quinta-feira, 30 de agosto de 2018

SOMOS TODOS MISERÁVEIS

No fundo todos vivem  alguma miséria.
Pode ser financeira,
Emocional, moral,
Intelectual
Ou, simplesmente mental.
De uma forma ou de outra
Temos algo de miserável.
Mas é claro que todo mundo
Vive inventando para si
Absurdas virtudes e qualidades.

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

VERDADE, MENTIRA E OPINIÃO

A verdade é aquilo que faz com que todos discorrem entre si. Já a mentira,  é aquilo que une os iguais. 

A invenção social da realidade escapa cada vez mais ao ponto médio entre extremos representado pelo senso comum.

Mentira e verdade se tornaram grandezas absolutas no cultivo das opiniões mais absurdas. De um modo geral, as pessoas perderam o bom senso.

terça-feira, 28 de agosto de 2018

OS LIMITES DA SOCIEDADE


Ainda que nossas rotinas e miseras certezas de momento nos configurem um mundo comum, diversas são as estratégias de significação e valoração desta representação compartilhada da realidade.

Não vivemos no mesmo tempo e nos mesmos lugares de significação da existência. Enquanto coletividade, habitamos mundos diversos. O que nos define como sociedade é justamente a capacidade ou vocação para convivência pacifica desta diversidade de mundos. Quantos mais conflitos e confrontos,  polarizações ideológicas e enquadramentos morais, corremos o risco de fracassar como sociedade.

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

A SAÚDE QUE NOS MATA

Em tempos de grandes avanços da medicina,  a saúde ainda é um privilégio. 


Como qualquer um sabe na carne , os planos privados são caros e a rede pública deficiente. Não há drama maior do que precisar de cuidados em uma sociedade onde a medicina é acima de tudo um mercado muito rentável. A doença dá lucros, pessoas saudáveis dão prejuízo. Por isso boa parte da população morre diariamente na fila dos enfermos dos hospitais públicos. De um governo a outro o problema sempre continua.

QUANTO VALE SEU VOTO?



Ninguém acredita nos profissionais da política. Principalmente aqueles que se beneficiam de seus mandatos, que vivem a sombra do poder de Estado. Ninguém duvida que partidos políticos não passam de  grandes empresas, que são organizações que  pertencem ao mundo dos negócios e das negociatas, que pouco se ocupam dos interesses públicos e, não raramente, apresentam fortes relações com o mundo do crime.

Afinal, quanto vale um mandato? Quanto custa um ato legislativo? O que não se faz pelo e para o poder? A tais perguntas uma única resposta é certa: seu voto não vale nada.

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

O PODER COMO NEGÓCIO

A vida parlamentar e estatal não é muito clara no Brasil,  apesar de todos os mecanismos de transparência pública. O segredo ainda é a alma do poder. Afinal, o interesse publico sempre vem em segundo lugar. Os acordos obscuros, as negociatas escusas, as prioridades inconfessáveis, dom o tom do exercício dos cargos administrativos e legislativos. O Estado funciona para atender aos interesses privados de seus agentes que muitas vezes, sem qualquer pudor,  descambam para o crime e a corrupção em pequena e grande escala. O Estado só funciona para aqueles que vivem do poder como negócio.

O FANTASMA DA XENOFOBIA



Há uma falsa propaganda de que o brasileiro médio possui uma boa índole social, sendo, na maioria das vezes, cordial e prestativo com os estrangeiros. Nada mais fantasioso. Turistas são enganados e ludibriados o tempo inteiro pelas ruas de cidades turísticas como Salvador e Rio de Janeiro. 

Mesmo sem aqui recorrer a dados estatísticos, é cabível afirmar sem medo de errar que o brasileiro médio apresenta traços de dissimulada xenofobia. Não é por acaso que o racismo cordial é um dos mais autênticos produtos da cultura nacional.

Se o turista ou imigrante branco, norte americano ou europeu, por suas condições econômicas, é bem integrado ao meio nacional, o mesmo não pode ser dito sobre imigrantes africanos e venezuelanos, para citar os exemplos mais conhecidos entre nós nestes tempos sombrios de refugiados globais. Mas como poderia ser diferente em um país onde a vida vale tão pouco e as diferenças sociais são traduzidas por certo elitismo econômico  e discriminação racial? 

a xenofobia, enquanto recusa do outro, do diferente, é um traço latente de uma cultura nacional que sempre tendeu a megalomania ufanista e a naturalização das desigualdades.  



sexta-feira, 17 de agosto de 2018

O QUE POLITICAMENTE SOMOS?



Vivemos ainda em estado de menoridade politica. Nossas opiniões sobre o tema são devedoras do legado ingênuo de outras épocas onde a politica se confunda com a invenção de um sujeito universal, com a fantasia do individualismo positivo de inspiração liberal.

Assim, a politica nos últimos séculos foi tomada como sinônimo de Estado, norma e moral, como instancia de formação de um modelo moral: o cidadão. Mesmo que em nenhuma parte este modelo tenha personificado o individuo empírico dos imediatismos cotidianos.

A politica para nós ainda é o domínio de ilusões universais consagradas que mascaram os micro apetites tribais que repartem entre  si o domínio territorial de nossa precária vida em sociedade.

Afinal, como vivemos? Como coletivamente somos e o que ainda podemos esperar disso?


quinta-feira, 16 de agosto de 2018

A REVOLUÇÃO DOS VELHOS



O senso comum do poder já não teme a rebeldia e o vigor contestador da juventude. Muito pelo contrário, a manutenção da ordem atual das coisas passa pela banalização do novo. Agora é o ceticismo dos velhos que deve ser combatido, sua falta de confiança nas verdades sagradas, na vida ativa e banal das multidões domadas. 

As falsas promessas de dias melhores já não seduz aqueles que perderam uma vida inteira esperando por elas. A falta de esperança tornou-se potencialmente mais transformadora do que o otimismo de qualquer  palavra de ordem ingênua.


terça-feira, 14 de agosto de 2018

SOBRE A FARSA ELEITORAL


O poder emana do povo e em seu nome é exercido por uma minoria elitista em benefício próprio. Pelo menos em terras tupiniquins é o que acontece de forma realmente acintosa.

Políticos não nos representam e , consequentemente, o poder público tem razões que a necessidade de todos desconhece.

As vésperas de cada eleição somos confrontados com a falácia de uma república aristocrática que se legitima paradoxalmente pelo sufrágio. Dizem que somos responsáveis por nossas escolhas, mas as opções são todas lmpostas, cartas marcadas, no grande e lucrativo negócio ao qual se reduziu a vida pública.