
Segundo Benedict Anderson em seu clássico estudo “Nação e Consciência Nacional, um estado nação é uma comunidade política imaginária, uma dessas estranhas construções culturais da modernidade. Particularmente, diria ainda que algumas imaginações nacionais mostram-se mais funcionais enquanto outras, por uma serie de variáveis, são tragicamente desfuncionais e carnavalescas versões de qualquer fantasia nacionalista ideal. O exemplo brasileiro enquadra-se, naturalmente, neste ultimo caso...
sexta-feira, 26 de junho de 2020
POLITICA NO BRASIL CONTEMPORANEO
Entre uma esquerda falida, uma direita perdida, e um sistema político disfuncional, a política no Brasil foi reduzida ao caos, a um beco sem saída, de ideias antigas e crises institucionais.
quarta-feira, 10 de junho de 2020
A VIDA AINDA TRANSBORDA
Apesar de toda precariedade,
De todas as incertezas,
Angústias, limites
E vazios,
A vida ainda transborda,
Nos afeta e transforma
Na banal experiência de ser.
Mesmo que seja apenas
A vida possível,
Com v minúsculo,
Que dói um pouco viver.
A vida ainda transborda.
sexta-feira, 5 de junho de 2020
UM GRITO
Entre a banalidade da morte e a precariedade da vida, resta o grito que explode a angústia; resta a alegria da luta, da busca por si mesmo no cuidado dos outros pelo bem estar de todos.
Resta qualquer futuro contra o presente, qualquer esperança frente o peso do passado, quando somos juntos o atemporal de um grito.
segunda-feira, 1 de junho de 2020
OS INSURGENTES
Os que não se conformam as rotinas de um mundo sem alma, caduco, e quebram o cotidiano com seus corpos insurgentes nas ruas, são aqueles afetados por uma urgência de vida.
São os que sabem a poesia da liberdade, o devir do mundo contra a precária e provisória ordem das coisas.
Para tanto é preciso ter uma intuição de infinito, correr o risco de reescrever o futuro, até escapar a prisão do tempo presente e aos limites do possível.
São eles que sabem a vertigem do imprevisível e do inédito.
domingo, 31 de maio de 2020
SOBRE A CRISE POLÍTICA
A crise em curso entre o STF e o poder executivo constitui um novo capítulo da crise da República definida pela hegemonia da extrema direita na política nacional.
Não é apenas uma crise de valores proveniente da polarização ideológica. É antes de tudo uma crise de princípios em uma democracia elitista e oligárquica que parece frágil diante de uma tendência antidemocrática patrocinada pela presidência da República. O medo de uma ruptura institucional parece enfraquecer a defesa da própria democracia pelas autoridades constituídas.
quinta-feira, 21 de maio de 2020
REFLEXÕES SOBRE O BRASIL DO CORONA VIRUS XX
Entre a crise política e a pandemia nos surpreende o de sempre, o óbvio e o cotidiano do absurdo nacional.
O futuro nunca foi tão distante na distopia do tempo presente.
sábado, 16 de maio de 2020
REFLEXÕES SOBRE O BRASIL DO CORONA VIRUS XIX
A ausência de atuação na União na emergência sanitária, a corrupção, má gestão e evidente falência do SUS em estados e municípios, deixa a população entregue a si mesma. É o triste retrato de um país de descasos em tempos de peste onde a morte está na agenda do dia.
Não se pode esperar muito do poder público, nem mesmo em tempos de morte. Aliás, mesmo nos tempos da velha normalidade, o Estado já era uma máquina de produzir morte, um verdadeiro coveiro do povo.
INFORMALIDADE
Sem certidão de nascimento,
CPF ou identidade,
Muitos ainda existem,
Re- existem, contra a sociedade
A margem do Estado e da lei.
A vida, através deles,
É maior que o país
E sua soberania meta nacional.
domingo, 10 de maio de 2020
(MEMORIA COLETIVA) REFLEXÕES SOBRE O BRASIL DO CORONA VIRYS XVIII
De silêncios no deserto dos fatos,
De futuros roubados e sonhos apagados.
Será um momento de pós história,
De questionamento do humano
Em meio a crise civilizatória.
Será o ano da peste,
Da morte,
Do silêncio do humano
Na miséria do nosso progresso.
sexta-feira, 24 de abril de 2020
OS POLITICOS DO BRASIL
É urgentemente necessária alguma pesquisa acadêmica para explicar porque, afinal, os políticos tupiniquins são tão escrotos e repugnantes.
Qualquer pronunciamento de político, seja de que partido for, normalmente desperta no espectador antipatia e náusea. Principalmente quando o dito cujo é ocupante de cargo público.
Os políticos no Brasil normalmente tem cara de burros e desonestos. Infelizmente, ha sempre quem vote neles.
REFLEXÕES SOBRE O BRASIL DO CORONA VIRUS XVII
As filas formadas nas agência da Caixa Econômica no país inteiro, por conta das exigências para o recebimento do auxílio emergencial do governo de 600 reais , os tantos candidatos com o cadastro ainda em estado de análise, fazem o pequeno benefício governamental una grande humilhação para a população mais humilde.
Para os menos favorecidos tudo é dificultade e afirmação do estigma de cidadãos de segunda categoria em uma República elitista. Em tempos de pandemia o governo promove aglomerações em filas do sofrimento.
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