São tempos
de absurdos, lutos
e perplexidades.
Tempos de mortes enterradas em cifrões,
de silêncios de nomes e sobenomes
que dizem rostos perdidos
de pais e de mães.
Tempos de descaso do Estado,
impotência da sociedade,
negacionismos e barbáries.
São tempos de necropolítica,
emergência climática,
e de perplexidades
que não cabem em estatisticas.
Tempos em que nada justifica
qualquer fé na humanidade,
nos deuses ou no diabo.
São tempos em que o mundo
de tão absurdo
quase não existe.
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