CONTRA O CONSERVADORISMO

Contra os conservadores,

hipócritas, dissimulados partidários do Capital contra o Trabalho,

 que sustentam o neo liberalismo,

que acham que as queixas do povo são caso de polícia,

afirmaremos sempre de novo nossa oposição cerrada, nossa intransigência, nosso radicalismo.

Jamais seremos passivos ou pacíficos diante do autoritarismo e do falso moralismo 

dos partidários da desigualdade e do racismo.

A EXTREMA DIREITA BOLSONARISTA E A FALÊNCIA DA POLITICA NACIONAL

A extrema direita bolsonarista reduziu a política ao imbuste, a farsa, ao crime, e ao mais raso populismo oportunista.

Fisiológica, estionataria e mentalmente desequilibrada, a família Bolsonaro não representa apenas uma vertente autoritária e obscura da política nacional, ela expressa o modos operante das instituições republicanas, a corrupção, a demagogia e o conservadorismo hipócrita que definem o exércicio do poder em tempos neo liberais.

Longe de ser anti sistema a extrema direita bolsonarista é o próprio sistema sem seu verniz democrático. 

O mais assombroso em tudo isso é que uma parcela considerável da população simpatiza  com esse lixo político, demonstrando o quanto nossa sociedade é politicamente  conservadora e escrota.

FASCISMO CONTEMPORÂNEO

O fascismo repete mentiras,

faz da desinformação uma arma política,

defindo a hipocrisia como sua principal premissa.

O fascismo é uma tecnologia de manipulação e controle,

o último recurso do Capital

contra a luta dos trabalhadores.

O fascismo é a embriaguez do rebanho

que sonha como rei o tirano,

é a política reduzida

 a mais asquerosa e coletiva 

forma de patologia.

OS RICOS NÃO DEVERIAM EXISTIR

Os ricos que vivem da nossa fome, 

do nosso sono, da nossa saúde,

da nossa doença e da nossa morte,

que nos pagam um minúsculo salário

e nós oferecem um transporte precáriao, não deveriam existir.

Pois o mundo deveria ser para todos,

não para poucos.

A vida, afinal, não é para dar lucro

ou manter privilégios.

A vida existe para ser vivida.

Mesmo que hoje isso nos pareça

um completo absurdo.

A VIDA É PARA SER VIVIDA.

Por isso eu vos digo:

os ricos não deveria existir

para que ninguém fosse pobre,

para que vida fosse mais forte 

do que o poder, a riqueza e a morte.

ESTADO E CONTROLE SOCIAL

O Estado mantém a ordem,

a opulência dos ricos,

a exploração e miséria do pobres.

Sua linguagem é o  tecnicismo jurídico,

a verdade documentada,

que inventa normas e cria limites.

O Estado é instrumento do Capital

que reduz um povo a população

através do controle social.

O Estado é a banalidade do mal.

A IGUALDADE DOS BRANCOS DE CLASSE MÉDIA

Os brancos de classe média

ignoram o encarceramento dos negros,

o massacre dos povos originários 

e não acham que gozam  de qualquer privilégio.

Vivem em um mundo de deveres e direitos,

onde todos acreditam em cidadania,

trabalho e renda,

onde ser explorado vale a pena

e é natural confiar na lei e no Estado.

Os brancos de classe média 

investem na bolsa, tem patrimônio,

 passam férias nos USA

e dizem que somos todos iguais,

que tudo é questão de esforço 

ou predestinação,

que não existe questão racial.

O MUNDO DE HOJE

O mundo de hoje é feito para os brancos,

ricos e bem nutridos do hemisfério norte.

É um mundo que funciona para poucos,

que pressupõe a miséria de muitos, que  diariamente condena milhões ao trabalho e a  morte.

É um mundo onde imperam fronteiras, moedas e negócios,

onde só importa acumular Capital, 

onde não cabem outros mundos,

onde não existe futuro,

 pois falta mundo para todo mundo.

O mundo de hoje nega a Terra,

a vida e a natureza,

e nós coloca permanentemente a margem

de alguma quase inevitável catástrofe ambiental.

QUANTOS FASCISTAS?...

Quantos massacres,

quanta opressão e exploração 

é, afinal, necessária para se inventar uma nação?

Quantas mortes exige um Estado forte ?

Quantas mentiras, ódio e racismo, sustentam o amor a pátria?

Afinal, quantos fascistas, entre nós,

 ainda defendem e justificam  guerras e diversas atrocidades 

em nome do progresso da humanidade?

Quantos escândalos se escondem sobre uma bandeira feita por gente branca e orgulhosa?

Quantos assassinos, em nome da moral cristã,

da honra masculina e da família monogâmica patriarcal,

juram de morte, sem o menor pudor,

negros, indígenas, mulheres e  invertidos?

NEGROS E BRANCOS

Os negros carregam mudos as marcas de muitos fragelos,

 revoltas e resistências, 

ainda acesas no tempo.

Confrontam diariamente interdições,

exclusões e silêncios 

a sombra da branquitude

e a margem do progresso.

Os negros recusam estigmas,

Esteriótipos e enquadramentos pseudo históricos.

Querem   liberdade,

 inventar novos territórios 

contra as fronteiras e a cultura dos brancos.

Os negros querem dançar a vida,

 criar autonomia e construir a anarquias.

Os brancos, entretanto,

estão sempre reinventando o racismo,

requentando velhas receitas  colonialistas

em nome da unidade nacional e do desenvolvimento pós industrial.

O HOMEM BRANCO, CIS E URBANO

O homem branco, cis e urbano

quer impor a todos seu deus, 

suas verdades, genocídios 

e civilização.

Tudo nele cheira a poder,

 perversidade. ambição e dominação.

O homem branco, cis e urbano

sempre quer ter razão,

fazer valer seu interesse

sua opinião,

impondo o certo

onde inventa o errado.

SAGRADA DESIGUALDADE

Quem pensa que a desigualdade 

é divina e natural,

que a miséria e a exploração 

realizam os desígnios de uma natureza metafisica,

jamais  buscará uma revolução social.

Pois é escravo de um deus tirano,

de uma mentalidade medieval,

de um ethos elitista e colonial.

É alguém mutilado pelo ideal de servidão  universal,

 anulado pela transcendência patológica de uma monarquia celestial.

Contra as convicções deste  medíocre  amante da autoridade

é preciso rasgar todas as verdades sagradas,

dessacralizar todas as formas de desigualdade.

O TRIUNFO DO CONFORMISMO

Em tempos de tantas incertezas e mudancas

o conformismo, paradoxalmente,

afirma-se como unanimidade.

Há o conformismo dos progressistas, 

dos conservadores e indecisos.

Há, até mesmo, o conformismo dos indignados.

Há conformismo por todos os lados,

sufocando qualquer possibilidade de transformação das coisas.

Tudo é rotina e cotidiano,

multidão e espetáculo.