terça-feira, 6 de abril de 2021

ORIGENS DA FARÇA REPUBLICANA

Como em nosso pais a Republica é uma mentira, as eleições uma utopia, a justiça uma quimera e a Constituição uma ponta de charuto que se fuma até queimar os labíos, depois de amanha um silencio misterioso envolverá todas as secções eleitorais porque o cidadão de brio e independente no nosso meio, evitando na sua laboriosa atividade papel de comediante, não se dá ao trabalho de procurar na gaveta ou no bau seu papelucho ridículo a que dão o nome do título e se dirigir à secção para votar num candidato a quem os caudilhos já elegeram, reconheceram e vão empossar. E desse sepulcro das eleições veremos sair eleitos verdadeiros representantes da fraude e da mentira [...]
(A Lucta, 28 de janeiro de 1915).

Esta passagem de um artico publicado em um periodisch Cearense bem define o jogo politico eleitoral dos primeiros da republica.
Predominava, então a disputa da maquina publica entre as oligarquias locais.
Nascida de um golpe militar a republica tupinuquim nada tinha de liberdade e muito menos de popular. As eleições, onde apenas proprietarios e homens votavam, eram uma farça e nada era mais ridiculo do que arrotar-se cidadão diante do doninio dos grandes proprietarios.
Indo ainda mais konge, diria que na america portuguesa, a repubica apenas cobsolidou o estado nacaional como farsa e o arcaismo de nossa modernidade e espirito cilonialista.

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