Para os que não são bem nascidos,
viver é um ato de resistência contra a cidade,
contra o Estado e a própria humanidade.
Para os que vivem a margem,
não basta querer um lugar no mundo.
Pois todo mundo sabe
que para nós não existe mundo
e a única escolha
é enfrentar com ferocidade nossa atroz realidade,
afrontar toda hierarquia e desigualdade.
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