domingo, 29 de novembro de 2015

UM POUCO DE INSPIRAÇÃO NEOÍSTA....



Diante do caos absolutamente reinante, uma inspiração Neoista.
Os entendedores entenderão....

ENTREVISTA DIDÁTICA COM STEWART HOME

(concedida a  Velot Wamba e Graziela   Kunsch)

“O que são os Manifestos Neoístas?

Eles são como o Neoismo, um prefixo e um sufixo sem nenhum conteúdo, o alfa e o Omega da vanguarda. São uma piada, uma piada extremamente séria, um trote aplicado naqueles que poderiam ser os últimos primeiros e os primeiros últimos. São uma tentativa de alcançar a verdade não apenas por meio do erro, e sim através de mentiras descaradas.”

In Manifestos Neoistas:greve da arte. Stewart Home. SP: Conrard Editora do Brasil. 2004 ( coleção Baderna.

www.baderna.org  


POR UM POUCO DE ANARQUISMO

Eram dias azedos e vazios
Onde a vida ardia em febre.
Mas colecionava piadas
E goles de ironia
Enquanto o caos passeava
Na avenida central.

Desordens sempre governaram o mundo,
O jogo  do poder é hipócrita
E estéril na definição de seus rumos.
Talvez seja hora do dizer das pessoas,
De indignações e desesperos.

Cada um deve buscar a governar a si mesmo

Sem absolutismos morais ou delírios de poder perfeito.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

UM ESCÂNDALO CHAMADO BRASIL!

As investigações da Operação Lava Jato patrocinada pela Polícia Federal, mas do que qualquer outra até então, nos faz perceber o tamanho da corrupção politica  nacional, o absurdo institucional que caracteriza o comportamento mais banal de nossas oligarquias politicas.

Não vivermos em uma sociedade que dá certo e não temos um Estado que funcione.

Quando acreditávamos que já estávamos no fundo do poço, apenas descobrimos atônicos que o poço era apenas a porta para o abismo.


segunda-feira, 23 de novembro de 2015

CRISE NO BRASIL: A AFIRMAÇÃO DO CONSERVADORISMO COMO PSEUDO MUDANÇA

Usualmente utilizamos a palavra crise como sinônimo de decadência ou falta de controle, como o equivalente de impasse. Em termos médicos, a palavra crise, tomando por referência o quadro de evolução de uma doença, representa o momento decisivo que pode conduzir a cura ou a morte.  

Assim, quando falamos de crise, deveríamos pensar na evolução de um quadro e não em um momento de estagnação. No plano da vida pública e das mazelas políticas tupiniquins, crise,  representa deteriorização e impasse diante das inercias conservadoras e a tendência a acomodação.


Tradicionalmente, mudanças políticas no Brasil tendem ao passado, a restauração, e nunca ao novo e a transformação autêntica. Isso explica muito sobre os tantos absurdos nacionais que assolam a realidade local.

sábado, 21 de novembro de 2015

VIVO EM UM PAÍS DE MISÉRIAS

Vivo em um país de misérias.
De todo tipo de misérias.
Da miséria concreta,
Passando pela miséria religiosa,
Política, intelectual,
Preconceituosa e hipócrita.
Tudo por aqui fede a miséria.
É irreal.
Mas a maioria vive feliz
Dançando e bebendo

Neste estranho chiqueiro. 

A CONSCIÊNCIA DA QUESTÃO NEGRA NO BRASIL

A consciência de uma questão negra no Brasil  ainda é um debate surpreendentemente atual. Normalmente a polêmica em torno do tema é reduzida a oposição entre os que defendem uma política ações afirmativas, tais como o sistema de cotas e os que acham que a questão da desigualdade social não pode ser subordinada a questão racial.

 Mas trata-se de uma discussão muito mais ampla. Afinal, não há como negar que, por maiores que sejam um dia os avanços sociais possíveis neste país, o negro sofre ainda na sociedade tupiniquim a herança do velho sistema escravista. Não pela escravidão em si. Mas pelo fato de que seu fim não representou a conversão do negro em força de trabalho livre e assalariada, devidamente incorporada a sociedade republicana. Pelo contrário, ele foi renegado a própria sorte e a mão de obra assalariada passou a ser sinônimo de imigrantes brancos e europeus.

Esta marginalidade do negro consolidou-se e, afirmar o contrário é negar o vidente fato de que há poucos negros em condição de mando e poder, sendo a “elite” nacional  essencialmente branca. Negras são as favelas e os guetos.


Assim sendo, nada mais urgente do que admitir que a cultura tupiniquim do samba , da bunda e do carnaval é também uma cultura racista e preconceituosa. 

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

BREVE NOTA SOBRE O OBSCURO DA DEMOCRACIA

Quanto mais  a banalidade da indiferença definir a democracia , mais a transbordaremos  no simulacro...

“Ainda que em Tocquevile   já exista uma análise  dessa erosão democrática. É porque as pessoas são individualizadas  e iguais por direito que elas se tornam indiferentes  uma as outras.”


Jean Baudrillard. In O PAROXISTA INDIFERENTE

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

AVISO PARA OS HABITANTES DO BRASIL

AVISO DE UTILIDADE PÚBLICA SOBRE O BESTIÁRIO CONTEMPORÂNEO:

CUIDADO!
 UNICÓRNIOS PODEM SER PERIGOSOS!
CASO VEJA ALGUM PROCURE IMEDIATAMENTE AJUDA PSIQUIÁTRICA.

EM HIPÓTESE ALGUMA TENTE INTERAGIR COM ELE!

terça-feira, 17 de novembro de 2015

QUANDO A BURRICE IMPERA

Atualmente, entre os tupiniquins, qualquer tema politico ou social acaba virando objeto de polarizações extremistas que diluem e esvaziam qualquer possibilidade de debate. Usuários de facebook sabem o quanto.

A informação tornou-se tão tacanha e as ideias ficaram tão rasas que até mesmo o senso comum emburreceu.

qualquer rigor, pudor ou, simplesmente bom senso, não impera nas argumentações reduzindo tudo a um grande carnaval ideológico onde todas as opções são ruins.


Pessoalmente, em situações de “salve-se quem puder” discursivo, tendo a bizarrice e ao nonsense tentando assegurar a mínima morada da minha individualidade contra as dissonâncias coletivas

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

MARCHA PARA SATANÁS!!!!!

A Marcha para Satanás, que vem se organizando e se afirmando como uma futura e positiva manifestação de rua em várias cidades e estados, prometendo agitar o mês de janeiro, não é um ato anti religioso, mas um protesto ecumênico contra os desmandos e patologia social representada pela bancada evangélica que explora a fé como instrumento de poder , corrupção , hipocrisia e autoritarismo.

Não se trata de uma deboche ateísta, mas de uma analogia irônica as toscas Marchas para Jesus organizadas e representadas por Malafaias e companhia. Este ato público e coletivo não é bandeira de esquerdas ou direitas, mas da pura e simples liberdade e dignidade da política que anda se perdendo em terras tupiniquins.
Represente o respeito pela sua fé, pelo seu ateísmo, pela sua cidadania, pelas suas escolhas, pelos seus direitos e pela sua liberdade, em uma festa democrática que apenas expressa nosso descontentamento contra certos absurdos legislativos.

Vamos todos rir juntos nas ruas em exercício lúdico de subjetividade e cidadania.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

O VAZIO DO NACIONALISMO

Uma pergunta  sempre a ser dirigida aos defensores de meta narrativas nacionalistas no plano político é: O que define  a contemporaneidade de seu nacionalismo? Afinal, a ideologia nacional sempre remete a um passado mítico e idealizado onde a ordem imperava contra  um presente caótico e degradado. Daí sua tendência conservadora e, em alguns contextos, francamente reacionária.

Quando o passado se torna referência de futuro  em uma resposta simplista aos dilemas do tempo pressente, é porque a própria invenção de uma nacionalidade  corroeu-se e não existe no tempo presente uma vida cultural  capaz de fomentar novas respostas que, antes da inspiração em um passado mítico apontem para um futuro que realize positivamente qualquer   alternativa contemporânea aos desafios coletivos do tempo de agora.

Quando o nacionalismo ganha  a forma de um discurso  político, é porque existe um vazio de alternativas que tenham como parâmetro a realidade concreta e as ponderações mais rigorosas sobre ela.

O nacionalismo sempre representa uma derrota do pensamento.....