Em temerosos dias de governo
Temer, o mais impopular ocupante do acento executivo nos últimos 30 anos, pode
parecer em um primeiro momento difícil entender a conjuntural apatia da população.
As ruas estão vazias, apesar de toda putaria em curso em Brasília para manutenção
deste rato engomado no posto.
A desmobilização pode ser vista,
em primeiro lugar, como uma ressaca pós impeachment de Dona Dilma de Aguentar. Mas
também como um claro desgaste da narrativa oposicionista revanchista do “golpe”
e da retórica vazia anti petista que lhe contrapunha. Ambas sempre foram os
dois lados da mesma moeda furada do populismo. Mas, diferente de como se deu no
momento pós eleitoral de 2014, atualmente,
para boa parte da população, a pinimba pseudo ideológica entre esquerda e direita, já não funciona. Duvida-se mesmo da própria
politica para a solução de impasses políticos dada a mediocridade dos atores
envolvidos.
O fato é que Temer, como bom vice
da chapa quente que ganhou as eleições de 2014, ao substituir sua parceira, passou
a representar a sobrevivência da própria chapa, desde o inicio questionada por
abuso de poder econômico.
O Temeroso Temer levou as últimas
consequências às questões impopulares que já se colocavam para sua antecessora,
como a reforma da previdência e do ensino médio. Não modificou a equipe econômica
e, no fundo, apenas costurou um grande conchavão surubático com o parlamento
para administrar a falência do Estado tupiniquim que, depois do oba-oba do
circo da copa do mundo e das olimpíadas, tornou-se um tema incontornável.
Não contava com as investigações
da operação Lava Jato para desandar de vez o o caldo de seu surubático governo
enrugado. Agora vive de bunda na parede tentando evitar a qualquer custo ( e da
pior maneira possível ) o inevitável.
Assim caminha o lado B da chapa quente
vencedora das patéticas eleições de 2014.