quinta-feira, 22 de outubro de 2009

LULA,JUDAS,JESUS E A POLITICA TUPINIQUIM

Em recente entrevista a Folha de São Paulo, na tentativa de explicar as alianças heterodoxas que ele e o PT fazem e pretendem ainda fazer na política, o presidente Luiz Inácio MULA da Silva expressou toda a baixaria do jogo eleitoral tupiniquim ao utilizar uma “metáfora bíblica” afirmando que para fazer política no Brazil Jesus de Nazaré teria que se aliar a Judas. Afinal, o que ele realmente quis dizer com isso?!!! Que política por aqui acaba em traição?... Se fosse o caso, até concordaria com ele...


Segue um trecho da entrevista concedida a Kennedy Alencar:

FOLHA - Nunca se sentiu incomodado por ter feito alguma concessão?


LULA - Nunca me senti incomodado. Nunca fiz concessão política. Faço acordo. Uma forma de evitar a montagem do governo é ficar dizendo que vai encher de petista. O que a oposição quer dizer com isso. Era para deixar quem estava. O PSDB e o PFL (hoje DEM) queriam deixar nos cargos quem já estava lá. Quem vier para cá não montará governo fora da realidade política. Se Jesus Cristo viesse para cá, e Judas tivesse a votação num partido qualquer, Jesus teria de chamar Judas para fazer coalizão.


FOLHA - É isso que explica o sr. ter reatado com Collor, apesar do jogo baixo na campanha de 1989?


LULA - Minha relação com o Collor é a de um presidente da República com um senador de um partido que faz parte da base da base. Os senadores do PTB têm votado sistematicamente com o governo.


FOLHA - Do ponto de vista pessoal, não o incomoda? Não lhe dá aperto no peito?


LULA - Não tenho razão para carregar mágoa ou ressentimento. Quando o cidadão tem mágoa, só ele sofre. A pessoa que é a razão de ele ter mágoa vive muito bem, e só ele sofre. Quando se chega à Presidência da República, a responsabilidade nas suas costas é de tal envergadura que você não tem o direito de ser pequeno. Tem de ter as atitudes de chefe de Estado. Fico sempre olhando quando a Alemanha e a França resolveram criar a União Européia. A grandeza daqueles dirigentes políticos, ainda com o gosto de sangue da Segunda Guerra Mundial.







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