"José Bonifacio.
Quando assumiu o comando do governo de dom Pedro I, logo depois da Independência, cortou os salários dos ministros pela metade. De 800 mil reis passaram para 400. No fim do mês, recebeu o dele, foi ao teatro e pôs embaixo do chapéu, na cadeira ao lado. No intervalo, quando voltou, nem chapéu nem dinheiro. Alguém tinha levado. Teve que pedir dinheiro emprestado para pagar as contas. O imperador soube e mandou o ministro da Fazenda, Martim Francisco, irmão de José Bonifacio, pagar-lhe um segundo salário. O ministro se negou:- Majestade, vou pedir licença para não cumprir a ordem.- Por quê?- Primeiro, pelo mau exemplo. Cada um tem que cuidar do que é seu. Segundo, porque o ano tem 12 meses para todos e não pode ter 13 para o um funcionário descuidado. Terceiro, porque vou dividir o meu com ele.
Borges de Medeiros Borges de Medeiros, Antonio Augusto Borges de Medeiros, filho de pai pernambucano e juiz em Pouso Alegre (MG) e desembargador no Rio Grande do Sul, formou-se em Direito em São Paulo.
Pequenininho, magrinho, sempre de paletó, gravata, colete, bigodinho e cavanhaque, constituinte de 1891, governou o Rio Grande do Sul 24 anos, de 1898 a 1908, de 1913 a 1915 e de 1916 a 1928. Não tinha casa. Morava de aluguel. Quando deixou o governo, voltou para a velha casa de aluguel. Não tinha do que viver, nem dinheiro para pagar o aluguel. Amigos sugeriram: - Doutor Medeiros (todos sempre o chamaram assim e de "chefe unipessoal do Partido Republicano Rio-grandese"), temos uma solução. Ponha uma tabuleta na sua janela: - "Advogado". E logo terá a maior e melhor banca de advocacia do Rio Grande.- É verdade. Mas não posso. Todos os membros desses tribunais e os juízes atualmente em atividade foram nomeados por mim. Logo, não posso advogar no Rio Grande. A mulher costurou até morrer, em 1957. Ele morreu em 1961, 97 anos."
Quando assumiu o comando do governo de dom Pedro I, logo depois da Independência, cortou os salários dos ministros pela metade. De 800 mil reis passaram para 400. No fim do mês, recebeu o dele, foi ao teatro e pôs embaixo do chapéu, na cadeira ao lado. No intervalo, quando voltou, nem chapéu nem dinheiro. Alguém tinha levado. Teve que pedir dinheiro emprestado para pagar as contas. O imperador soube e mandou o ministro da Fazenda, Martim Francisco, irmão de José Bonifacio, pagar-lhe um segundo salário. O ministro se negou:- Majestade, vou pedir licença para não cumprir a ordem.- Por quê?- Primeiro, pelo mau exemplo. Cada um tem que cuidar do que é seu. Segundo, porque o ano tem 12 meses para todos e não pode ter 13 para o um funcionário descuidado. Terceiro, porque vou dividir o meu com ele.
Borges de Medeiros Borges de Medeiros, Antonio Augusto Borges de Medeiros, filho de pai pernambucano e juiz em Pouso Alegre (MG) e desembargador no Rio Grande do Sul, formou-se em Direito em São Paulo.
Pequenininho, magrinho, sempre de paletó, gravata, colete, bigodinho e cavanhaque, constituinte de 1891, governou o Rio Grande do Sul 24 anos, de 1898 a 1908, de 1913 a 1915 e de 1916 a 1928. Não tinha casa. Morava de aluguel. Quando deixou o governo, voltou para a velha casa de aluguel. Não tinha do que viver, nem dinheiro para pagar o aluguel. Amigos sugeriram: - Doutor Medeiros (todos sempre o chamaram assim e de "chefe unipessoal do Partido Republicano Rio-grandese"), temos uma solução. Ponha uma tabuleta na sua janela: - "Advogado". E logo terá a maior e melhor banca de advocacia do Rio Grande.- É verdade. Mas não posso. Todos os membros desses tribunais e os juízes atualmente em atividade foram nomeados por mim. Logo, não posso advogar no Rio Grande. A mulher costurou até morrer, em 1957. Ele morreu em 1961, 97 anos."
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