sábado, 9 de junho de 2018

O TRÁGICO DESTINO ELEITORAL



As eleições de 2014  e 2016 afirmaram a tendência ao voto nulo como uma sincera expressão de ceticismo nas alternativas institucionais. Pode-se mesmo dizer que a porcentagem de indecisos, vítimas da chantagem barata do voto útil, seja de esquerda ou direita, foi decisiva na definição desses dois últimos pleitos eleitorais.

Independente disso, já não é fácil apostar no jogo político como arena de mudança para as mazelas nacionais. Os políticos são parte do problema e não dá solução. Isso independe das candidaturas vitoriosas. Já sabemos que os eleitos nada farão de substancialmente positivo pelos seus eleitores. Afinal, é a própria republica que se apresenta como uma construção condenada à sucumbir sobre suas próprias estruturas.

O futuro, definitivamente, não está nas urnas. Mas não somos ainda capazes de vislumbrar o novo de instâncias cada vez mais diretas de deliberação e organização da sociedade. Estamos condenados a ir do ruim ao pior a cada nova eleição,  legitimando os políticos e partidos que nos condenam a ditadura do sempre igual.

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