quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

EM TEMPOS DE TAGARELICE E OPINIÕES DESINFORMADAS PELA INFORMAÇÃO

Nos dias de hoje, opiniões e informações geram um estado raso de posicionamentos estéreis que não conduzem ao exercício de cidadania ativa.

Nos últimos tempos de república virtual , voltamos a ser espectadores da vida pública como nos tempos da ditadura. Mesmo falando demais sobre tudo.

Apenas aderimos a tagarelice desinformada da era da informação, onde todo mundo tem solução para todos os problemas, mas ninguém faz absolutamente nada contra os horrores e absurdos do simples cotidiano.

SOBRE NOSSA MEDÍOCRE SOCIEDADE DE ESPETÁCULOS

Somos feitos de limites,
Incompetências e silêncios.
Vivemos do espetáculo da comunicação
Contra as vertigens do pensamento.
O controle midiático nos inventa como sujeitos.
Somos a plateia que acredita que faz o espetáculo.

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

NA ERA DAS OPINIÕES

Ter uma opinião, em tempos de redes sociais, é muitas vezes banalizar temas e questões coletivas. É replicar posições pré definidas, tomando o partido disso ou daquilo, abordando e se posicionando sobre tudo e sobre nada, de forma superficial e acrítica. 

Ironicamente, ter uma opinião não define ninguém. É apenas frequentar a plateia do grande circo dos engajamentos virtuais onde mil opiniões não definem uma só atitude.

A PRISÃO COMO METÁFORA


PROVINCIANISMO


Vivo em uma cidade pequena, provinciana e banal, a margem do país e do mundo. Nada de importante acontece por aqui. Impera o tédio que nos diz o inútil da existência. Mas todos se consideram o centro do mundo, todos tem opinião sobre tudo. A existência é simples e clara como a água.



segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

O ARCAÍSMO DO ESTADO NAÇÃO

Os Estados Nação estão se tornando cada vez mais um fluxo de acontecimentos midiáticos sem substância. A experiência da nação acontece através da internet e da televisão, do futebolístico, ou do jogo de modo geral. 

Pertencer a uma determinada língua já não define mais uma nação em tempos de globalização. Uma nação é um conjunto de problemas, de dificuldades, que dificulta a vida de uma população, que dá sentido a uma máquina estatal cada vez mais arcaica em suas dinâmicas de controle e sustento de uma casta política e de uma burocracia.

O ESTIGMA DO SUBDESENVOLVIMENTO

Tudo que podemos dizer sobre o Brasil é produto de um subdesenvolvimento, seja social, cultural ou, simplesmente, intelectual. O subdesenvolvimento está entranhado em nosso modo de vida e em nossas estratégias de ser. Não há como escapar. Somos periféricos e vivemos como periferia, apesar de toda globalização dos hábitos ocidentais. Hoje não me parece possível que isso possa mudar algum dia. Estamos presos ao nosso passado e somos prisioneiros de nosso presente. Reproduzimos involuntariamente nossa miséria nacional e nossa arrogância subdesenvolvida.

domingo, 25 de fevereiro de 2018

PODER E ANONIMATO

A lógica do poder é a desqualificação ou interiorização de cada um de nós no anonimato da massificação. O silêncio barulhento de cada um na multidão sustenta grandezas impessoais como o Estado, a Escola, o Hospital e demais instituições de controle da vida. O Brasil é nossa prisão, nosso silêncio coletivo.

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

NÃO VOTE: LUTE!


As causas da corrupção estão no modelo de Estado e no atual sistema politico oligárquico que estabelece o privilégio de minorias empoderadas. Uma democracia sem povo e elitista definem os males da república.

Nenhuma eleição irá mudar isso. Apenas uma sociedade ativa pode reinventar a esfera publica, estabelecer a vida como objeto do agir politico.


segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

INTERVENÇÃO FEDERAL /MILITAR NO RIO DE JANEIRO: UMA PIADA PRONTA


A surpreendente intervenção federal/militar na área de segurança pública do Estado do Rio de Janeiro, a primeira desde a constituição de 1988, é o tipo de medida midiática  e estéril que  serve apenas para preencher os noticiários.

Diante da falência do Estado do Rio (acéfalo com o governador que tem) não é surpreendente que a incompetência do poder publico tenha criado o ambiente para tal iniciativa demagógica e populista patrocinada pelo governo federal.

Reconheço que é redundante criticar a medida, mas deve-se atentar para o modo irresponsável e amador que nossos governantes decidem suas ações e atitudes.  O calculo politico corporativo está sempre acima do interesse público.

Além disso, tal como os políticos, os militares são uma casta de taacanhos e medíocres . Não estão se quer preparados para situações de guerra, como já provaram no Haiti, quanto mais para cuidar da segurança pública em uma  cidade tão complexa como o Rio de Janeiro.

Não há nada de bom a esperar de mais um passeio do exercito pelas ruas, como já vimos acontecer em outras ocasiões como na eco 92 e na copa do mundo de 2014. O assunto já não merece muita tinta de caneta.


quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

CARNAVAL E CRÍTICA SOCIAL

Já faz algumas décadas que o carnaval no Rio de Janeiro se converteu em industria e espetáculo midiático, deixando de ser uma autêntica festa popular para se transformar em um evento de massa. Nem vamos falar sobre  a histórica relação entre escolas de samba e o mundo da contravenção. Mas  independente disso, os desfiles na Sapucai , em diversos momentos, são objeto de polemica e momento de saudável  critica social.

Este ano, em meio a crise e divisões politicas, os desfiles do Rio de Janeiro, foram um momento de catarse, de critica radical a conjuntura nacional. Pode-se defini-lo como o desfile mais politizado dos últimos tempos. Mesmo que o carnaval não mude o mundo e, nem mesmo, os rumos das eleições deste ano, a recepção do publico e repercusão midiatica, demonstram o quanto a insatisfação e indignação encontram eco em uma sociedade cada vez mais descrente. Se o carnaval nos serve para lembrar o obvio em um momento de festa, isso é ótimo.

O grande problema é que, enquanto os blocos de carnaval estão sempre lotados,  falta mobilização para protestos e ações da sociedade civil contra os males de nossa carcomida república. Ironicamente, a critica do carnaval apenas esconde nossa passividade coletiva.

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

ANTI SOCIAL

Tenho medo dos outros.
Das autoridades e da população.
Tenho medo de tudo que transcende
O território do eu.

Lá fora há sempre um pouco de caos.
Quero viver em segredo,
Clandestinamente,
A margem da ordem pública.
Minha existência é uma obra de solidão.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

O CARNAVAL E O PODER

A vida politica no Brasil é uma grande folia. Os políticos são como  um bloco carnavalesco que brinca com o poder as custas do dinheiro público, promovendo uma grande orgia nacional. Sim...para os nossos políticos é carnaval o ano todo na inversão de todos os valores. Ingênuos são aqueles que acreditam que o ano começa depois do carnaval...

PEQUENOS HORRORES


Pequenos horrores atravessam o cotidiano.
Quase se quer são notados.
Mas existem nesta banalidade que nos consome.
Pequenos horrores que nos são íntimos....
Que não questionamos,
Pois tornamos o absurdo algo banal




quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

A MÁQUINA DO ESTADO

Os gastos públicos parecem não ter limites. Mas oferecem a cada um de nós, como cidadãos, poucos resultados.

A natureza governamental nos escapa, nos ignora e nos tutela, sem oferecer em troca muitos benefícios.

O Estado é uma máquina que não funciona para a sociedade, mas para sua simples reprodução.

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

QUANDO A CIVILIDADE SE PERDEU PELO CAMINHO

Atualmente o Brasil apavora até os mais otimistas. Seja do ponto de vista político, econômico, social ou cultural espera-se sempre o pior.

O Brasil é um lugar de rasa civilidade onde o bom senso não inspira comportamentos e opiniões. O irrazoável é a medida do dia a dia. É simplesmente impossível não esperar sempre o pior...