quarta-feira, 24 de setembro de 2008

DEFINIÇÃO DO BRAZIL

Caso me fosse requisitado definir em palavras breves o Brazil, sem pestanejar o definiria como um circo onde cada “cidadão” desta exótica “república” tropical não passa de um palhaço contribuinte a mercê dos caprichos arbitrários de um Estado a serviço de oligarquias pseudo-politicas de poder e definido pela corrupção e nepotismo estrutural generalizado.
Entre os tupiniquins, definitivamente, a palavra e realidade poder atingir um sentido e significado inédito através da mentira de uma cotidiana verdade aceitável que de algum modo da certo na alienação básica de ser, abstratamente, inventado brasileiro....
O que importa é que entre os tupiniquins o poder possui formas e verdades falsas e incomuns de afirmação da absurdos e patológicas de auto afirmação de crentes mentiras que nos levam a constatação do sem sentido de pagarmos em tributos pela manutenção do nada desse país de pouca existência real.

BILHETE POÉTICO AOS ESTRANGEIROS

O mundo daqui
É feito de obscuros absurdos,
De infantis sentimentos
De burra grandeza
E inventadas verdades
Que no caos cotidiano
Se afirmam como cínicas realidades.

No absurdo da razão ant ética
Vaidades polilicas,
Medíocres sentimentos de fé
Dissimulam misérias
De alma e de carne.

domingo, 21 de setembro de 2008

AME-O OU DEIXE-O...



BRAZIL: AME-O OU DEIXE-O...

Mas deixa-lo é um desejo honesto
enquanto ama-lo,
tornar-se um desonesto.....

CAMPANHA POR UMA GLOBALIZAÇÃO DESCENTE

BRASILEIRO ILEGAL: UM MAL GLOBAL.

LIVRE SEU PAÍS DESTA ERVA DANINHA.

ISSO É UMA QUESTÃO DE SAÚDE PUBLICA.

ITAMARATI DE CÚ É ROLA...

INSEGURANÇA, PODER PARALELO E FALÊNCIA DE UM DADO MODELO DE ESTADO

Insegurança é uma palavra definidora do cotidiano caos experimentado por quem vive em alguma grande capital brasileira como São Paulo ou Rio de Janeiro.
A grande e cruel verdade é que quase não sabemos o que será de nós diariamentente nessa nova modalidade de absurdo e barbarie que o país inventa, que em paradoxos se faz cotidiana e “aceitável ordem” na qual levamos normalmente e inconformados nossas vidas na mais absurda banalização do inaceitável, do intolerável de uma sociedade que não funciona bem e expõe... Quando se fala em poder paralelo do crime, esquece-se que entre este poder e o modo tosco de funcionamento da ordem e do Estado Tupiniquim existe uma macabra simetria, muito mais doque simplesmente uma questão de ordem pública e violência urbana.

O MITO DO ZÉ CARIOCA E A MARGINALIDADE DOS BRASILEIROS...


QUEM NÃO GOSTA DE SAMBA, BUNDA E CORRUPÇÃO NÃO É BRASILEIRO... NÃO TEM MEDO DE GRAMPO OU É DOENTE DO PÉ RECUSANDO O NÓ CEGO DA MALANDRAGEM .


AFINAL SER BRASILEIRO É SER UM POUCO ZÉ CARIOCA NAS IMPOSTURAS E PEQUENOS CRIMES DO DIA A DIA...

sábado, 20 de setembro de 2008

NIILISMO ELEITORAL

O Horário Político Eleitoral Obrigatório é certamente o mais terrível espetáculo televisivo oferecido aos telespectadores da medíocre rede de canais abertos tupiniquins.
Decisivamente, nada é mais inócuo do que uma campanha eleitoral. Afinal, é quando os políticos tentam nos convencer de que tudo é possível, de que tudo tem jeito e de que os pobres coitados dos eleitores são os verdadeiros culpados do caos em que vivem já que o voto consciente e acertado é o caminho para uma vida melhor. Mesmo não acreditando muito nisso tem gente que vota nesse ou naquele vendedor de ilusões. A grande verdade, entretanto, é que a monstruosa maquina administrativa e os parlamentos desse país, independente dos rostos que as personifiquem, NÃO FUNCIONAM e ainda por cima custam muito caro a cada contribuinte. Solução? Sumir daqui enquanto é tempo...

FALTA DE EDUCAÇÃO: UMA QUESTÃO DE PRINCIPIO


É muito comum se dizer que a educação é o grande alicerce de um estado nação. Tal premissa é tão verdadeira quanto o fato de que vivemos em um país de quatro patas. Afinal, o que dizer da medíocre educação dos brasileiros? Quem já foi a escola sabe que aqui todo mundo estuda porcamente para ter um diploma e nenhuma inteligência. Basta andar pelas ruas para se constatar o quanto o brasileiro médio é um rude animal com um perigoso complexo de grandeza. Os brasileiros são, de um modo geral, formados em falta de educação.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

LEMBRANDO DO HAITI...

È realmente curioso como quase nada é divulgado na imprensa sobre a presença patética de militares brasileiros no Haiti em missão humanitária da ONU. O fato apenas torna mais significativa, nesse caso, a lembrança ou referência a uma expressiva musica composta conjuntamente por Caetano Veloso e Gilberto Gil em um tempo em que não tinham a menor simpatia pelo presidente Mula.... Infelizmente nesse mundo tudo é relativo e dialético... Afinal, o Haiti é aqui e, ao mesmo tempo não é, na afirmação crua da moderna barbárie tupiniquim contra seus delírios de grandeza...

“Quando você for convidado para subir no adro
Da fundação casa de jorge amado
Para ver do alto a fila de soldados, quase todos pretos
Dando porrada na nuca de malandros pretos
De ladrões mulatos e outros quase brancos
Tratados como pretos
Só para mostrar aos outros quase pretos
( e são quase todos pretos)
E aos quase brancos pobres como pretos
Como é que pretos, pobres e mulatos
E quase brancos quase pretos de tão pobres são tratados
E não importa se aos olhos do mundo inteiro
Possam estar por um momento voltados para o largo
Onde os escravos eram castigados
E hoje um batuque um batuque
Com pureza de meninos uniformizados de escola secundária
Em dia de parada
E a grandeza épica de um povo em formação
Nos atrai, nos deslumbra e estimula
Não importa nada: nem a o traço do sobrado
Nem a lente do fantástico, nem o disco do Paul Simon
Ninguém é cidadão.
Se você for ver a festa do pelo, e se você não for
Pense no Haiti, reze pelo haiti
O Haiti é aqui- O Haiti não é aqui.

E na tv se você vir um deputado em pânico mal dissimulado
Diante de qualquer, mas qualquer mesmo, qualquer, qualquer
Plano de educação que pareça fácil
Que pareça fácil e rápido
E vá representar uma ameaça a democratização
Do ensino de primeiro grau
E se esse mesmo deputado defender a adoção da pena capital
E o venerável cardeal disser que vê tanto espírito no feto
E nenhum no marginal
E se ao furar o sinal, o velho sinal vermelho habitual
Notar um homem mijando na esquina da rua sobre um
Saco de lixo do leblon
E quando ouvir o sorridente silêncio de são paulo
Diante da cachina
111 presos indefesos, mas presos são todos pretos
Ou quase pretos , ou quase brancos quase pretos de tão pobres
E pobres são como podres e todos sabem como se tratam os pretos.
E quanto você for dar uma volta no caribe
E quanto for trepar sem camisinha
E apresentar sua participação inteligente no bloqueio a cuba
Pense no Haiti. Reze pelo Haiti
O Haiti é aqui. O Haiti não é aqui.”

domingo, 14 de setembro de 2008

VOTO NULO



Meu voto nunca mudou o mundo
Nunca transformou futuros
Ou se fez mais forte
Que os consensos de castra
Da márfia política.


Meu voto jamais realizou
Vontades gerais
Ou fundou republicas
Contra os abusos
De tiranias.


O sufrágio, afinal, é nulo
Quando ventríloquos
Inventam a voz do povo.

CORRUPÇÃO: UMA PAIXÃO NACIONAL


Não importa se rico ou pobre, marginal ou trabalhador, policial ou bandido, homem, mulher ou gay. No pólo passivo ou ativo, no Brazil nada mais natural do que em qualquer situação se arrumar um “jeitinho” para se dar bem, não importa o certo ou o errado, desde que ninguém saiba...
E assim acontece em coisas simples como a “cervejinha” pro guarda esquecer uma multa até os milionários financiamentos legais e ilegais de campanhas políticas por grandes empresas visando um posterior e discreto tráfico de influências, passando por propinas e sonegações diversas.
A corrupção, das mais variadas e criativas formas, é a grande mania nacional. E isso não tem grampo legal ou ilegal que mude...

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

PAC PRA QUE?

Hoje em dia, no oba oba da politicolândia verde brega amarela, principalmente em ano eleitoral, nada mais mágico do que a sigla PA C. Este exótico rótulo que define a cara de pau do governo federal em patrocinar obras eleitoreiras e populistas destinadas a nos convencer de que nosso cotidiano futum é perfume.Fala-se tanto em programas de aceleração do crescimento que é justo perguntar: Crescimento exatamente do que, uma vez que tributos, escândalos na administração pública e caos urbano é tudo que vem prosperando nas manchetes diárias dos jornais?!

PEROLAS DO MULA


Uma das características mais marcantes do atual presidente Mula é a singular capacidade de expressar-se em discursos como um bebum em boteco criando inflizes metáforas e frases de efeitos que nos ferem os ouvidos e a inteligência. Na revista época da semana de 18 de setembro encontramos uma pequena coletânea de perolas da semana presidencial inspiradas pelo “Pré-sal”:

“Por isso é que a água é salgada? É por causa do pré-sal? Eu pensei que fosse por causa do xixi que as pessoas fazem na praia no domingo.”

“Estamos cavando tão fundo que qualquer dia vai ter um japonês na broca e vamos ter problemas internacionais.”

“ Eu, se for na sua sala, certamente não fumarei, porque respeito o dono Da sala. Mas na minha sala sou eu que mando.”

terça-feira, 9 de setembro de 2008

VEXAME FORA DE CAMPO

Depois de vencer no ultimo domingo a fraca seleção chilena pela eliminatórias da copa do mundo, um jogador brasileiro cometeu o no mínimo deselegante ato de pichar as paredes do vestiário que usaram apologias a seleção brasileira e a necessidade de respeitá-la.
Cabe dizer que o bárbaro ato da pichação, por si só, já atesta a mediocridade da seleção verde brega amarela, visto que constitui no mínimo uma deselegância e uma falta de respeito. Algo típico de quem acredita que mais vale correr atrás de uma bola do que ter uma boa educação.

TODA A VERDADE SOBRE A EXPRESSÃO "PARA INGLÊS VER"

Embora não muito utilizada nos dias de hoje, ainda nos é familiar a expressão consagrada no imaginário popular “para inglês ver”. Sua origem encontra-se em um tratado imposto ao velho império luso brasileiro pelo Império Britânico em 1826 declarando ilegal o tráfico negreiro. Este, na época, polêmico tratado entrou em vigor em 1827, mas só passou a ter alguma parca realidade através de uma lei de 7 de novembro de 1831 que previa severas punições para os traficantes e declarava livre todos os escravos que, a partir daquela data, entrassem no brazil.
Em uma sociedade ainda francamente escravocata tal lei foi apelidada “para inglês ver” visto que não se fazia cumprir. Desde então, tornou-se postumamente um verdadeiro paradigma para a arte de legislar em terras tupiniquins. Pois aqui o texto da lei é obscurecido pelo costume e a tradição do “jeitinho” e do famoso “deixa disso” das impunidades que beneficiam, principalmente, detentores de cargos públicos e muito dinheiro ou as duas coisas juntas.

O PATRIOTISMO EM ALGUMAS PEQUENAS FRASES INSPIRADORAS

Patriotismo é definitivamente coisa de americano e não se aplica a América latrina.


Quem inventou o patriotismo não inventaria o brazil.


Patriotismo no cu dos outros é refresco.


Verde e amarelo é uma combinação de cores que só fica bem no carnaval.


O 11 de setembro é uma data mais importante e significativa do que qualquer 7 de setembro...

domingo, 7 de setembro de 2008

A VERDADE SOBRE A INDEPENDÊCIA DO BRASIL


A chamada independência do Brazil é uma folclorica anedota imaginada pelo ilustre pintor Pedro Américo. Suas origens encontram-se em uma crise de diarréia do então imperador Pedro I que delirante contribuiu para a difusão do boato sobre a independência que de tanto ser repitido virou fato consumado. Ha quem sustente a anedota até hoje...
Mas que importa absolutamente essa medíocre historinha?! Afinal, o mundo inteiro sabe que 4 de julho é dia da independência dos Estados Unidos, data realmente de repercussão histórica, e ignora que qualquer coisa minimamente relevante tenha acontecido em 7 de setembro de 1822 neste inóspito fim de mundo de América do Sul.
Independência do brazil... Entre os nativos tupiniquins a data só tem alguma importância quando cai em dia de semana proporcionando assim um bom feriado. Datas como essa por aqui só servem mesmo como desculpa para não trabalhar.

sábado, 6 de setembro de 2008

A REPÚBLICA DAS LARANJAS



Não é exagero afirmar que a historia do brazil, tal como formulada no século XIX a serviço de um projeto de Estado, em seu culto a inventados “heróis” e a metafísica dos marcos de uma metafísica idéia de nação, beira as raias do ridículo identidário e desafia nossas humildes inteligências contemporâneas. Apesar disso, o brasileiro, ignorante por natureza, ainda apenas a conhece...
Felizmente a historiografia avança por aqui desconstruíndo mitos e “versões oficiais” demasiadamente positivas e otimistas sobre o passado e o presente do caos em que vivemos.
Para o momento, quero limitar-me aqui a um episódio carnavalesco da história republicana, ou mais propriamente, do movimento republicano, que muito bem serve para ilustrar o grande circo e carnaval que define radicalmente o Brazil em todos os tempos. Trata-se de uma “caso” muito mais interessante do que aquela estranha circunstância que sem mais nem menos levou o país da monarquia a república em um pantomímico golpe de estado inaugurando uma nada carnavalesca confusão generalizada da qual somos vitimas até os dias de hoje.
Sobre a folclórica figura de Sabrina das Laranjas já possuía prévio conhecimento, mas foi com grande satisfação que descobri um pequeno ensaio sobre essa pitoresca e hoje pouco conhecida personagem republicana que aqui lembro mediante um fragmento do referido ensaio então escrito conjuntamente pelos então doutorandos em história, Micol Seigel, da New York University e Tiago de Melo Gomes, da Unicamp:


“Na manhã de 25 de julho de 1889, em meio aos intensos debates políticos que marcaram o período, o Rio de Janeiro assistiu a uma manifestação bastante singular. Durante muitos anos, a vendedora de laranjas Sabina havia mantido seu comércio em frente à porta da Faculdade de Medicina . Um dia, o subdelegado da freguesia de São José proibiu-a de manter seu pequeno comércio naquele local. O motivo possivelmente tenha sido a irreverência dos alunos que ali se reuniam. Tendo em vista este fato, os estudantes tomaram uma iniciativa visando a revogar a proibição. Os relatos dessa ação diferem em alguns detalhes mas convergem no essencial:
“ (...)os acadêmicos de todos os anos da escola reuniram-se em frente ao edifício da Faculdade , às 10:30 e, munidos de laranjas, fincadas nas pontas das bengalas e dos guardas chuvas, sairam da academia, dois a dois, precedidos do homem dos sete instrumentos, e da mulher que o acompanha, formando o préstito mais original que temos visto.
Rompia a marcha uma espécie de estandarte, tendo a lança, uma coroa feita com bananas, chuchus e outros legumes, pendendo da bandeira duas largas fitas, nas quais foram gravadas as seguintes inscrições, em uma: Ao subdelegado do 1º distrito da freguesia de S. Jose oferece a escola de Medicina; e em outra: Ao eliminador das laranjas.
Saindo do largo da Misericórdia, tomaram os rapazes a rua deste nome, passando pela 1º de Março, por entre alas de povo, que os saudava, enquanto, das janelas, as senhoras, rindo-se, acenavam, com os lenços, cumprimentando os.
Na rua do ouvidor, onde foram saudadas todas as redações dos jornais que aí têm os seus escritórios, o préstito alongava-se desde a rua 1º de Março, até a da Uruguaiana, formando uma enorme serpente, coleando por entre a multidão, dando as laranjas um aspecto imensamente alegre a tudo aquilo.
Caminhando sempre por entre um cortejo de vivas e de palmas, ao chegarem em frente ao edifício ocupado pela redação, escritório e oficinas desta folha, a mocidade ergueu estrepitosos vivas Pa Rui Barbosa e a todos os seus companheiros de trabalho, dirigindo-se em seguida a Gazeta da tarde, e daí ao edifício da escola de Politécnica, onde foi recebida com todas as honras, pelos colegas dessa academia.
Incorporados aos alunos da politécnica aos seus companheiros, fizeram logo larga colheita de laranjas, compradas no primeiro tabuleiro que encontravam, tomando então o préstito, mais aumentado, pela travessa de S. Francisco, ruas Sete de Setembro e Gonçalves Dias, onde cumprimentaram os estudantes e as redações dos jornais: Novidades, Dia, e Revista ilustrada.
Dessa ultima rua seguiram outra vez pelas do Ouvidor, 1º de Março, Misericórdia até a Escola de Medicina.
A autoridade manifestada, logo que soube da ruidosa surpresa que lhe preparavam, longe de receber, em sua casa, à rua da Misericórdia, os autores de tão imponente idéia, evadiu-se, modestamente ( o que não achamos louvável, mas sim de pouco espírito) a tão justa homenagem feita a quem se declara tão serio inimigo de uma das melhores frutas que possuímos.
Á vista desse procedimento, como quem depõe armas, após longa batalha pelejada, os acadêmicos penduraram, na porta principal do prédio ocupado pela autoridade, a coroa cívica que lhe f ora destinada, deixando no corredor da entrada do edifício, como despojo da passeata, todas as laranjas ( ...)
De volta à Escola de Medicina, reuniram-se os acadêmicos em sessão solene, sendo nessa ocasião cumprimentados os alunos da Politécnica com um discurso entrecortado pelas palmas de todos os ouvintes” ( Diário de Noticias, 26-7-1889).”
Se ao leitor do século XXI causa estranheza a importância dada pelos estudantes à proibição do delegado, tal sensação se aprofunda quando se percebe que os vespertinos daquele dia e os matutinos do di a seguinte deram grande destaque ao evento, tratando-o como a principal noticia do dia. O contraste entre a estranheza sentida pelo leitor atual e a óbvia relevância do evento para os contemporâneos por si só aponta sua importância, mas não esgota, contudo, a riqueza de seus significados. A figura de Sabina se tornou tão conhecida a partir daquele momento, que voltou a tona, sob várias formas, ao longo de toda a Primeira República. O que este artigo pretende argumentar é que a figura de Sabina tornou-se recorrente por concentrar uma ampla gama de elementos a respeito das políticas cotidianas de raça e gênero e da negociação da identidade nacional, elementos que estavam em debate nos mais diversos espaços naquele período. Assim, por conseqüência, o estudo destas aparições de Sabina se mostra relevante para iluminar estes processos, assim como a importância do meio dentro do qual estas reaparições se deram: a cultura de massas.”


( Nicol Seigel e Tiago de Melo Gomes. Sabina das Laranjas: Gênero, raça e nação na trajetória de um símbolo popular. 1889-1930, in Revista Brasileira de História,. SP: ANPUH/HUMANITAS publicações, v.22 nº 43, 2002, p.172-173)

O BICHO, O FUTEBOL E O BRASILEIRO


È conhecido em todo o mundo a ridícula lenda de que o Brazil é o país do futebol. Como se isso dissesse alguma coisa sobre as hipotéticas qualidades dos brasileiros. Nada mais ridículo visto que, por excelência, o único jogo genuinamente tupiniquim é o jogo do bicho, uma contravensão penal.
Aliais, entre brasileiros e bichos, dada a péssima educação recebida pela maioria, existe uma afinidade natural. Atualmente, por exemplo, o presidente deste pseudo país não é lá grande coisa e nos faz sofrer com seus discursos e atitudes medíocres ou pseudo políticas sociais/populistas no exercício do poder e da arrogância típica dos presidencialismos autoritários ou mediocremente latinos...
Por outro lado, os jogadores de futebol e os jogadores de bicho daqui, de um modo geral, pouco sabem e se importam com a própria educação. Afinal, são novas versões de malandros e vadios cujo lúdico ideal é ganhar a vida brincando pelo mundo afora na concreta utopia do dinheiro fácil personificado por senas, mega senas, lotos, bingos e oportunidades de corrupção passiva e ativa.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

GRAMPOS TELEFÔNICOS E SEGREDOS DE ESTADO


O misterioso grampo que na ultima semana fragou conversas telefônicas entre o presidente do Supremo Tribunal Federal ( STF), Gilmar Mendes com o senador Demóstenes Torres, não é absolutamente nenhuma novidade no jogo podre doas bastidores do poder tupiniquim. Todo mundo sabe que a prática é mais comum do que se imagina e que a violação dos direitos do individuo, ou a ameaça ao livre exercício do poder Executivo e Legislativo que elas representam, estão longe de ser uma preocupação relevante de nossas autoridades. Tudo é uma questão de saber em determinadas circunstâncias quem é beneficiado ou prejudicado por essas práticas.
Mas se há algo de realmente sigiloso sobre o assunto, além da banalidade das escutas clandestinas, é o quanto as autoridades desse país tem a esconder, o quanto há ainda de podre nos sombrios corredores do poder aguardando futuros escândalos e CPIs.

HOMENAGEM A VALDICK SORIANO


A morte do cantor e compositor Valdick Soriano, ícone da MPB ( Muita Porcaria Brasileira) inspira-me uma singela homenagem: Por que não converter seu grande e imortal sucesso “Eu não sou cachorro não” a condição de hino nacional? Afinal que outro refrão traduz com tanta perfeição a condição de brasileiro?


“Eu não sou cachorro não
Para viver tão humilhado...”

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

O CREPUSCULO DOS PRINCIPIOS

Uma das mais cotidianas e absurdas verdades compartilhadas pelos nativos tupiniquins é a ausência de princípios éticos no trato das coisas públicas e privadas. Tudo por aqui é uma questão de circunstância e oportunidade, no pior significado que se pode atribuir a essas cândidas palavras.
Não é a toa que nas ruas de grandes centros urbanos como São Paulo e Rio de Janeiro, olha-se para o lado com medo e desconfiança e nunca se sabe o que esperar dos outros.

O GRANDE CIRCO REPUBLICANO

Entre mimos e propinas
Políticos se fantasiam
De representantes do povo
Cuidando do próprio bolso.

Entre mimos e propinas
Segue sem rumo
O carnaval nacional
Em uma republica que nunca foi
Verdadeiramente republicana.

Entretanto,
Como pode?!
Imperam otimismos
No do mal ao pior
De uma virtual democracia.

TRANSPARÊCIA E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Alguém nesse país faz alguma idéia de como e onde é gasto cada centavo oriundo dos incontáveis e absurdos tributos que somos obrigados a pagar para sustentar o grande circo nacional?
Diante de tantos escândalos, como o relativamente recente e já esquecido, que envolveu o abusivo uso dos cartões corporativos, é mais do que justo questionar a absoluta falta de transparência que caracteriza que caracteriza o Estado brasileiro. Afinal, como essa “coisa” funciona, como somos cotidianamente lesados ou pelo o que realmente estamos pagando na condição de contribuintes/vitimas?