É um fato elementar que a intuição da catástrofe tornou-se um traço fundamental da cultura contemporânea. Nosso imaginário social é hoje assombrado pelo espectro da iminência de um desastre ambiental, econômico, politico, ou, simplesmente, na confluência de todas estas facetas, pela ameaça de um colapso civilizacional.
Em
todos os campos das atividades humanas nos confrontamos com um sentimento de
impasse e de crise que constitui o pano de fundo permanente da circulação de
notícias e informações. Lidamos com isso desde a segunda metade do século XX,
quando, definitivamente, o impactante
trauma de duas grandes guerras, dissolveu qualquer otimismo pós iluminista no
progresso da humanidade e da tecnologia. Desde então nos tornamos conscientes
de que a vida esta sempre em risco, sugeita a um equilíbrio frágil de forças
humanas e naturais.
Sabemos
que nossas instituições politicas e tecnológicas não garantem um futuro melhor
para humanidade. Talvez, até mesmo o impeçam. A relatividade e reversibilidade
de todos os avanços materiais conquistados pelas ultimas gerações parece ser não
apenas um risco, mas uma tendência.
Diante disso, o que mais surpreende é nossa capacidade para naturalizar o medo e o pessimismo. Somos
capazes de conviver com as piores notícias, pois, no fundo, fingimos que a catástrofe
que se desenha no horizonte é reversível ou, quem sabe, até mesmo exagerada.
Se o fim do mundo esta na ordem do dia, ele não será hoje.Tal raciocineo tosco, justifica o conformismo e a indiferença de muitos. e nos torna cúmplices da catástrofe que, mesmo quando nos parece iminente, permanece suspensa em nossa imaginação.
Somos incapazes de gerir os impasses de nossa época e sucumbimos a inercia de um capitalismo decadente. No fundo, sabemos que nosso grande problema é justamente aquilo que nos tornamos.
Se o fim do mundo esta na ordem do dia, ele não será hoje.Tal raciocineo tosco, justifica o conformismo e a indiferença de muitos. e nos torna cúmplices da catástrofe que, mesmo quando nos parece iminente, permanece suspensa em nossa imaginação.
Somos incapazes de gerir os impasses de nossa época e sucumbimos a inercia de um capitalismo decadente. No fundo, sabemos que nosso grande problema é justamente aquilo que nos tornamos.
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