sexta-feira, 22 de setembro de 2017

A FALÁCIA DA INTERVENÇÃO MILITAR

No Brasil há lunáticos que acreditam que os militares podem ser a “polícia da política” em tempos de escândalos de corrupção. Pregam por isso um golpe de estado em nome da democracia. No mínimo cometem o equivoco  de confundir, de maneira porca, moral com política. Falam como se os militares  tivessem alguma dignidade, algum bom senso, ou imunidade a corrupção, e não fossem um bando de cabeças de papel cultivando ideias de vento à margem da própria sociedade.

A crise existencial das forças armadas, em um país sem qualquer vocação para a guerra, expõe sua desfuncionalidade atual. Os militares não cumprem se quer sua função republicana elementar de defesa das fronteiras nacionais. Não seria leviano dizer que o exercito é uma instituição caricata e em permanente crise.

Durante os primeiros anos republicanos (lembrando que a república nasceu de um golpe) buscou-se inventar mitos nacionais, entre os quais alguns militares, como Duque de Caxias ou o Marechal Teodoro, por exemplo. Mas nenhum deles, por razões mais do que obvias, emplacou como herói. O Brasil é um país sem heróis. Fardas e normas nunca mudarão isso...


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