quarta-feira, 20 de setembro de 2017

UM PROBLEMA CHAMADO BRASIL


A sociedade brasileira é uma sociedade em crise. Crise em todos as dimensões da vida coletiva: da realidade politica, passando pela moral e chegando ao mais banal da vida cotidiana. Há um certo amargo sentimento de incerteza, de caoticidade, decorando nos dias de hoje o já limitado imaginário nacional.

Independente das picuinhas ideológicas todos concordam que tudo vai de mal a pior. O obvio nos define, mas somos incapazes de diagnosticar o obvio e bem remedia-lo sem cair nos delírios de verdade e na logica dos falsos milagres.  


O problema do Brasil é cada vez mais o Brasil. 

terça-feira, 19 de setembro de 2017

HOMOFOBIA E CONSERVADORISMO

Atualmente a homofobia anda mais em voga do que o racismo. Não por que um preconceito seja maior ou menor do que o outro. O racismo tupiniquim sempre foi mais dissimulado, quase “envergonhado”. Já a homofobia, tal como definida nas últimas décadas, afirmou-se de forma mais agressiva e despudorada. Pode-se mesmo dizer que no imaginário coletivo a homofobia é considerada defensável, ao contrario do racismo. A peculiaridade da homofobia é justamente esta legitimação popular, sua fácil aceitação em uma sociedade de valores predominantemente conservadores, onde a homo afetividade sempre foi excluída e tratada como desvio. Não acho que, pensando à curto prazo, os homo sexuais venham superar o estigma do qual são vitimas. Muito menos que avanços legais, como o reconhecimento do casamento gay, tenham algum impacto direto sobre o comportamento social.  O preconceito existe e talvez só se amenize mesmo daqui a duas gerações. A cultura tupiniquim, afinal, é conservadora e continuará sendo, infelizmente, por um longo tempo.


segunda-feira, 18 de setembro de 2017

UMA SOCIEDADE DE JUIZES

Entre os brasileiros, o ódio gratuito é um sentimento latente. Vive-se de antipatias, de linchamentos públicos, condenações morais, politicas e institucionais. Todo mundo condena todo mundo. Mas todo mundo também é inocente, vitima e justiceiro.

Entre os brasileiros, todos estão errados até que se prove o contrário. Vivemos em uma sociedade de juízes. Mas geralmente, onde existem juízes, não costuma acontecer  muita justiça.



DO MBL AO PETISMO

Do MBL ao PETISMO, caminhamos a paços largos em direção ao abismo. Mas isso não é de hoje. Só que agora, o país que nunca teve futuro, já não acredita em sua própria demagogia. A república está nua, o povo sem qualquer moral... mas os políticos.... bom.... Estes, como sempre, continuam sendo políticos. Assim seguimos, mesmo que nunca em frente.





SER BRASILEIRO

Ser brasileiro é ter a cultura de uma ameba, a civilidade de uma zebra e viver como um porco.

Ser brasileiro é ser conformado, fanfarrão, conservador e só se mobilizar em dias de futebol.

Ser brasileiro não  é grande coisa.

É se conformar com pouco
ou viver de corrupção.

Isso explica muita coisa que acontece neste país.



terça-feira, 12 de setembro de 2017

ROTINA NACIONAL

Entre mortos, feridos
E endividados
A vida segue em frente.
O país vira catástrofe
E sabemos cada vez menos
Se vale a pena esperar pelo futuro.
De mal a pior vamos sofrendo os fatos
Conformados em nossa indignação.


segunda-feira, 11 de setembro de 2017

QUANDO A CORRUPÇÃO COMPENSA

Em que pese as iniciativas do poder judiciário ( que não correspondem as expectativas da opinião pública), o fato é que a corrupção tornou-se parte do cotidiano politico tupiniquim.  Não como um equivoco, um desvio, mas como uma regra. Não se faz politica por aqui sem corrupção e falcatruas. Todo mundo sabe disso, se indigna, mas , de uma forma muito contraditória, existe certa tolerância inconfessa, certa cumplicidade dissimulada. De outro modo, como explicar o silêncio das ruas ? Como aceitar que o numero de políticos corruptos presos seja tão inferior ao numero de denunciados ?
Pode-se falar em entraves legais, nos ritos da justiça ou, simplesmente, admitir os privilégios do poder. No fundo esta é a verdadeira questão: vale muito a pena ser politico corrupto no Brasil.


terça-feira, 5 de setembro de 2017

AS MALAS DE DINHEIRO DA CORRUPÇÃO

As imagem das malas de dinheiro sujo apreendidas em um apartamento em Salvador pela Polícia Federal na operação Tesouro Perdido, ao que tudo indica, pertencentes ao espúrio politico rabo sujo Gedel Vieira Lima, é no mínimo impressionante. Definitivamente, a corrupção politica tupiniquim é um negócio milionário, quase sem limites e totalmente sem pudores. As vezes é mesmo  difícil acreditar que dentro desta corrupção toda existe mesmo um país de bosta....
O que mais espanta é que a foto das malas desperta entre os tupiniquins mais inveja e os suspiros do que propriamente indignação....




A SOMBRA DO POPULISMO

A política no Brasil sempre foi conservadora. Mesmo os partidos de esquerda foram formatados por uma leitura desenvolvimentista e demasiadamente nacionalista, algo mesmo tacanho em termos de transgressão. A ordem sempre norteou os mais fervorosos discursos revolucionários. Por isso não surpreende que o Brasil seja o pais dos arcaísmos, dos discursos fáceis e das soluções mirabolantes.


A politica tupiniquim nunca foi digna de ser levada a séria. Sempre foi uma questão restrita aos partidários do obtuso e do populismo. E isso parece  que não vai mudar tão cedo. 

O PREÇO DA POLÍTICA PARTIDÁRIA

A existência de um fundo partidário destinado ao financiamento público de campanhas politicas é algo surreal. Os partidos políticos, em uma democracia seria,  não deveriam onerar as sociedade. Sociedade esta que cada vez mais duvida da dignidade dos políticos e seu compromisso com o interesse público.


Campanhas politicas estão longe de representar a  disputa entre projetos de sociedade concorrentes, não se fundamentam mais em debates ideológicos, mas na hipocrisia e no markenting mais mesquinho.  Vende-se politica como quem se vende sabonete. Mas todos sabemos que a realidade do poder é bem diferente do que os profissionais da politica apresentam em suas campanhas. Diante disso é um verdadeiro escândalo a existência de um fundo público e milionário de campanha. Afinal, a  politica não deveria ser um negócio milionário. 

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

A LIBERDADE AUSENTE

Fala-se muito sobre poder, representação e muito pouco ou quase nada sobre liberdade.  A politica se tornou um domínio de profissionais de formação duvidosa e consagrados pelos partidos políticos, estas instituições  viciadas e consagradas a negociatas obscuras.

O poder é um jogo entre todos e não um privilégio de alguns. Em uma democracia saudável ele possui regras bem definidas e consagradas ao  melhor do interesse público. Mas é obvio que no Brasil, além de uma experiência relativamente recente, a democracia  é um regime enfermo em uma republica tradicionalmente autoritária.


A liberdade sempre foi apenas entre nós uma palavra bonita. Nunca teve grande materialidade em nossa cultura e relações cotidianas. Até hoje ela apenas decorou dicionários.