Segundo Benedict Anderson em seu clássico estudo “Nação e Consciência Nacional, um estado nação é uma comunidade política imaginária, uma dessas estranhas construções culturais da modernidade. Particularmente, diria ainda que algumas imaginações nacionais mostram-se mais funcionais enquanto outras, por uma serie de variáveis, são tragicamente desfuncionais e carnavalescas versões de qualquer fantasia nacionalista ideal. O exemplo brasileiro enquadra-se, naturalmente, neste ultimo caso...
sábado, 29 de agosto de 2020
NOTA SOBRE A CRISE POLITICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
A crise política e institucional do governo do Estado do Rio de Janeiro, cujas origens remontam a redemocratização, ao lado sombrio do populismo brizolista, não terá solução de médio prazo. Pode-se mesmo dizer que a política no estado do Rio é expressão dramática e radical da própria crise estrutural de nossa República oligárquica.
quarta-feira, 26 de agosto de 2020
PSICOLOGIA NACIONAL
À recusa da alteridade, a patologia do comum, é o que nos define como sociedade. Privatizamos a vida pública , reduzimos a experiência coletiva a babel das opiniões, do raciocínio raso e passional. Quase não existimos como coletividade. À vida social é para nós uma extensão de nosso mundinho privado, de nosso provinciano mundo cotidianamente possível, de injustiças desigualdades naturalizadas. Eis o que define a psicologia nacional.
terça-feira, 18 de agosto de 2020
A MISÉRIA ELEITORAL
Política e Estado no Brasil é sinônimo de corrupção, opulência e poder econômico.
A cada eleição reafirmamos e legitimamos o domínio oligárquico e a demagogia republicana. Somos pacíficos prisioneiros de uma minoria de algozes que vivem do comércio dos votos. A medida de seu domínio é nosso conformismo ao absurdo da ordem das coisas.
A MISERIA DO DESENVOLVIMENTISMO
Desde do Estado Novo, o desenvolvimento e nacionalismo tupiniquim, seja em sua versão conservadora ou dita progressista, sempre subordinou a questão social ao progresso econômico e industrialista. O contrato ideal nacional sempre esteve acima das pessoas, reduzidas a abstração do povo.
Por aqui a miséria de muitos sempre foi a norma e narrativa que sustenta a opulência e o mando de poucos.
FAZER POLITICA HOJE
Diferente do proposto por nossa "arcaica modernidade" política, de inspiração pós iluminista e republicana, fazer política não é uma prática institucional formatada pela prisão jurídica de uma cidadania abstrata. E5, ao contrário, o aro cotidiano de produzir a si mesmo entre eco meio dos outros.
Fazer política é compor corpos, reinventar o corpo, criar novos modos de dizer , sentir e saber a vida na novidade de novos espaços e experiências da vida comum.
Fazer política é uma ação ética, no mais concreto ato de viver.
domingo, 16 de agosto de 2020
O NAO FUTURO DO BRASIL
O Brasil do futuro não será definido pelas crianças de hoje moldadas pela pseudo ilustração dos bancos de escola,
Será feito pelas infanciasfrustradas, marginalizadas e órfãs da grande mentira nacional.
Os futuros rebentos do absurdo, definirão o destino de nossa longa duração distopica de uma modernidade e nacionalidade de faz de conta,
Serão inimigas de todas as ordens, parias de nossos futuros perdidos.
REFLEXOES SOBRE O BRASIL DO CORONA VIRUS XXII ( CONTRA A NORMALIDADE)
Não! Não queremos o retorno ao normal,
Ao insano cotidiano dos velhos dias perdidos.
Queremos outros mundos possíveis,
Qualquer loucura que nos faça outros.
Não queremos a caduquice da normalidade
Que nos rouba da vida,
Na absurda prática cotidiana
Da simples sobrevivência
Aos fatos e dias tristes.
REFLEXÕES SOBRE O BRASIL DO CORONA VIRUS XXI
Em pesquisa realizada pelo Data Folha em 11 e 12 de agosto, evidensiou-se um dado sombrio da atual conjuntura nacional definida pela peste: A maioria dos brasileiros inventa bolsonaro de qualquer responsabilidade pelas mais de cem mil mortes ocorridas no país.
O que se vê nas ruas é justamente a vitória do negacionismo, a total ignorância da população sobre o drama pandemico, a mais clara falta de responsabilidade social.
Não é apenas a sociopatia que impera no governo federal que ssustenta uma política de morte, boa parte da população é cúmplice se tal política tão entranhada em nossos cotidianos conservadorismos vividos.
A maior de todas as tragédias é justamente aquilo que somos como sociedade.
domingo, 2 de agosto de 2020
HISTORINHA DO BRASIL RECENTE
A historinha do Brasil recente através da qual chegamos ao caos presente é bem simples.
Seu marco no contexto pós democratização é o plano Real do Itamar Franco que parecia finalmente superar o legado inflacionário e a farra do capital financeiro. Diferente da Argentina, que optará pela dolalização o Brasil parecia ter encontrado um caminho de conto de fadas para um capitalismo viável ( como se isso fosse possivel).
Consolidada a estabilidade econômica, mesmo sem uma reforma do Estado contra todos os seus coorporayivismos, cuja mais perversa expressão era a manutenção de um sistema político viciado e corrupto, criou -se um consenso nacional em torno da questão social . Tal consenso elitista levou conservadoramente a esquerda ( direita enverhonhada) ao poder.
Inspirada pelo populismo e um nacional desenvolvimentismo arcaico, ela governou tentando criar o mito do seu sucesso mergulhando no mais insano ufanismo.
Obviamente, bastou uma crise global do capitalismo para sua fantasiosa narrativa triunfante ruir e alimentar o neo conservadorismo que, desde então, não parou de crescer.
SOBRE O INTOLERAVEL NEO CONSERVADORISMO QUE NOS ASSOMBRA
Não bastasse a política de morte adotada pelo Estado frente a pandemia, a sociedade tupiniquim, cuja vocação sempre foi para o elitismo e para o conservadorismo, vem revelando nas ruas e nas redes, um tipo de militância escrota neo conservado que faz do odio e do preconceito uma nefasta cultura política. Pode-mos roma-las numa democracia como expressão radical do intolerável.
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