sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

A FALÁCIA DA "REVOLUÇÃO BRASILEIRA"

Nos anos 60 e 70 do ultimo século as narrativas desenvolvimentistas de esquerda tupiniquim ainda podiam afirmar a ideia de uma “revolução brasileira”, de um processo de emancipação política e econômica que conduziria o país a plena modernidade. Autores como Caio Prado Jr eram então muito populares e acreditava-se de modo geral que havia alguma coisa como um “processo histórico” que fazia de meia dúzia de iluminados os interpretes de um futuro anunciado. 


Atualmente, em tempos de decadência das utopias, tal otimismo político não mais se sustenta.  O Brasil se reduz aquilo que de fato é: um país de periferia avesso ao contemporaneidade onde todo progresso se faz em nome do arcaísmo. Nenhum projeto de poder, patrocinado por esta ou aquela oligarquia política,  nos levará algo diferente da lógica do novo como sempre igual.


Precisamos agora de uma boa dose de realismo diante das precariedades tupiniquins. A começar pelo reconhecimento da mediocridade de sua classe política e incompetência da sociedade para organiza-se. Afinal, o privado por aqui sempre importou mais do que o publico. O que explica em parte como se deu por aqui esquemas de corrupção tão sofisticados e sistemáticos. 


A premissa de qualquer analise de conjuntura sobre o Brasil é a constatação de que ele é um problema sem solução.

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