terça-feira, 29 de março de 2016

A BANALIDADE DA INDIGNAÇÃO POLITICA

Muito me embrulha o estômago o noticiário politico nacional.
Horrível saber do absurdo patrocinado pelas predadoras elites politicas que parecem habitar  um mundo paralelo de poder e dinheiro.

Não suporto testemunhar passivo seu descaso pela coisa pública, sua hipocrisia descarada personificada por discursos cínicos e cretinos que expõem sem pudor o jogo sujo das instituições ditas democráticas.


O bordel da ordem pública é o que oferecem os representantes do povo. Entretanto, as ruas seguem em silêncio.  Fomos domesticados pelo absurdo, transmutados em gado. Mesmo a critica e a indignação, de tão banalizadas hoje em dia, já não tem qualquer efeito.

segunda-feira, 28 de março de 2016

A MISÉRIA DO PODER

O mundo do poder
não é feito de silvas,
mas de sobrenomes exóticos
E pomposos.
O poder é aristocrático,
hereditário,
conservador e arbitrário.
Seu mundo é excludente
e desconhece a igualdade
como princípio.
Faz valer  hierarquias e privilégios.
“Assim é e sempre será”,
dizem seus frequentadores
contra qualquer espanto de democracia.


segunda-feira, 21 de março de 2016

ENTRE A CORRUPÇÃO E A DECADÊNCIA DA POLITICA


Não é só a corrupção que domina atualmente o imaginário nacional. A absoluta descrença no Estado e na politica institucional, protagonizada por partidos políticos, também se impõe como resultado da crise política. Pena que não podemos esperar que tal ceticismo fomente uma mobilização e organização da sociedade capaz de estabelecer uma relação nova entre Sociedade e Estado.

Lamentavelmente o real contradiz o ideal e estamos longe de boas noticias politicas . Temos apenas aquela sensação patética de que o pior está sempre ainda por vir.


QUANDO NEM AS CRISES SÃO SÉRIAS

Não estou absolutamente preocupado com o Brasil e suas eternas crises econômicas e politicas. Tudo por aqui sempre está por um triz, sempre está um horror e a beira do precipício.

O que impressiona é como esta sociedade periférica e provinciana  consegue  aguentar tanta crise e adaptar-se a constante instabilidade sem exibir um único sinal de mudança.

Desde de ontem e sempre impera o reino do mais do mesmo,  da mudança como estratégia para permanecer como está. Este é o único progresso onde nos conduzem as crises nacionais.


sexta-feira, 18 de março de 2016

SOBRE A CRISE POLITICA TUPINIQUIM

É surpreendente como a banalização da crise politica e seu tragicômico cenário denuncia a fragilidade de nossas certezas e instituições democráticas. O futuro nunca pareceu tão sombrio enquanto a desrazão das multidões obscurece as reflexões e reduz a minoria dos sensatos à perplexidade e a impotência. Todos os atores políticos são trágicos e os fatos enlouqueceram. O futuro me assusta...

MELANCOLIA DELIRANTE

Ter opinião é defender-se dos outros e de si mesmo. A maioria das pessoas abrem mão disso e apenas tomam partido de alguma ilusão coletiva.

Estamos cada vez mais distante de qualquer solução, de qualquer resposta. A multidão polui a rua com palavras de ordem marchando sobre o cadáver da razão.

O futuro faltou ao encontro....
a tempestade se aproxima.

Vamos dormir um pouco...

DISTOPIA TUPINIQUIM

Esperava apenas pelo dia seguinte.
O futuro havia  se perdido do horizonte.
As coisas apenas aconteciam
contra todos os sentidos e cabimentos.
O cadáver da verdade fedia na paisagem humana
como um testemunho sombrio dos abismos íntimos
de nossos ideais de sociedade.
Todas as hipocrisias estavam abaladas
e todos os discursos quebrados.
Finalmente era evidente a falência nacional.


quinta-feira, 17 de março de 2016

SOMOS TODOS SUCUPIRA

O autoritarismo e a hipocrisia do elitista jogo do poder novelístico, atualmente estabelecido, reduziu as terras tupiniquins a condição de uma cidadezinha no interior do nordeste chamada  Sucupira. O cemitério da republica, mais do que nunca, está longe de ser inaugurado... Vivemos dos solavancos do jogo de cena, do xadrez medíocre dos políticos profissionais e oligárquicos.



terça-feira, 15 de março de 2016

SOMOS TODOS PALHAÇOS

Somos todos palhaços,
Não importa de qual circo.
Vivemos todos uma grande piada
em meio ao caos,
os arbítrios da ordem estabelecida

e o vazio de nossas vidas.

INSANO COTIDIANO

A insanidade e o absurdo definem a realidade,
não por qualquer capricho arbitrário
de algum insensível  acaso,
 mas pela precariedade natural das coisas
do poder e da ordem.
Nada é mais perverso  do que a normalidade,
do que nosso mais elementar dia a dia...


sexta-feira, 11 de março de 2016

O NAZISMO PERDEU A GUERRA...

Os nazistas inventaram a mídia contemporânea, perderam a guerra mas configuraram a cultura do pós guerra,  estabeleceram a forma mais perfeita domesticação das massas que nos faz ainda hoje prisioneiros no campo de concentração da sociedade de “bons cidadãos” domados.

O nazismo perdeu a guerra...


quinta-feira, 10 de março de 2016

NOTA SOBRE A ATUAL CRISE POLITICA TUPINIQUIM

A  questão não é esquerda ou direita, mas o equivoco de reduzir a politica a possibilidade de salvação personalista ou ao virtual ideológico. A verdadeira questão é que desde o golpe civil militar de 1964 não enfrentamos  uma crise institucional e politica tão absurda e que expõe de forma tosca a miséria do modelo politico brasileiro e de seus atores.

Acho que um pouco de olhar pós moderno permite entender a tragicômica  situação tupiniquim e seus impasses.  A crise é maior  do que  nossas opiniões e que o simulacro em que vivemos já não dá conta da economia simbólica cotidiana. Falando em termos simples: AGORA FUDEU!


quarta-feira, 9 de março de 2016

LEITURAS DA CRISE

O futuro morreu prematuro
e o presente anda muito mal.
Mas as pessoas instem em seus erros,
procuram a felicidade a qualquer custo,
transformando vicio em virtude.
Qualquer mentira
parece melhor que a realidade.
Não confiem em ninguém.
O pais inteiro arde em agonia
a espera de uma reviravolta

da hipocrisia nacional.

O ABSURDO NO BRASIL

No Brasil as pessoas estão habituadas a se contentar com pouco e viver das migalhas de uma realidade barata e medíocre. Talvez por isso por aqui os piores horrores provocados pela desfuncionalidade do Estado e pelas mazelas sociais são “naturalizados” e assimilados apesar de todo mal estar. Cabe considerar também a obtusidade cultural, a incapacidade de problematizar a realidade e a tendência a mediocridade do senso comum.

No Brasil até a inteligência é burra e até os bons discursos carecem de realidade. É sempre prudente por aqui duvidar de tudo, pois a essência da realidade nacional é o mais detestável modalidade de absurdo social. Somos todos suas vitimas.


terça-feira, 8 de março de 2016

ELOGIO A MARGINALIDADE

Não pertenço a confortável mediocridade do cidadão comum.
Não tenho boa reputação, dinheiro no banco
e nem a intenção de ascensão social .
Prefiro, ao contrário,
acender fogueiras nas ruas,
rasgar regras,  leis injustas
e esta ilimitada hipocrisia
que sustenta a nossa descabida realidade.
Não pertenço...
Vivo a margem e em revolta.



segunda-feira, 7 de março de 2016

A AGONIA DA POLÍTICA NO BRASIL

A politica brasileira agoniza em uma disputa de poder absurda.
A corrupção virou uma moeda politica e  acusar o adversário uma estratégia midiática.  Mas a verdade é que o atual modelo politico é viciado, disfuncional e imoral. Mas é obvio que nenhum politico quer realmente falar sobre isso. Os três podres não campos minados. Não se pode esperar uma alternativa de poder e Estado minimamente coerente de qualquer iniciativa patrocinada por eles.

A situação está simplesmente desfavorável e incrivelmente desagradável...

Mas sempre soubemos disso...

sexta-feira, 4 de março de 2016

CORRUPÇÃO E PODER

Até agora a corrupção foi a essência da politica brasileira.
Não se trata de um desvio, mas da regra básica do jogo do poder e do funcionamento do Estado. A mercantilização do poder é um fenômeno que não deve ser ignorado. Mas é um problema a ser atacado contra os interesses corporativos das oligarquias que monopolizam o exercício da politica.


quarta-feira, 2 de março de 2016

SOBRE O PODER JUDICIÁRIO

O sistema jurídico brasileiro não é nada transparente e mantem o  judiciário como uma instancia de poder separada da sociedade e fechada em si mesmo, ciosa de seus interesses corporativos e avessa a qualquer discussão  sobre a hipótese de sua democratização. 

O judiciário é aristocrático e vaidoso em seus ritos e formalismos vazios que, longe de buscar a  eticidade e a justiça como princípio, afirma apenas o arbítrio burocrático e subjetivo dos juízes que, de um modo geral, não fazem a mínima ideia da sociedade em que vivem. 

terça-feira, 1 de março de 2016

VIVENDO NO LIXO

A hora do trabalho,
o trânsito desumano
e toda esta rotina tosca
de consumo inútil.
Nisto se resume a vida
nesta agonia de sociedade
onde fazemos de conta
que tudo sempre
anda bem.
Produz mais lixo...
viva no lixo,

seja esse lixo.