segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

CONSUMO E MISÉRIA

Vivemos em uma sociedade de consumo e o acesso ao mundo, ao próprio tempo presente, depende de muitas maneiras de nosso poder aquisitivo.  Neste sentido, a maior parte da população vive a margem do tempo de agora, seja material ou intelectualmente. As compras do mês de produtos ordinários em uma rede popular de supermercado são sua maior preocupação. Esta é uma das formas invisíveis do arcaísmo que define o  Brasil e sua falta de horizonte cultural.


É fato que o consumo qualificado de tecnologia e cultura permanece a margem da esmagadora maioria dos brasileiros, cuja formação intelectual deixa incrivelmente a desejar. Mas se há  uma coisa que as elites econômicas  e seu rebanho tem em comum  é a falta de horizonte cognitivo, a incapacidade de perceber as questões do tempo presente sem tomar como critério o pequeno mundo que gira em torno do próprio umbigo. A miséria do consumo nacional atinge também as elites. Não por privação, mas por absoluta ignorância. 

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