segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

A DECADÊNCIA DO ESPANTO





Naturalizamos o ódio, a violência, a guerra, a miséria  e a morte.

Nos habituamos ao patológico como corriqueiro roteiro do nosso tempo vivido. 

O anormal e o intolerável tornaram-se  povoações auto sustentáveis em nossa paisagem domestica, fizeram morada no cotidiano, no horizonte e no céu,  sem despertar grandes protestos.

Não sei o que ainda resta dos estereótipos de humanidade, das ilusões da História. Mas eles não irão nos salvar do  conformismo da auto consciência contemporânea. Acho mesmo que estamos condenados, comprometidos, como seres vivos. Afinal, perdemos a capacidade de  de nos espantar, de ter medo de nós mesmos e dos nossos atos coletivos.


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