Em uma invenção de país construída sobre o aparato escravocrata e a historicidade das marcas e permanências do racismo, cabe lembrar hoje um fenômeno interessante: O antigo 13 de maio, valorizado no passado por cretinas políticas de identidade nacional como homenagem aos negros no contexto tosco da teoria das três raças, foi substituída pelo 20 de novembro, dia da consciência negra que não transforma o fim da escravidão em virtude.
Segundo Benedict Anderson em seu clássico estudo “Nação e Consciência Nacional, um estado nação é uma comunidade política imaginária, uma dessas estranhas construções culturais da modernidade. Particularmente, diria ainda que algumas imaginações nacionais mostram-se mais funcionais enquanto outras, por uma serie de variáveis, são tragicamente desfuncionais e carnavalescas versões de qualquer fantasia nacionalista ideal. O exemplo brasileiro enquadra-se, naturalmente, neste ultimo caso...
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