
Não somos feito de ouro,
Negócios e pódios.
Não vivemos de olimpíadas
Ou dos legados de qualquer fantasia.


segunda-feira, 1 de agosto de 2016

A VIDA NO RIO DE JANEIRO: AFORISMOS E MÁXIMAS I

No Brasil, e de modo especial na cidade do Rio de Janeiro, é muito comum que cada um imprima seu modo de ser em sua relação com os outros sem grandes dificuldades. Há um certo pudor em criticar publicamente alguém. Pelo menos na presença do criticado. Assim, você pode ser inconveniente, vomitar preconceitos e dizer as coisas mais absurdas sem ser confrontado por isso. As pessoas sempre assimilam os abusos comportamentais. Seja por vício ou para não arrumar problemas.  Por aqui os tipos mais socialmente escrotos  são tolerados por mera questão de "educação".
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Caso você more no Rio de Janeiro e nunca viveu ou viu uma situação de assalto, você deve viver restrito a uma bolha. Estatisticamente tal coisa é impossível e desafio a qualquer um provar o contrário.

SOBRE A DECADÊNCIA DA POLÍTICA

Até mesmos as indignações foram diluídas e banalizadas diante dos absurdos cotidianos.  Já não se acredita mais nos que falam em mudanças, nos que prometem muito  ou tremulam a bandeira de qualquer solução. Todos parecem conservadores aos olhos dos que aprenderam o filtro do ceticismo como critério de avaliação das realidades politicas contemporâneas.

A mudança  talvez  acorde convulsa na  microfísica cotidiana de nossas subjetividades afetas pelas mazelas do espaço público e da fragilidade dos discursos políticos.