O cientista político Sergio Abranches cunhou o termo “presidencialismo de coalizão” para descrever nosso sistema eleitoral distópico baseado na promíscua relação entre executivo e legislativo na construção da governabilidade como composição de forças oligarquicas.
Tais arranjos entre poderes definiu a política institucional de 1985 a 2018. Trata-se do ciclo político da chamada "Nova República", inaugurada com a constituição de 1988, e que teve seu fim decretado com a eleição disruptiva de 2018.
O sistema político tradicional que sustentou o dito presidencialismo de coalizão ou de conchavo deteriorou-se pela exacerbação do patrimonialismo, do clientelismo, da corrupção inerente a seu próprio funcionamento. Em seu lugar, os anos bolsonaro, caracterizaram-se pela tentativa de introdução de um "presidencialismo de caserna" baseado em um estado de conflito permanente entre os poderes com vistas à uma ruptura institucional. O que virá em seguida será um novo pacto político entre as facções oligárquicas para consolidar a "velha politica" da "nova república" através da novidade do sempre igual de qualquer "parlamentarismo de formação de quadrilha dos políticos organizados em conluio".
O fato é que nunca saimos dos anos vinte da " república velha"....
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