As macro questões políticas foram, desde então , reduzidas ao progresso da ordem estabelecida animado pela briga de torcidas partidárias.
Nada mais falso do que a oposição entre esquerda e direita em tempos de consenso neoliberal e políticas de alteridade.
O novo governo Lula é um mero desdobramento do desgoverno Bolsonaro já que há entre eles a continuidade de um consenso em torno de uma agenda conservadora. Como sempre é preciso mudar para tudo continuar como está.
Governos já não são expressão de um projeto coletivo de país, mas um arranjo pragmatico e provisório para manter o equilíbrio entre os interesses privados e oligárquicos que dominam a política institucional. Trata-se apenas de administrar o que existe sem realizar qualquer mudança estrutural, sem ensaiar rupturas.
É preciso calar os radicais de esquerda e direita e caminhar para um centro ideológico que bem atenda aos interesses do Capital. Nada de rupturas, de confrontações.
A política institucional, como o próprio Estado, serve a uma minoria de bem nascidos.
Enquanto direita e esquerda apresentam seu teatrinho ideológico, nos vemos vítimas da pauta global da precarialização das relações de trabalho,contra reforma da presidência, reforma do ensino médio para melhor fornecer mão de obra obediente ao mercado, mantendo a exclusão , e caristia de vida para os já precarizados e miseráveis. Que importa? Afinal, temos bolsa família.
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