O Bolsonarismo, pelo discurso de ódio e desprezo as instituições democráticas, apologia ao AI-5 e a ditadura militar, etc. Pode ser considerado como algo pior do que uma uma mera ideologia política conservadora. Seu diferencial é a pretensão a se afirmar como um movimento político “revolucionário” e sectário como nunca antes se viu neste país. Não se trata, também, de um simples movimento carismático de natureza populista. Trata-se mesmo de uma personificação do autoritarismo de Estado que não fica devendo nada aos fascismos dos anos 30 do século XX. O que, entretanto, mais impressiona, é a incapacidade das instituições democráticas e movimentos políticos de inspiração dita progressista de lhe imporem a necessária oposição. Pelo contrário. Uma parcela significativa da sociedade parece simpatizar com o extremismo de direita ou, em alguma medida, tolerá-lo. É neste pormenor que de fato reside o risco de uma ruptura com o Estado de Direito. Nada é mais nocivo a uma sociedade do que a banalização do absurdo.
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