A moeda eleitoral
é o desejo das massas no mercado da realidade. Todas as narrativas politicas
institucionais mobilizam fantasias em seu jogo de poder. Em cada palanque vende-se
felicidades coletivas e ilusões de Estado. Os governos se inventam como grandes
ressacas depois do grande porre que é cada eleição. Votar, neste contexto, é
apenas uma questão de manipulação coletiva.

Segundo Benedict Anderson em seu clássico estudo “Nação e Consciência Nacional, um estado nação é uma comunidade política imaginária, uma dessas estranhas construções culturais da modernidade. Particularmente, diria ainda que algumas imaginações nacionais mostram-se mais funcionais enquanto outras, por uma serie de variáveis, são tragicamente desfuncionais e carnavalescas versões de qualquer fantasia nacionalista ideal. O exemplo brasileiro enquadra-se, naturalmente, neste ultimo caso...
terça-feira, 31 de julho de 2018
FAÇO PARTE DA MAIORIA SILENCIOSA
Eu me coloco em meio a grande maioria silenciosa que, de tanto testemunhar os escândalos e absurdos da vida política brasileira, aprendeu a desprezar os políticos e não levar a sério o jogo sujo e formal deste prostíbulo republicano.
Ando entre os desesperados que sabem que nada de bom podem esperar de leis e decretos pensados por nossas autoridades hipócritas.
Ja você o suficiente para saber que a política não irá resolver minha vida.
URGÊNCIAS
O futuro tornou-se perigoso.
Somos os órfãos dos sonhos das gerações passadas.
Somos os órfãos dos sonhos das gerações passadas.
Fomos superados pelos fatos,
Massacrados pela realidade.
Massacrados pela realidade.
Não a esperança.
Tudo que nos resta é a indignação e a revolta.
Tudo que nos resta é a indignação e a revolta.
segunda-feira, 30 de julho de 2018
CADA UM NA SUA BOLHA
Existimos todos
em bolhas de sobrevivência.
Mal sabemos do
mundo e da vida, restritos as nossas províncias existenciais. Nem mesmo
pertencemos a abstração fantasiosa de um estado nação. Somos o que somos no minúsculo
universo familiar, nas rotinas do escritório e nas misérias cotidianas. Somos
quase nada, mera estatística. Tudo que temos é o direito ao consumo dentro de
nossas posses. Nada mais do que isso. Entretanto nos consideramos as pessoas
mais importantes do mundo.
quinta-feira, 26 de julho de 2018
O FUTURO DA EDUCAÇÃO
Não existe educação de qualidade em uma sociedade na qual a instrução tem como meta exclusiva o mercado de trabalho. Não somos educados para o pleno desenvolvimento de nossos potenciais, mas para conquistar um diploma.
A escola é uma instituição conservadora e cada vez mais, em tempos de tecnologia digital, a educação formal é substituída pela curiosidade virtual. O professor e a sala de aula, os currículos institucionais, já não dão conta da cultura contemporânea.
A educação no futuro tende ser algo muito diferente do que foi até agora. Saber ler e escrever já não significa muita coisa hoje. É cada vez mais decisiva a capacidade de abstração e a construção de novas formas de conceber o mundo, novas maneiras de saber que não estabeleçam práticas de poder.
terça-feira, 24 de julho de 2018
A INJUSTIÇA DA LEI
A justiça no
Brasil não faz a lei valer para todos. Nada mais obvio. O poder judiciário é um
poder sensível a influencia dos demais poderes. Falo não apenas nos poderes
institucionais, mas também dos poderes
representados pelos interesses corporativos de elites econômicas.
Poder e
justiça, como muita coisa neste país, vivem da promiscuidade dos interesses escusos
e particularistas, do ganho pessoal através do dissimulado tráfico de influências.
A própria lei é
feita para manter uma ordem de privilégios e definir a delinquência. Não é
feita para plena realização da justiça. A justiça se reduz a disciplina e ao
castigo para os zé ninguém que não gozam de privilégios.
Vivemos em um país de presidiários e superlotação prisional. Curiosamente o encarceramento atinge majoritariamente pobres e negros , embora a criminalidade
sexta-feira, 20 de julho de 2018
TODO GOVERNO É PODRE E POSER
Collor, FHC, Lula, Dilma e Temer.... todos os governos deixaram um legado podre contra o idealismo da democracia.
Somos prisioneiros da lógica governista, dá ilusão do voto e das mentiras dos políticos profissionais. Somos mansos escravos do poder institucional.
Votar nos empobrece em um cenário de miséria política eleitoral e caoS institucional.
Não confie em políticos! Não vote!
A VIDA ANDA DIFÍCIL
A vida anda difícil.
a sociedade é quase impossível.
Mas a política e a economia
Seguem em progresso
Apesar do vazio de humanidades.
A polícia nas ruas,
As obras públicas,
E a imaginação midiática
Inventam qualquer futuro
Para cidadãos cansados.
Mas tudo é inútil.
As obras públicas,
E a imaginação midiática
Inventam qualquer futuro
Para cidadãos cansados.
Mas tudo é inútil.
A vida anda difícil.
quinta-feira, 19 de julho de 2018
O PODER DA MENTIRA
A mentira é sempre a lei do poder.
É sempre a versão conveniente da história,
Aquela que justifica a ordem,
Que será registrada, divulgada,
Imposta à posteridade.
É sempre a versão conveniente da história,
Aquela que justifica a ordem,
Que será registrada, divulgada,
Imposta à posteridade.
O poder alimanta-se de mentiras.
Sem elas a ordem seria impossível.
Sem elas a ordem seria impossível.
terça-feira, 17 de julho de 2018
CRISE DA REPÚBLICA
O sentimento de que participamos de uma comunidade política que não funciona como promotora da vida como um valor universal, que não promove o bem estar da população, mas atende a interesses corporativos e privados de pequenas elites de poder, é o que define a fragilidade da cultura republicana na contemporaneidade.
Somos agentes e vítimas de uma vida pública onde os interesses privados e a mercantilização da política reduzem o jogo do poder a um grande negócio. Daí a percepção da corrupção como o grande e nefasto problema atual da vida pública.
Não somos representados, não somos ouvidos nas decisões políticas. Se quer nos sentimos considerados pelas decisões de governo. Há um divórcio cada vez mais claro entre sociedade e Estado. A crise de representação é cada vez mais uma crise da própria cultura republicana.
segunda-feira, 16 de julho de 2018
O FANTASMA DAS VERDADES ABSOLUTAS
Diante do crescimento das seitas neo pentecostais, que se converteram em uma expressiva força política com uma pauta não apenas conservadora, mas obscurantista, há quem diga que corremos o risco de uma Idade Média. Mas a referência é injusta. Afinal, a época medieval foi um período culturalmente bastante fecundo. A famosa caça as bruxas, por exemplo, ao contrário do que pensa o senso comum, ocorreu no início da chamada época moderna, assim como as sangrentas guerras religiosas entre católicos e protestantes. Não é, portanto , o risco de uma nova idade média que nos ameaça. Mas a afirmação abstrata de uma moral universal, de princípios e papéis sociais pré moldados pela sociedade. O que realmente nos ameaça é a verdade como monopólio de grupos ou partidos, é a fé, laica ou sagrada, elevada a medida da vida pública.
Assinar:
Postagens (Atom)