Todo aparato jurídico é amigo da
ordem. Não é sensível ao que é justo, mas partidário do poder. Não existe
judiciário independente e, em certo sentido ético, honesto. Pelo contrário, o
que ressai são seus privilégios e pompas. Mas seria ingênuo julga-lo sem
condenar toda sociedade. O poder é podre de uma podridão onipresente. Todos
compartilham e inventam o circo do qual somos todos vitimas. A ordem sempre
prevalece sobre a justiça.
Segundo Benedict Anderson em seu clássico estudo “Nação e Consciência Nacional, um estado nação é uma comunidade política imaginária, uma dessas estranhas construções culturais da modernidade. Particularmente, diria ainda que algumas imaginações nacionais mostram-se mais funcionais enquanto outras, por uma serie de variáveis, são tragicamente desfuncionais e carnavalescas versões de qualquer fantasia nacionalista ideal. O exemplo brasileiro enquadra-se, naturalmente, neste ultimo caso...
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