A ditadura militar consagrou vários
feriados nacionais em puro exercício litúrgico de secular religiosidade de
Estado. Eram tempos de moral e cívica para domesticar a grande maioria da
população que se quer percebia que existia em uma ditadura.
Hoje em dia feriados são comemorados, não
pelo seus ridículos significados, mas pela oportunidade de não trabalhar em dia
útil.
Falando neste contexto do sete de setembro e do mito da
independência, é justo observar que a emancipação política da América portuguesa
foi um episódio singular no contexto sul americano.
Emancipando-se, mas mantendo o vinculo
com a metrópole, o que hoje conhecemos como Brasil, tornou-se o único império das
Américas e, durante as guerras napoliônicas, tornou-se a capital do império português.
Em poucas palavras, emancipação política e
fundação da república foram eventos desencontrados por aqui.
Se a imagem da independência é um mito
das Américas, no caso da America portuguesa, ele se revela uma ideia fora do
lugar na invenção forçada do sete de setembro.
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