Em um desses recados virtuais de facebook deparei-me outro dia com uma frase realmente curiosa e sábia: “ Se voto mudasse alguma coisa seria proibido”. Tal afirmação irônica é suficiente para expressar perfeitamente o sentimento pós manifestações de rua em cantos tupiniquins. Não se iludam com as ilusões do sufrágio universal por aqui. O voto é inútil diante de uma maquina viciada e um estado disfuncional.
A ideia de transformar o brazil através do simples exercício da cidadania é tão ingênua quanto a romântica aposta das esquerdas na luta armada durante a ditadura militar. Qualquer reflexão sincera sobre a situação nacional deve partir da premissa de que o absurdo em que vivemos não ira se desfazer de repente como em um conto de fadas. Ainda estamos por aqui demasiadamente distantes de uma Idade da Razão e do minimamente razoável...
Segundo Benedict Anderson em seu clássico estudo “Nação e Consciência Nacional, um estado nação é uma comunidade política imaginária, uma dessas estranhas construções culturais da modernidade. Particularmente, diria ainda que algumas imaginações nacionais mostram-se mais funcionais enquanto outras, por uma serie de variáveis, são tragicamente desfuncionais e carnavalescas versões de qualquer fantasia nacionalista ideal. O exemplo brasileiro enquadra-se, naturalmente, neste ultimo caso...
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