quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

INCONFORMADOS

Não sou destes  conformados,
Que permanecem enterrados em suas inercias,
Enquanto a casa cai,
O céu desaba,
E o chão se abre em abismo.

É insustentável esta aparência de normalidade,
Este gosto de ordem,
Quando a vida toda segue em estado de calamidade.


BRASIL: PAIS SEM FUTURO

O Brasil é o país das reformas estruturais que jamais acontecem,
Do duvidoso de uma modernidade idealizada
e já ultrapassada,
Daquele  grande futuro que nunca chega.

É, definitivamente, lugar de mentiras e falsas promessas,
Onde poucos ganham muito dinheiro,

Onde nada é levado a sério
e a vida fica cada vez mais cara.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

2018: A PIOR ELEIÇÃO DE TODOS OS TEMPOS!

Seja pela mediocridade dos eventuais candidatos, pelo jogo aberto do fisiologismo que define o atual governo, as eleições presidenciais de 2018 entrarão, muito provavelmente, para a história, como aquelas onde o ceticismo em relação à vida pública e ao poder político atingirão índices inéditos.  Afinal, quando a corrupção se torna assunto cotidiano no noticiário politico, é mais do que evidente que a vida publica é dominada por quadrilhas que se importam apenas com seus interesses privados, que o bem comum não dá o tom da administração estatal e que cada um de nós não é representado em nosso exótico sistema representativo onde a democracia é uma mera formalidade.

A república agoniza....

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

O PARADOXO DA INCOMPETÊNCIA

A tomada de decisões costuma ficar a cargo daqueles que representam os interesses mais toscos e possuem a visão mais estreita sobre os fatos.

São estes que melhor servem ao jogo do poder. Suas motivações carecem de alma e de humanidade.
Para que o poder funcione ele precisa banalizar seu próprio absurdo.

Deixamos que os mais incompetentes decidam nossas vidas e ainda lhes reconhecemos como dirigentes, simplesmente, "porque eles mandam"....


PEDINTES


Alguns pedintes tem a fome nos olhos...
É impossível ignora-los.
Outros são duros
E alguns vazios.
Mas ninguém lhes dedica suficiente atenção
Para saber disso.


A POLITICA DA CORRUPÇÃO

A politica tupiniquim tornou-se, definitivamente, uma verdadeira indústria de corrupção. Em todas as instancias impera o trafico de influencias, as indicações duvidosas, clientelismos e maracutaias de toda espécie.

Governar-se como gangster, legisla-se como quadrilha. A politica agora é cada vez mais  matéria banal para os tribunais.



CIDADANIA

Eu acreditei em diretas Já,
Eu vivi a morte de Tancredo,
Sofri a nova democracia.
Mas também apostei nos comitês contra a fome,
Na sociedade gritando contra os políticos a ideia de ficha limpa.
Eu amei 2013!
Eu sempre acreditei na vida pública!
Eu sempre apostei na liberdade como um milagre
Contra o arcaísmo do poder...


Eu acredito na vida e no amor!
Envelheci o suficiente para apostar na liberdade como um milagre de novidades...
Duvido de utopias,
Mas aposto no agora
De nossas micro subjetividades ...

EM TEMPOS DE NOVOS BARBARISMOS

A civilidade é definida pelo ideal de alteridade. Em uma sociedade onde a desqualificação do outro é atitude corriqueira através do cultivo de estereótipos e preconceitos, impera a norma e o autoritarismo em lugar da civilidade. Infelizmente vivemos tempos de reinvenções da barbárie onde as opiniões mais tacanhas poluem o senso comum.



segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

BANALIDADE

Mais um dia sem esperanças,
De dinheiro contado,
De pequenas e grandes
Violências cotidianas.

Mais um dia de silêncios,
Vazios e risos.
Filas, tiros
E corrupção.

Mas todos dançam,
Fazendo de conta que a vida
É como no comercial.

É apenas mais um dia impossível

De banalidade do mal.

SUBVERSÃO

As autoridades não merecem respeito.
Devemos aos  senhores do poder nosso mais sincero desprezo.
Nossa indignação e revolta.
Pois todos eles prezam apenas o poder,
O controle e o privilegio,
Contra o bom exercício da vida pública.
Nenhum governo serve ao seu povo.

Apenas vive as suas custas. 

DEMOCRACIA E DIREITO A VIDA

O problema da saúde e da segurança pública, tão dramaticamente vivido pela população em cidades capitais como o Rio de Janeiro ou São Paulo, representa uma das mais cruéis debilidades da democracia tupiniquim, que pode ser bem resumida de forma simples e direta: A incapacidade do Estado de garantir o elementar e primordial direito constitucional a vida. A administração pública, e isso independe da mascara dos governos que vem e que vão, promove através de sua ineficiência e desfuncionalidade estrutural a morte dos cidadãos.


É praticamente uma contradição falar em democracia onde o poder público não nos garante o direito elementar de viver. É mais correto falar em barbárie