segunda-feira, 31 de julho de 2017

MICHEL TEMER E BANDITISMO PARLAMENTAR

Michel Temer passará a história como um dos mais caricatos presidentes de toda a medíocre história republicana nacional. Misto de cinismo, prepotência, arrogância e velhacaria, Temer, em cada pronunciamento público, mais nos convence da mediocridade da classe politica da qual ele é um ilustre representante.

Através do pragmatismo mafioso do toma lá da cá, este biltre parlamentar articula sua permanência na cadeira do executivo, sem o mínimo constrangimento ético. Afinal, a moral politica é criminosa, pois o jogo do poder não tem regras e os fins perseguidos são tão asquerosos quanto os meios utilizados.




CONFORMISMO

Conformados ao caos,
Pacificamente indignados,
Esperamos mudanças
Caírem do céu.

O cotidiano cai aos pedaços,
Mas a vida continua,
Apesar de tudo.

Estamos caindo no abismo.
Mas continuaremos sorrindo.
Amanhã será outro dia...





sexta-feira, 28 de julho de 2017

OS DIAS DO TEMEROSO TEMER

Em temerosos dias de governo Temer, o mais impopular ocupante do acento executivo nos últimos 30 anos, pode parecer em um primeiro momento difícil entender a conjuntural apatia da população. As ruas estão vazias, apesar de toda putaria em curso em Brasília para manutenção deste rato engomado no posto.

A desmobilização pode ser vista, em primeiro lugar, como uma ressaca pós impeachment de Dona Dilma de Aguentar. Mas também como um claro desgaste da narrativa oposicionista revanchista do “golpe” e da retórica vazia anti petista que lhe contrapunha. Ambas sempre foram os dois lados da mesma moeda furada do populismo. Mas, diferente de como se deu no momento pós eleitoral  de 2014, atualmente, para boa parte da população, a pinimba pseudo ideológica entre  esquerda e  direita, já não funciona. Duvida-se mesmo da própria politica para a solução de impasses políticos dada a mediocridade dos atores envolvidos.

O fato é que Temer, como bom vice da chapa quente que ganhou as eleições de 2014, ao substituir sua parceira, passou a representar a sobrevivência da própria chapa, desde o inicio questionada por abuso de poder econômico.

O Temeroso Temer levou as últimas consequências às questões impopulares que já se colocavam para sua antecessora, como a reforma da previdência e do ensino médio. Não modificou a equipe econômica e, no fundo, apenas costurou um grande conchavão surubático com o parlamento para administrar a falência do Estado tupiniquim que, depois do oba-oba do circo da copa do mundo e das olimpíadas, tornou-se um tema incontornável.

Não contava com as investigações da operação Lava Jato para desandar de vez o o caldo de seu surubático governo enrugado. Agora vive de bunda na parede tentando evitar a qualquer custo ( e da pior maneira possível ) o inevitável. 

Assim caminha o lado B da chapa quente vencedora das patéticas eleições de 2014.




sexta-feira, 21 de julho de 2017

O FUTURO DEPENDE DA JUVENTUDE

Toda ordem politica ou Estado é conservador, nunca terá outro fim além do  de conservar uma dada estrutura  jurídico, administrativo , social e econômico que, diga-se de passem, ele foi criado justamente para manter. Por isso o futuro não nasce dos políticos, empresários e nem mesmo dos pais de família. Em toda parte é o movimento de juventude, por  seu natural impulso a rebeldia, quem busca e inventa possibilidades novas.

Por isso, mesmo quando a informação cria o mundo e formata opiniões, ainda é a critica das coisas vividas que semeia transformações no cotidiano.  O dia a dia é para os jovens um tubo de ensaio de ações e ideias que lhe afastam sempre do passado e o impulsionam ao futuro. As ruas falam e tudo que se precisa é ter o trabalho de escutar.


segunda-feira, 17 de julho de 2017

RUMO AO ABISMO

Segundo o DIEESE o salario mínimo deveria ser de 3.727,19 reais em junho de 2017 ( fonte: http://www.dieese.org.br/analisecestabasica/salarioMinimo.html ). Em outras palavras, vivemos em um país de pobres e miseráveis, considerando que a grande maioria da população ganha muito menos que isso.

Não que o puro e simples aumento do valor do mínimo venha a resolver qualquer coisa. Nunca resolveu. Apenas desvalorizou cada vez mais o próprio mínimo. Mas verdade seja dita: o mínimo não é suficiente, mas o que dará conta de todas as insuficiências deste país?

Seria utópico imaginar um Brasil onde a qualidade de vida e existência, aquela famosa dignidade humana, fosse uma realidade.  Jamais seremos uma Suíça. 

O futuro do Brasil sempre foi o abismo. Resta saber o quão  próximo dele estamos neste exato momento.


CHAPA QUENTE DILMA TEMER: UM ESCÂNDALO NACIONAL

Nem mesmo em seus piores dias pré impeacheament , a ex presidente Dilma de Aguentar ( vulgo Dona Tonta)  demonstrou tamanho fisiologismo e cinismo do que o governo Temerário de Temer, seu vice na chapa mais quente de todas as eleições diretas da história deste país de merda. Nunca antes se viu por aqui espetáculo político tão dantesco do que a queda em dois momentos desta desastrosa aliança eleitoreira  que  resultou em desastre. Se a democracia não é capaz de se defender deste tipo de gente, ela não é paradoxalmente democrática. Afinal, que tipo de democracia é essa que suporta figuras como Dilma e Temer até o limite?! A presidência da república se tornou uma instituição mais falida do que o casamento civil.

Vivemos em uma conjuntura politica institucional absurda onde todo o bom senso democrático foi extrapolado pelos últimos dois ocupantes do acento de chefe de estado. Mas não temos uma democracia suficientemente institucionalizada para se defender. Pelo contrário, seus representantes sagrados pelo sufrágio são os mais diretamente coniventes com sua avacalhação.

Por isso, mesmo que inutilmente, rasgo aqui esta frase contra tamanha  indecência:

POLÍTICOS BRASILEIROS, VÃO TOMAR NO OLHO DO CU. ENFIEM O MASTRO DA BANDEIRA NACIONAL   BEM FUNDO NOS VOSSOS EXCELENTÍSSIMOS CUS!



segunda-feira, 10 de julho de 2017

A RUA COMO ESPAÇO POLITICO

Em tempos em que a racionalidade dos governos se revela escandalosamente duvidosa, os protestos transformam as ruas em espaço politico  de ação direta.  É ocupando as ruas que vários coletivos buscam interditar a ordem e  questiona a legitimidade e a representação dos governantes para decidirem a vida de todos. Afinal, é cada vez mais claro que no mundo do poder formal pouco importa o interesse de todos. O que impera  é o jogo patrimonialista e corporativo daqueles que vivem da reprodução de relações de poder e distinção social, quase como uma nova aristocracia.


O domínio das ruas é assim  a construção de um espaço publico informal e provisório, uma afronta a institucionalidade como espaço  privado de minorias privilegiadas. Este paradoxo tem caracterizado a cultura democrática contemporânea. O que é um perigoso contrassenso, pois tem tornado a democracia pouco democrática. 

A DESPOLITIZAÇÃO DA POLÍTICA

Ser politico no Brasil não é mais uma questão de representação politica, qualquer coisa compatível com o exercício da cidadania. Tornou-se um privilegio, uma “profissão” destinada ao atendimento de interesses de oligarquias de poder que dominam as instituições democráticas. E o fazem em função de seus interesses corporativos e privados, articulados com setores do empresariado. Nunca é demais repetir esta formula elementar do jogo do poder.

Afinal, é escandaloso o quanto os políticos não nos representam. Esta irrepresentatividade é o que corrói o jogo democrático e opõe cada vez mais Estado e Sociedade Civil.


De modo cínico e cretino, os políticos miniminizam ou negam o fato (problema), o que os tornam mais asquerosos a opinião pública. Ressalta-se , ainda, que o aspecto ideológico é irrelevante. Sejam de esquerda e direita, todos amam as benesses do poder e fazem de tudo para mantê-las, mesmo contrariando o mais autêntico interesse público.

quinta-feira, 6 de julho de 2017

PODER E INFANTILISMO POLÍTICO

Nossa grande utopia nacional é a domesticação do Estado pela Sociedade. Sem a realização de tal objetivo permaneceremos coletivamente reféns de um projeto de república  falido e elitista, escravos de maquinas politico partidárias onde imperam os desmandos dos caciques do poder e seus interesses privados financeiros.

A soberania popular é um ideal vazio constitucional que a cada nova eleição, seja para o executivo ou para o legislativo, é cada vez mais esvaziado e violado em seu próprio nome. Ainda estamos no jardim de infância das comunidades politicas ocidentais. Pode ser mesmo que nunca alcancemos a maturidade.


Onde os dirigidos são sempre vitimas dos governados a democracia não passa de uma macara para escravidão pseudo representativa.

Em poucas e cruas palavras, nenhum político me representa ontem, hoje, amanhã e sempre.

INCERTEZA MORAL


Os erros acontecem enquanto estamos tentando fazer a coisa certa.  Pois o certo está dentro do errado como o errado está dentro do certo.  Mas sempre  existe um jeito ético de superar o particular do imperativo moral. Assim, as vezes afirmamos um erro como certo, embriagados por demasiada confiança em nosso juízo, nos levamos demasiadamente a sério.


quarta-feira, 5 de julho de 2017

O GRANDE NEGÓCIO DA CORRUPÇÃO

Qual o tamanho dos esquemas de propina e corrupção e, mais importante, o montante financeiro envolvido e que faz  viçosa e robusta esta verdadeira economia paralela e obscura que une, de modo tão eficiente, parcerias públicas e privadas para estabelecer os rumos nacionais? Creio que isso nem o mais operoso e diligente esforço investigativo será capaz de algum dia esclarecer. Afinal, a envergadura deste grande negocio deixa na lona os mais vitoriosos empreendimentos empresariais.

Consequentemente, nunca seremos capazes de saber o quanto custa a corrupção, muito menos, (fora no caso de uma insurreição popular nos moldes da revolução francesa, e para tanto, necessitaríamos, obviamente, de uma população mais honesta,) a lista de todos os envolvidos, entre corruptores e corrompidos.

Mas como a corrupção, mesmo que abrandada por um maior rigor da lei e da fiscalização dos gastos públicos, será um negocio que nunca sairá de moda, pode ser que algum dia nos surpreendam algumas respostas aproximadas. Afinal, nunca todos os casos são objeto de investigações e do conhecimento publico, por talento de seus operadores.


segunda-feira, 3 de julho de 2017

SOBRE O BRASIL

O Brasil é um país estranho.
Todos os interesses públicos
São expressões privadas
De relações de poder e mando.
Não há garantias a vida,
Nenhuma segurança
Ou grandes oportunidades
Para que nasceu marcado
E fora do mercado.
Não existe mesmo certeza
De que amanhã seremos felizes
Pelo simples fato de viver
Apesar dos absurdos nacionais
E abismos cotidianos.