quarta-feira, 25 de maio de 2022

O NOVO JOGO DO PODER OLIGÁRQUICO

Em pré no século XXI e na contramão de todas as ingênuas expectativas dos especialistas em politica institucional, o Brasil assumiu-se de vez como republiqueta das bananas. O desgoverno bolsonaro, afinal, foi palco não de uma crise institucional permanente, mas do clímax de uma repactuação corporativa em curso entre as facções oligarquicas dos "três poderes"parasitárias da gorda máquina Estatal.
Judiciário e militares dão o tom das negociações para um novo equilibrio das forças desarmônicas que sobrevivem das tetas do erário.
O fato é que  as relações de poder e privilégios que ditam a teatral performance das instituições duvidosamente democraticas estão em mudança. É preciso atualizar o arcaismo patrimonialista nacional.
Afinal, no nosso eterno "antigo regime", o mantra de que "as instituições estão funcionando" apenas dissimula a luta oligarquica por trincheiras na maquina estatal. É preciso garantir o rentismo mais descarado as facções oligarquicas com melhor desempenho. 
No fundo, a politica nacional se resume ao jogo dos interesses privados dos que mamam no Estado, não importa o governo da vez. 
Militares e magıstrado querem agora mais espaço disputando a vaga de poder moderador de uma republicanismo sem lei e ordem, tradicionalmente gerido pelo velho toma lá da cá entre o executivo e o legislativo.
 Militares e magıstrados, faz algum tempo, querem rever este pacto oligárquico, cheio de vícius e descaramentos, alvo de tantos escândalos e desgastes. Sabem que não há mais lugar para o presidencialismo de coalisão. É hora de novos arranjos.
 Seja qual for o resultado disso, uma premissa define o resultado: no jogo do poder o povo não tem vez. Todo poder se rouba do povo e é exercido com a mais competente desfaçatez. A nova República  sempre foi uma  República Velha construida sob o fantasma do risco de uma " Revolução de 30".
Longa vida ao corrpirativismo!

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