Ela é o que nos conforma
a ilusão de outros mundos.
Ela é o que domina
ou define,
os limites do próprio possível.
A verdade estabelece
o que pode ser dito,
sonhado,
gritado ou pensado,
fora das quatro paredes do quarto de hospício.
A verdade é a narrativa que vira norma,
a propaganda que inventa o produto
que todo mundo compra.
Sua essência é o segredo da fé:
o vazio que une o rebanho,
o desejo sem gozo,
sempre renovado.
A verdade é a alma do nada,
é a vida que mata,
o livro que nunca foi escrito,
ou, simplesmente,
aquilo que não pode ser,
mas que todos juram
que aconteceu.
A verdade é a falácia
que alimenta a esperança.
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