quinta-feira, 23 de abril de 2020

REFLEXÕES SOBRE O BRASIL DO CORONA VIRUS XIV

A dicotomia entre a vida e a economia advogada pelo poder executivo, que tenta irracionalmente minimizar a emergência sanitária, contagia estados e municípios, diante dos efeitos  da queda de arrecadação. Iniciativas para flexibilizar a quarentena se multiplicam dando força ao discurso oficial da União  de retomada da "normalidade" a qualquer custo. Para todas as instâncias de governo, a vida, como bem sabemos, não vem em primeiro lugar. É  a racionalidade das coisas que impera sob o bem estar das pessoas na lógica administrativa, apesar da hipocrisia dos discursos oficiais. Depois de quase dois meses de quarentena, para os governantes, tudo se resume a um número aceitável de mortes. Mas todos os diagnósticos oficiais sobre os rumos da pandemia se baseiam em dados que não  refletem com precisão o tamanho do problema dado a impossibilidade de testes em massa. Não há  um normal a ser retomado ou como salvar as receitas de felicidade económica neoliberarais.

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