As chuvas que devastam São Paulo, sem trégua até mesmo no aniversário da cidade, nos fazem lembrar que há um pouco de Haiti aqui... Que a devastação, não faz muito tempo, de Santa Catarina e, na virada do ano, no interior e periferia do Rio de Janeiro, nos escancaram a miséria de uma sociedade arcaica, atrasada e periférica que ainda não superou suas mais profundas patologias, desigualdades e riscos, apesar do neo nacionalismo ufanista de Copa do mundo e Olimpíada decantado aos quatro ventos pelo poder central. A América Portuguesa foi e sempre será periferia da sociedade ocidental... não importa o quanto o governo tente fazer do Haiti sua versão de Iraque mais que perfeito...
Segundo Benedict Anderson em seu clássico estudo “Nação e Consciência Nacional, um estado nação é uma comunidade política imaginária, uma dessas estranhas construções culturais da modernidade. Particularmente, diria ainda que algumas imaginações nacionais mostram-se mais funcionais enquanto outras, por uma serie de variáveis, são tragicamente desfuncionais e carnavalescas versões de qualquer fantasia nacionalista ideal. O exemplo brasileiro enquadra-se, naturalmente, neste ultimo caso...
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