Recebo apenas o suficiente
para não morrer de fome,
para continuar produzindo,
consumindo e obedecendo a lei.
Não conto com aposentadoria.
Não tenho benefícios ou direitos trabalhistas.
Dado o que tem sido minha vida,
sei que não terei um final feliz.
Afinal, para o Estado não passo de um número.
Para sociedade sou quase um escravo.
É cada vez mais difícil sobreviver
em tempos de precarização laboral
e de desenfreada exploração neo liberal.
Hoje em dia, ninguém tem mais tempo livre para simplesmente existir.
Diante de tão perverso quadro social,
só nos resta lutar e resistir,
organizar a raiva e alimentar a revolta,
contra os desmandos do Capital.
Nenhum comentário:
Postar um comentário