terça-feira, 2 de setembro de 2025

ANONIMATO ORDINÁRIO


Não sou meu saldo no banco,
meu  emprego de quase homem branco.

Não sou a conta da farmácia,
o medo do futuro
e a revolta de ser proletário.

Não sou esta vida
que me obrigam a perder
todos os dias em que me jogo fora
por um mísero salário.

Sou quem ninguém vê no trem
que segue lotado,
sou apenas mais um 
entre tantos otários.






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