Apesar do impacto das manifestações de rua sobre o cenário politico tupiniquim, permanece existindo por aqui um verdadeiro abismo entre a opinião pública e os poderes instituídos. O fato é que, mesmo pragmaticamente respondendo o apelo das ruas em uma espécie de “fisiologismo positivo” que anda modificando a agenda nacional, permanece distante a possibilidade de vermos por aqui algum dia uma democracia decente.
O que realmente parece em jogo é o quanto o ideário republicano fracassou, o quanto a republica não deu certo, apesar de varias vezes refundada e reinventada através de constituições que não valem uma linha de liberdade.
O arcaísmo e o autoritarismo aqui permanecem como a herança maldita da cultura tupiniquim.
Segundo Benedict Anderson em seu clássico estudo “Nação e Consciência Nacional, um estado nação é uma comunidade política imaginária, uma dessas estranhas construções culturais da modernidade. Particularmente, diria ainda que algumas imaginações nacionais mostram-se mais funcionais enquanto outras, por uma serie de variáveis, são tragicamente desfuncionais e carnavalescas versões de qualquer fantasia nacionalista ideal. O exemplo brasileiro enquadra-se, naturalmente, neste ultimo caso...
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