sexta-feira, 29 de abril de 2016

SOBRE OS GOVERNOS BRASILEIROS

Todos os governos tupiniquins são  igualmente desfuncionais . Não  conseguem dar conta da crítica agenda nacional, de fazer se quer com que a administração  pública funcione a contento, mesmo dentro de uma lógica conservadora.

Os governos mandam muito para resolver nada atrelados a um legislativo medíocre e a uma aristocracia judiciária altista. Além  disso, todos os partidos são  iguais e não  passam de máquinas de ganhar dinheiro e conquista de influência e benefícios pessoais.


Chega a ser ridículo,  diante de tal circunstância, acreditar que o voto ou , simplesmente, o jogo do poder pode de alguma forma influenciar positivamente nossas vidas.


E não  me falem em ideologias, princípios  ou qualquer outra coisa parecida. A politica profissional nunca foi um ofício de idealistas, mas um exercício de hipocrisias.

FAZ DE CONTA

Pão com manteiga,
Feijão com arroz...
O pouco do pouco
É melhor do que nada.
Pensando assim,
Muitos vão levando a vida.

O país anda uma merda,
Já quase não respiro,
Mas façamos de conta
Que o sol é de todos.

Abra uma cerveja
E faça de conta

Que a sociedade é decente.

quinta-feira, 28 de abril de 2016

FUTURO PERDIDO

Vamos ser francos.
O futuro não  está  na ordem do dia.
Somos cada vez mais escravos
Do passado e do arcaísmo
De nossa miopia coletiva.
Somos um "Já se foi" que se transforma
No sempre igual de um eterno atraso.
Somos confirmados escravos
De um absurdo nacional.
A atual República  Não  passa
Do pesadelo de uma autêntica  democracia.
É  hora de dizer com todas as letras
Que o Brasil morreu prematuro e inútil.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

DE MAU A PIOR

As crianças não gostavam da escola,
O governo nos era indiferente
E os hospitais matavam seus pacientes.
Tínhamos da realidade
Muito menos do que o necessário.
Mas muitos ainda se comportavam
Como inocentes,
Eram confiantes nas ilusões midiáticas
E nos discursos da ordem estabelecida.
Tudo, entretanto,
Ia de mau a pior.


domingo, 24 de abril de 2016

A MISÉRIA DA BIPOLARIDADE NACIONAL

Faz  algum tempo que os tupiniquins andam divididos em dois campos ideológicos  aparentemente destintos: o da burrice situacionista e o da idiotice oposicionista.
Não  sei dizer qual dos dois exibe a mais grave miopia frente a realidade. Só  sei que um alimenta o outro enquanto a crise política se desenrola sobre suas cabeças e a revelia de suas opiniões toscas.
Pode-se fizer que ambos não  entendem o elitismo e autoritarismo que define desde sempre o jogo político nacional em seus bastidores e perversões.
No Brasil nenhum político é  herói. Muito menos em tempos de democracia...

sexta-feira, 22 de abril de 2016

MEDIOCRIDADE POLITICA

Nunca antes na trágica  história   deste país  a política se revelou uma instância  tão  medíocre do acontecer social. Também  os políticos,  estes representantes de tudo, menos do povo, se mostraram tão  desqualificados, corruptos, cretinos, oportunistas e filhos da puta.
Nunca foi tão  difícil acreditar que coletivamente podemos esperar qualquer coisa do futuro....

NÃO  VAI TER VOTO!!!!!

terça-feira, 19 de abril de 2016

ALÉM DE TODA FANTASIA IDEOLÓGICA

Tenho pena dos que vivem de ideologias vazias  e certezas coletivas ignorando o niilismo como estratégia de sobrevivência. As  verdades sociais são mudas, surdas e estéreis ,  não mudam a vida de ninguém e  nem realizam falsas utopias. Apenas alimentam as imaginações fracas, artificiais vontades de mundo melhor que nunca chegam.


Não importa se rotuladas de direita ou de esquerda. O mundo não é formatado por qualquer ponto de vista sistêmico/ideológico. A realidade é apenas, banal, trágica, medíocre e não nos leva a  nenhuma outra parte que não seja o silêncio de um cemitério. 

JOGO POLÍTICO

A política não passa de um jogo
Onde os discursos
Valem mais do que a realidade,
Onde a verdade não cabe nos fatos
E pode ser inventada ou comprada
Apesar de toda a vaidade ideológica.
Que o tempo transcenda
Os ocasos políticos
E desvele o vazio
De nossas representações coletivas
Contra todas as certezas deste jogo
Onde toda certeza é circunstancial

E volúvel.

sexta-feira, 15 de abril de 2016

MEDIOCRIDADE NACIONAL E CRISE POLÍTICA

O que há de mais ridículo no atual cenário de crise tupiniquim é a mediocridade das opiniões dominantes. Sejam  daquelas exibidas pelos  defensores do governo ou pelos  seus opositores. Predominam as soluções fáceis inspiradas por mitificações e simplificações ideológicas. Independente dos desdobramentos da atual crise é mais do que evidente o quanto alguns grupos minoritários de opinião ainda vivem em um mundo de faz de conta demarcado por posicionamentos ideológicos caducos inspirados em um requentado imaginário de guerra fria. A realidade objetiva é algo que escapa ao imaginário nacional. Razão pela qual pouco se pode esperar do futuro considerando a mediocridade das autoridades que se criam por aqui.


APOSENTADORIA

Pouco me importa o silêncio da geladeira,
Os gritos do telefone
Ou as contas pendentes sobre a mesa.
Não tenho dinheiro suficiente
Para me preocupar com isso.
Tenho a liberdade do bar da esquina
E horas inteiras de ócio
A minha disposição.
Onde impera a necessidade
Vive-se de inercias

Contra a realidade.

terça-feira, 12 de abril de 2016

O BRASIL E O NADA

No Brasil todo absurdo é possível,
Toda verdade é promíscua
E todo sentimento é volúvel.
Aos desbravadores da psicologia nacional
Recomendo cautela.
Por aqui não valem as regras
Da modernidade ocidental,
Nada vale nada
E o próprio nada é um valor de troca.


O JOGO DO PODER

O  poder tem por fundamento o próprio poder e não qualquer ideal de sociedade ou afirmação de princípios universais. A maioria das pessoas públicas não acredita em tudo que dizem. Apenas desempenham seu papel no tabuleiro de xadrez das coisas institucionais. Apenas as massas agem com base em convicções irracionais e adesão afetiva a ideias e bandeiras.  As decisões politicas são privilégios de pequenas elites que levam em consideração sua própria sobrevivência e a sobrevivência das configurações do jogo de poder que as torna possíveis.

sexta-feira, 8 de abril de 2016

DESESPERANÇA

A vida avançava  entre o incerto e o inevitável
Tudo ia de mal a pior
Mas todos seguiam mansos  em seu dia a dia
Movidos pela inercia e pela desesperança.
Nenhuma insatisfação  transcendia
A palavra,
Nenhuma mudança parecia iminente.
Estavam todos acostumados
Aquela rotina magra,

A viver sem expectativas. 

DEFININDO O BRASILEIRO MÉDIO

O brasileiro médio não é muito inteligente e vive  em função do próprio umbigo. Inspirado pelos seus interesses privados é capaz de fazer de quase tudo para sobreviver.

Podemos toma-lo por  amoral e cínico quando o assunto é o bem comum, já que não se preocupa muito com as grandes questões coletivas. Independente disso, ele é um  especialista em reclamar das coisas, do preço do tomate e a corrupção politica.


Passa a maior parte do tempo falando sobre si mesmo, enaltecendo suas virtudes e denunciando os defeitos dos outros. Não é definitivamente o melhor amigo de ninguém. Melhor não contar muito com ele.

terça-feira, 5 de abril de 2016

A DERIVA

É claro que a vida estava perdida
naquele cotidiano vazio
de muito trabalho
e pouco dinheiro.
Os jornais diziam o pior dos mundos
e  vivíamos  do mínimo dos dias
sonhando futuros impossíveis.
Assim seguia nossa existência
em meio a deriva dos  fatos nacionais.
.


ALÉM DA CRISE...

Hoje em dia os políticos não gozam se quer de uma oratória convincente. São incapazes de nos persuadir com suas mentiras. Pois o cinismo tornou-se tão evidente que estamos pré- dispostos a sempre  duvidar de seus posicionamentos e declarações. É o que acontece em tempos de crise que apenas revelam a continua precariedade da ordem estabelecida.

Não importa o desfecho das coisas, estamos condenados a mediocridade nacional.


segunda-feira, 4 de abril de 2016

UM DESASTRE CHAMADO BRASIL

Vivemos em um estado de permanente desmoronamento nacional.
O Brasil é isso:
Este dar-se errado que não acaba,
que sempre se renova
na perpetuação da agonia social.
Poupem neurônios  tentando compreender
o tragicômico tropical cenário
de nosso fracasso cotidiano.
Nenhuma razão da conta do real,
nenhuma causa explica o efeito tosco

de nossa asquerosa realidade.