sábado, 6 de setembro de 2014

SOBRE O MITO DO 7 DE SETEMBRO


A ditadura militar consagrou vários feriados nacionais em puro exercício litúrgico de secular religiosidade de Estado. Eram tempos de moral e cívica para domesticar a grande maioria da população que se quer percebia que existia em uma ditadura.
Hoje em dia feriados são comemorados, não pelo seus ridículos significados, mas pela oportunidade de não trabalhar em dia útil.
Falando  neste contexto do sete de setembro e do mito da independência, é justo observar que a emancipação política da América portuguesa foi um episódio singular no contexto sul americano.
Emancipando-se, mas mantendo o vinculo com a metrópole, o que hoje conhecemos como Brasil, tornou-se o único império das Américas e, durante as guerras napoliônicas, tornou-se a capital do império português.
Em poucas palavras, emancipação política e fundação da república foram eventos desencontrados por aqui.
Se a imagem da independência é um mito das Américas, no caso da America portuguesa, ele se revela uma ideia fora do lugar na invenção forçada do sete de setembro.

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