segunda-feira, 20 de maio de 2019

BRAZIL: PAÍS DO FUZIL


O fuzil ( uma arma de guerra) é o grande símbolo da violência urbana no Brasil. O fato é grave, já que não estamos em guerra. 

A violência do Estado,  ou civil, no caso dos criminosos, transformou a barbárie em uma meta linguagem, em uma cultura do poder institucionalizado e dos micro poderes  não estatais.

A população é refém desta cultura da violência e do confronto que torna a morte  uma triste rotina em nosso cotidiano urbano. A violência ultrapassou todos os limites do razoável. Não há quem não esteja sujeito ao risco de se tornar uma vítima inocente de situação social tão absurda e calamitosa. Mas o mais assustador é como esta violência é banalizada, naturalizada.

O Brasil é o país do fuzil. Vivemos em permanente estado de insegurança pública.

sábado, 18 de maio de 2019

MEDIOCRIDADE REPUBLICANA

Uma das expressões da crise da república tupiniquim  é a mediocridade do jogo do poder, a inaptidão dos seus atores. Ocuparam sucessivamente a cadeira do executivo Dilma, Temer e Bolsonaro. Cada um a seu próprio modo é uma caricatura de si mesmo, uma expressão da indignidade da classe política, do despreparo e da incompetência dos profissionais do poder. É cada vez mais difícil escutar um político falar sem sentir asco ou cair na lábia de novos salvadores da pátria. Nosso futuro coletivo pertence a revolta e insurreição daqueles que por tanto tempo consentiram em ser governados pelos medíocres e gananciosos.

quarta-feira, 15 de maio de 2019

O TSUNAMI DA EDUCAÇÃO


As manifestações do 15M ( quinze de maio) , em defesa da educação, acordaram as ruas de norte a sul do país contra o desgoverno Bostonaro. Não se via uma onda de protestos tão intensos desde 2013. 

De fato, como em 2013, trata-se novamente de um protesto da juventude e dos professores que afeta corações e mentes,  que espalha um pouco de vida na cena política nacional indo além da polarização esquerda X direita.

JUVENTUDE, EDUCAÇÃO E MUDANÇA


Em 2017 foram divulgados os dados de uma pesquisa realizada no ano anterior pelo movimento TODOS PELA EDUCAÇÃO, no âmbito do projeto “Repensar o ensino médio”.


 Os resultados apontavam para um fato interessante: pelo menos 43% dos estudantes participavam, direta ou indiretamente, de movimentos sociais.  Nada surpreendente. Tradicionalmente, desde o pós Segunda Grande Guerra, os estudantes são no mundo ocidental  uma categoria social, que por suas próprias características, é mais aberta a engajamentos e mobilizações  contestatórias. Afinal, ser jovem é ainda não estar enquadrado, não participar do jogo social de forma plena e ativa. A marginalidade é o que caracteriza o jovem em relação a sociedade.

Quando se diz que a juventude é o futuro da nação, é importante esclarecer que isso não é verdade apenas pelo fato de que um dia os jovens serão adultos e estarão no comando. Mas, essencialmente, porque é vocação da juventude estabelecer descontinuidades, protagonizar rupturas, no eterno jogo da luta de gerações. Estar no comando nunca significa para a geração vindoura o mesmo que representa para a geração anterior.

Não é, portanto, apenas a educação, ou um modelo de educação critica, que torna o jovem contestador. A própria condição de jovem é um grande passo em direção a comportamentos rebeldes. A delinquência é vida, é superar tradições e inventar coisas novas. O conservadorismo, sempre na contramão do contemporâneo, nunca vence a guerra dos valores.
É importante reafirmar isso em tempos de conservadorismos e ataques a escola e a educação critica. Não é a escola que leva ao engajamento da juventude, mas a juventude que cria e mantem uma educação engajada.  


segunda-feira, 13 de maio de 2019

QUANDO A REALIDADE É UMA PIADA PRONTA


Todo governo é em alguma medida uma paródia de si mesmo. O humor sempre foi um instrumento muito eficaz para desvelar o ridículo que se esconde sob o formalismo governamental, para expor os traços caricatos e aberrantes dos presidentes e ministros da republica, bem como de suas propostas mais exuberantes  e declarações infelizes.

O governo Bolsonaro (ou Bostonaro), entretanto, leva as últimas consequências o ridículo inerente a qualquer governo. Chega ao ponto de desbancar qualquer piada com a mera realidade dos fatos. Trata-se mesmo do ridículo em seu estado puro. A mínima razoabilidade que se espera de qualquer governo não se aplica aos atuais ocupantes do poder executivo.
Não há outra conclusão: Estamos diante de um espetáculo dantesco, sem qualquer comparação em nossa elitista e cretina história republicana.


sábado, 11 de maio de 2019

A PERSISTÊNCIA DO ARCAICO

Vivemos em uma sociedade onde o arcaico sempre foi uma matriz cultural. Tivemos nosso próprio antigo regime sustentado pela escravidão e o elitismo. Eles engendraram uma tradição autoritária jamais superada. De modo que a democracia nunca foi um ideal nacional, mas uma imposição dos rumos do mundo ocidental.

Ainda hoje a democracia no Brasil possui um caráter oligárquico e excludente. Pois é imagem e semelhança de uma sociedade de desiguais onde a dominância de poucos se impõe ao interesse de todos.

sexta-feira, 10 de maio de 2019

A LOUCURA COMO CAMINHO

Não há qualquer justiça na realidade política. Apenas o poder como uma peste atingindo a todos. 

O Estado é uma doença que promete a cura. Tudo mais é ilusão.

Não há outra porta além desta que nos conduz a loucura. Mas quem disse que a loucura não é uma solução?

quinta-feira, 2 de maio de 2019

ANALISE DE CONJUNTURA ( SEMPRE ATUAL)




Há muitas precariedades,
Carências, demagogias,
Privilégios e patifarias
Dando os rumos da vida nacional.
Há muito preconceito,  ignorância
E Arrogância, definindo nossos rumos culturais.
Mas há, principalmente,
Muita ganância, muito olho grande,
Autoritarismo e capitalismo
Desgraçando de vez a vida da gente!

quarta-feira, 1 de maio de 2019

A DECADÊNCIA DO PRIMEIRO DE MAIO


O dia do trabalho deixou de ser no Brasil uma data de protestos e manifestações políticas.


A decadência dos sindicatos como entidades representativas dos trabalhadores, a  precariedade das relações trabalhistas, contribuíram para o esvaziamento da data como marco das lutas populares.

Os partidos de esquerda também andam mais comprometidos com o jogo do poder do que com qualquer velho ideal revolucionário.


Alem disso, não vivemos mais em uma "sociedade de fábrica" onde a norma e a disciplina expressavam um modelo hierárquico de organização social que despertava ferrenha oposição entre os que ocupavam uma posição subalterna.

O dia do trabalho não é mais  consagrado a revolta e reivindicações, pois, na sociedade atual,  tudo é incerto e provisório, o medo define a pauta nacional. Vivemos agora em uma sociedade de dispersos, onde atônicos os trabalhadores tentam vislumbrar qualquer horizonte de medíocre sobrevivência. Ninguém acredita em dias melhores. O Capital e suas corporações dominam governos e, diante de um generalizado ceticismo, impõe a ganância como motor de um suposto progresso. O certo é que, se ele existe, será para poucos.

A MONSTRUOSIDADE DO ESTADO

O desgoverno Bostonaro revela algo no mínimo assustador: a insanidade que no fundo define os rumos de qualquer governo, a arbitrariedade dos agentes públicos, o volúvel jogo da composição de intenções e interesses, que orienta as ditas autoridades  em sua função de controle e gestão de nossas vidas.

O Estado é absurdo. Sempre autoritário ou coercitiva na imposição de suas normativas. Ele favorece ao personalismo, a tirania e faz de qualquer noção de democracia uma letra morta diante dos protocolos do poder.