Segundo Benedict Anderson em seu clássico estudo “Nação e Consciência Nacional, um estado nação é uma comunidade política imaginária, uma dessas estranhas construções culturais da modernidade. Particularmente, diria ainda que algumas imaginações nacionais mostram-se mais funcionais enquanto outras, por uma serie de variáveis, são tragicamente desfuncionais e carnavalescas versões de qualquer fantasia nacionalista ideal. O exemplo brasileiro enquadra-se, naturalmente, neste ultimo caso...
sábado, 30 de janeiro de 2021
O BOLSONARISMO E O HOMO SACER
REFLEXÕES SOBRE O BRASIL DO CORONA VIRUS XXXV
quarta-feira, 27 de janeiro de 2021
DEPOIS DO ESCÂNDALO DO LEITE CONDENSADO, O QUE AINDA PODEMOS DIZER SOBRE O GOVERNO BOLSONARO?
Verdade seja dita: O governo Bostonaro é o pior inimigo do bolsonarismo. Definitivamente, nunca um governo expôs de modo tão sistemático o lado podre e ridículo do poder. Seja através de declarações, ações ( ou falta delas) ou, simplesmente, através da publicidade involuntária de pequenas e grandes indecências.
É um governo que combina com tanta perfeição burrice, incompetência e aparelhamento ideológico do Estado que a gente fica se perguntando: como uma república que permite que um governo desses dure dois anos ainda não caiu de podre?
Nunca foi tão evidente que a republica foi dominada por lunáticos totalmente sem noção.
INDISCIPLINA: EXPERIMENTOS LIBERTÁRIOS E EMERGÊNCIA DE SABERES ANARQUISTAS NO BRASIL por ROBERTO HUMBERTO ZEFERINO NASCIMENTO
Na conjuntura incerta e tumultuada de invenção/ importação da república e de todos os valores civilizatórios que lhe são inerentes, Zeferino resgata os saberes indisciplinares e sensibilidades libertárias que se insurgiam como contra condutas frente a sociedade disciplinar e suas tecnologias de assujeitamento que definiam as tecnologias de governo e controle da população que configuravam a república (que nada tinha de polis) e a invenção da nação. Definitivamente, uma leitura que nos traz um pouco de ar fresco em um momento tão necessário como o do nosso tempo presente. É, definitivamente, uma leitura que vale muito a pena..
RESUMO
“Os estudos contemporâneos em torno das várias realizações dos anarquistas no Brasil, no período da Primeira República, estão, no geral, matizados por uma perspectiva disciplinar. Projetando sobre o movimento anarquista uma demanda que lhe é alheia, desconsideram aspectos significativos deste movimento. Os olhares disciplinados, estabelecidos no conjunto destas pesquisas,
A tese de doutorado de Roberto Humberto Zeferino Nascimento, INDISCIPLINA: experimentos libertários e emergência de saberes anarquistas no Brasil é um achado único na "escritura academicista" sobre o anarquismo no Brasil durante a primeira década do Seculo XX.
Ela nos chama atenção para questões que permanecem ignoradas pelas narrativas historiográficas dominantes e sua devoção as razões do iluminismo e da ordem moderna. Indo na contramão de tais meta narrativas sobre nosso passado coletivo, majoritariamente apologistas do progresso industrial e econômico, dos sujeitos e dos valores , indispensáveis a fabricação de um devir nacional, a presente tese chama atenção para emergência da imanência e da vida como indisciplina no palco da jovem república velha de saberes disciplinares e de sociabilidades medidas.
Na conjuntura incerta e tumultuada de invenção/ importação da república e de todos os valores civilizatórios que lhe são inerentes, Zeferino resgata os saberes indisciplinares e sensibilidades libertárias que se insurgiam como contra condutas frente a sociedade disciplinar e suas tecnologias de assujeitamento que definiam as tecnologias de governo e controle da população que configuravam a república (que nada devia a polis) e a invenção da nação. Definitivamente, uma leitura que nos traz um pouco de ar fresco em um momento tão necessário como o do nosso tempo presente. É, definitivamente, uma leitura que vale muito a pena.
baixe a obra aqui:
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http://livros01.livrosgratis.com.br/cp008179.pdf
sexta-feira, 22 de janeiro de 2021
REPÚBLICA OLIGÁRQUICA
A nova república é velha e oligárquica.
Elitista e autoritária.
O povo não existe.
O Estado é bandido.
O espirito do tempo,
entre nós,
é colonialista e escravocrata.
Neste país nunca ouve liberdade e igualdade.
Apenas o eterno privilégio de poucos
E a exploração de muitos.
VACINA POUCA MEU BRAÇO PRIMEIRO
terça-feira, 19 de janeiro de 2021
O CONFORMISMO COMO REVOLTA
REFLEXÕES SOBRE O BRASIL DO CORONA VIRUS XXXIV
domingo, 17 de janeiro de 2021
A GUERRA DA VACINA
sexta-feira, 15 de janeiro de 2021
BRASIL: PAÍS SEM POVO
TEMPOS DIFÍCEIS
São sempre tempos sombrios
num país de arcaísmos
onde a ordem e o progresso
são eternos inimigos da liberdade e igualdade.
São sempre tempos de desmandos,
autoritarismos & colonialismos.
São sempre tempos de resistências,
lutas e utopias
para aqueles que combatem o passado como futuro.
REFLEXÕES SOBRE O BRASIL DO CORONA VIRUS XXXIII
O segundo colapso do sistema de saúde publica em Manaus, ainda em janeiro de 2021, não é nenhuma surpresa. É o resultado de uma política negacionista que subestimou a segunda onda da pandemia e sua assustadora evolução.
O horror de morrer sem oxigênio na capital da Amazônia é um retrato do Brasil atual em tempos de pandemia onde se banaliza a morte, se institucionaliza o descaso e se consagra a impunidade. O Estado não dá conta da emergência pandêmica, mas se torna um de seus mais sombrios agentes.
Enquanto isso a nova cepa de
transmissão acelera em todo um país sem esperança a espera de uma
vacina que, todos sabem, não nos devolverá a normalidade perdida.
quinta-feira, 14 de janeiro de 2021
O QUE É O BRASIL?
MORAL DO MUNDO
Uma casa grande e um carro na garagem não dá dignidade.
Também não valoriza a existência e, muito menos,
torna alguém decente.
Talvez, muito pelo contrário, neste mundo de miseráveis e precariedades.
segunda-feira, 11 de janeiro de 2021
OPINIÃO E ESPETÁCULO
Todos querem ficar bem informados.
Saber dos últimos acontecimentos,
produzir opiniões,
participar da tagarelice midiática.
Todos querem julgar,
condenar,
reivindicar,
criticar
dentro do previsível.
Todos querem
Mas ninguém quer nada.
Poucos possuem a coragem do impossível.
domingo, 10 de janeiro de 2021
SUICIDIO POLITICO JÁ!
"Saída para Trump: matar-se!
E, como Bolsonaro copia tudo que ele diz e faz, poderia segui-lo também nesse gesto"
A recente colocação do jornalista Ruy Castro sobre os impasses vividos pela democracia norte americana frente a truculência da nova direita é perfeita. Líderes como Trump e Bolsonaro representam um projeto tão sombrio e autoritário no cenário política institucional de Crise da democracia, que só pode ser levado as últimas consequências com um suicídio político. Afinal, é inimaginável que o conjunto da sociedade legitime o autoritarismo messiânico que ambos representam como uma opção política razoável ou de algum modo tolerável. Afinal, essa foi a solução natural para líderes autoritários clássicos com Vargas e Hitler, quando a realidade se voltou definitivamente contra seus delírios.
sábado, 9 de janeiro de 2021
CONTRA CONDUTA
sexta-feira, 8 de janeiro de 2021
PRÉ PROTESTO
Tire do armário aquele seu antigo desespero.
Leve-o para passear no domingo.
Dance, grite e vomite,
no meio da praça,
as últimas novidades do noticiário.
Tudo está sempre de novo
o pior possível de ontem.
Mas um dia
a vida vai ter que acontecer
e o passado, de uma vez por todas,
há de morrer fazer
apodrecer nossos futuros antigos.
O BRASIL COMO ELE É
terça-feira, 5 de janeiro de 2021
ÓDIO A TODA CORJA POLÍTICA!
Não tenham nenhuma dúvida. Eu não acredito em políticos ou qualquer outro tipo de autoridade pública. A sociedade hierárquica e excludente na qual vivemos existe para manutenção dos privilégios de poucos sobre a miséria de muitos.
É uma sociedade que em nome da ordem e da vida produz morte e desastres.
Tenho nojo de vereadores, prefeitos, deputados, governadores e presidentes, assim como desprezo toda aquela corja que os serve na manutenção do jogo podre do poder de Estado.
Que seja enforcado o último político com as tripas do último policial !!!
NENHUM POLÍTICO ME REPRESENTA!
REFLEXÕES SOBRE O BRASIL DO CORONA VIRUS XXXII
Mais do que uma questão de saúde pública, as vacinas contra a COVID-19 no Brasil se tornaram um fato midiático e político. Por um lado a pratica genocida do governo federal, o negacionismo da parcela podre da sociedade, e o oportunismo demagógico de muitos políticos, alimentam desinformações e impasses. Por outro, o desespero dos profissionais de saúde, o pós iluminismo normativo dos pesquisadores e a angustia da parcela da população, que não tem nenhuma ilusão quanto a gravidade da situação de emergência pandêmica, colocam a questão da urgência das vacinas emergências para diminuir o contágio e o numero de mortes.
Em meio a tal polarização estamos todos perdidos e náufragos nestes tempos de peste global e, simplesmente, seguimos adoecendo e morrendo.
O que ninguém duvida é que a pandemia, com vacina ou sem vacina, está longe de terminar e o mundo de antes disso tudo está definitivamente morto e enterrado.