Hoje é sete de setembro, vulgo dia da independência tupiniquim ou, para ser mais preciso, data simbólica da emancipação política da América portuguesa e do advento do Império Brasileiro. Cabe observar que aqui é o único lugar da América onde a independência política não se entrelaçou com a fundação de uma republica, seguindo o modelo da revolução norte americana. Eis uma das razões pelas quais 1822 é um marco decisivo de nossa pseudo história ou evolução do caos nacional. É também digno de nota que, justamente por ter se viabilizado mediante um acordo de elites e um arranjo de poder, como é muito comum por aqui, tal significativo momento, como tantos outros não contou com a participação popular e não forjou algo que poderíamos chamar hoje em dia de sociedade civil. Predominou o arcaísmo de antigo regime que, de muitas maneiras, transmutar-se-ia em uma tradição autoritária que marcaria inclusive o até hoje caótico período republicano...
Segundo Benedict Anderson em seu clássico estudo “Nação e Consciência Nacional, um estado nação é uma comunidade política imaginária, uma dessas estranhas construções culturais da modernidade. Particularmente, diria ainda que algumas imaginações nacionais mostram-se mais funcionais enquanto outras, por uma serie de variáveis, são tragicamente desfuncionais e carnavalescas versões de qualquer fantasia nacionalista ideal. O exemplo brasileiro enquadra-se, naturalmente, neste ultimo caso...
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário