A falência do projeto nacional desenvolvimentista, que, no século XX, definiu o horizonte político tupiniquim, permitiu a ascensão de uma agenda neoliberal e de um tosco utilitarismo econômico que passou a definir a agenda politica dos últimos governos.
Originou-se desta agenda uma nova retórica governamental, baseada em números, lucro e progresso corporativo, onde, o indivíduo comum, está condenado a impotência e a precariedade. O sol já não nasce para todos na sociedade de consumidores. Ele é privilégio de um seleto grupo de vencedores.
Neste contexto, a precariedade das relações de trabalho aponta para formação de uma elite de profissionais ultra qualificados e bem pagos contraposto a uma maioria de dispensáveis fracassados.
O neo liberalismo não busca igualdade, nem o bem comum, mas a normalização da miséria em um mundo de empreendedores. Em sua racionalidade estreita e utilitária, cada um se torna responsável pela sua falta de oportunidade, pela sua falta de capital social, e condenado a ser um endividado com a sociedade do bom mercado.
A vida comum não significa nada em termos neo liberais.
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