quarta-feira, 31 de julho de 2024

POR UMA POESIA NIILISTA E ANARQUISTA

Minha poesia 
não é simbolista, parnasiana,
 modernista,
marginal
e muito menos concretista.

Também não é contemporânea,
nem frequenta salões e academias.

Minha poesia é suja, vadia,
confusa, louca,
nômade e anarquista.

Em uma só palavra,
Insubmissa.
Ela é franca inimiga de regras, Estados e hierarquias.

É um silêncio que grita
através dos meus atos.

Pois faço versos para comover o inferno,
para me libertar da linguagem,
 de mim mesmo ou de todas as identidades.

Escrevo como quem morre
e alucina
ameaçando atear fogo
ao próprio corpo
logo ali, depois 
da próxima esquina.

Escrevo como um radical niilista
na contramão da própria escrita
sempre fugindo de alguma polícia.



Nenhum comentário: