quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

SOBRE AS CHUVAS DE VERÃO 2011: NOVA TRAGEDIA, VELHOS PROBLEMAS


Há quem possa ver na tragédia das tradicionais chuvas de verão  que castigam a região sudeste, principalmente São Paulo e a região Serrana do Rio de Janeiro nestes últimos dias, uma mera fatalidade imposta pelos arroubos da natureza em tempo de aquecimento global.
Por isso não é demais enfatizar que a mesma história reedita-se sob novas versões todo inicio de ano,  mudam apenas os lugares e as vítimas, permanecendo  o mesmíssimo  enredo: a falta de planejamento urbano, de políticas públicas que racionalizem e disciplinem a ocupação racional do território dos grandes centros populacionais, contrariando a lógica de exclusão social e cultural ditada principalmente pelos interesses especulativos imobiliários que em grande medida definem a cara de cada cidade.
Não raramente as paisagem dos grandes centros urbanos tupiniquins, suas divisões territoriais em diversas “funções”, sua infra estrutura e dinâmica interna,  dar-se de modo caótico e irresponsável no oba- oba da ausência de qualquer projeto viável de sociedade urbana.
Não é difícil perceber o quanto tragédias como aquela que ora acompanhamos na imprensa poderiam ser prevenidas ou pelo menos minimizadas com um pouco de responsabilidade tanto do Estado quanto da sociedade na construção do meio ambiente cidadino que, embora cotidianamente vivido, é raramente pensado de forma conseqüente em seus usos configurações pragmáticas.                     

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