Caso fosse possível convencer a
maioria das pessoas de que o mundo não
faz sentido e do quanto a realidade não leva a nada, daríamos um grande passo
em direção ao futuro. No mínimo teríamos um mundo de indivíduos menos vaidosos
e pouco propensos a visões de mundo totalizantes ou a arrotos de razão e ordem. A vida não iria melhorar, mas viveríamos em uma sociedade mais lúcida e honesta.

Segundo Benedict Anderson em seu clássico estudo “Nação e Consciência Nacional, um estado nação é uma comunidade política imaginária, uma dessas estranhas construções culturais da modernidade. Particularmente, diria ainda que algumas imaginações nacionais mostram-se mais funcionais enquanto outras, por uma serie de variáveis, são tragicamente desfuncionais e carnavalescas versões de qualquer fantasia nacionalista ideal. O exemplo brasileiro enquadra-se, naturalmente, neste ultimo caso...
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016
ALERTA AOS PORTADORES DE OPINIÕES
Não seja ponderado quando tiver
uma opinião.
A realidade não é razoável com
você.
Então não tente ser razoável com ela .
Não tenha medo de ser extremado,
indignado expor o absurdo cotidiano.
Mas lembre-se sempre
que muitas vezes somos
parte dos problemas
e não da solução.
terça-feira, 23 de fevereiro de 2016
SOBRE A DESNATURALIZAÇÃO DAS EXPRESSÕES PRECONCEITUOSAS
Existe uma “naturarização” do preconceito
hoje em dia que busca tornar aceitável
as opiniões mais absurdas e descabidas contra minorias.
Atualmente é muito mais fácil defender
e estigmatizar transvestindo o ato de “direito de opinião”. Basta rotular o
outro de “radical” ou partidário do “politicamente
correto”, um patrulheiro das opiniões alheias, como se tudo fosse aceitável no campo
das opiniões.
A verdade é que reproduzimos
alguns vícios linguísticos que apenas expressam e cristalizam preconceito e desqualificação do outro.
Exemplo clássico é a alcunha de “viado” para homossexuais.
Em uma sociedade plural e democrática
há uma tendência à desconstrução de certos tabus e comportamentos
preconceituosos que afetam nossa linguagem cotidiana e nossa tendência coletiva para desqualificação dos diferentes.
Tal desafio é um pequeno passo em
direção a radicalização da democracia em
uma sociedade preconceituosa e conservadora como esta em que vivermos.
A INDIGNIDADE DO TERNO E GRAVATA
As pessoas vestem ternos e usam gravatas para
parecerem serias e respeitosas. Mas este clássico uniforme de políticos, pastores e
advogados mais assinalam a indecência e a hipocrisia do que qualquer outra coisa hoje em dia.
Confio
em pessoas que portam tatuagens, que usam calça rasgada e não se conformaram ou
aprenderam a viver de aparências.
Atualmente, vale absurdamente a máxima de que o poder corrompe.
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016
PUTOS POLÍTICOS BRASILEIROS
No Brasil todos os políticos são
putos, corruptos e amantes do deus dinheiro.
Impera o mercado contra a ética, a hipocrisia contra as virtudes. O
atual modelo politico está podre e não há o que esperar das próximas eleições. O voto apenas alimenta a escória, este lixo
humano que legisla e governa nossas vidas.
NÃO VOTE! VÁ PARA A RUA!!!!
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016
O FUTURO DO NEO CONSERVADORISMO NO BRASIL
Em meio a proliferação de
discursos conservadores no Brasil, em certa medida patrocinados pelo
fundamentalismo religioso e leituras reducionistas dos vícios e indignidades da
classe politica, é mais do que prudente temer pelo futuro da democracia.
É cada vez mais claro que não
estamos avançando para uma sociedade mais justa e libertaria , mas para um cenário
obscurantista onde os lugares comuns das fáceis explicações formam as opiniões
majoritárias e os consensos mais perversos.
Não creio que tal hipótese seja exagerada
diante dos discursos anti feministas, homofóbicos e racistas cada vez mais
presentes nas redes sociais e nas conversas de boteco.
Sim, o neo conservadorismo existe
tanto quanto a falência da esquerda tradional.
UTOPIA TUPINIQUIM
Espero que um dia
o Brasil deixe de ser Brasil
e se transforme em qualquer
outra coisa,
em uma sociedade na qual as
pessoas
se respeitem tanto
que deponham o Estado e as
personas sociais
para realizar o mais improvável
de nosso futuro coletivo.
Infelizmente, isso é apenas um
sonho.
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016
SUJEIRA
Lavar a louça,
a roupa,
a policia,
a política
e o país inteiro.
Mas a sujeira é tanta,
mais tanta
que até mesmo
a vontade de mudar
ficou suja.
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016
O RACISMO INVISÍVEL NO BRASIL
Algumas pessoas de classe media, e até mesmo negras, bem ajustadas a
hipocrisia e o cinismo de nossa sociedade, tendem a negar o racismo, a herança
histórica maldita do período escravista, como uma sombra que ainda paira sobre
nossas cabeças e configura o conservadorismo tupiniquim.
Por suas condições sociais e econômicas e, faço questão de acrescentar
como provocação, “ESTAMENTAIS”, o negro é visto como um cidadão de segunda
classe e predestinado a posições mais modestas em uma sociedade dominada, ou
majoritariamente comandada, por brancos. Não é muito difícil perceber isso. Mas a
recusa do racismo esta nos olhos de quem não vê o que é demasiadamente obvio e
prefere apregoar o mito de uma democracia racial que o Brasil nunca foi.
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016
A BARBÁRIE DO CARNAVAL
Verão e Carnaval: Uma combinação nefasta que faz regredir a civilização tropical ao seu elementar estado de semi barbárie.
Não me digam que algum ser humano sensato deve ver nisso algum valor estético ou cultural. Pois isso desafia o bom senso . E pode-se dizer, sem risco de alimentar qualquer preconceito, que seria um contra senso aceitar este lixo cultural produzido pela mais nefasta miséria social.
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016
A MISÉRIA DO CARNAVAL
E mais uma vez enfrentamos o eterno retorno do abominável “espetáculo”
do carnaval. Tal festividade hoje vazia e de massas, atualmente apenas gera
violência e movimenta a economia local
estimulando a selvageria das hordas urbanas.
Alguns se divertem com esta horrenda festa e se rendem aos seus
horrores e a afirmam o carnaval como um símbolo da cultura popular e nacional.
Talvez, de fato, já o tenha sido um dia, durante a primeira metade do século
XX, mas seria ingênuo não considera-la atualmente apenas como uma grande indústria e circo massificado.
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