sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

REFLEXÕES SOBRE O BRASIL DO CORONA VIRUS XLIII

O segundo natal da pandemia é marcado pela vitória, na maioria dos estados, da politica de vacinação massiva, apesar do negacionismo mitante do governo federal e de uma parcela cada vez menor da sociedade, que insiste em politizar vulgarmente uma questão de saúde pública.
Os riscos da nova variante que avança na Europa não abala o ingênuo otimismo nacional, inspirado pela queda significativa  do número de mortes diárias por Covid no país depois da difusão das vacinas.
Mas nosso futuro ainda é incerto na combinação explosiva de crise sanitaria, política, e econômica. Vivemos uma epidemia social e politica, muito mais do que sanitária,  onde fomos infectados pelo ceticismo em relação ao porvir. Nunca nossas espectativas de curto e médio prazo, foram tão  precárias. Mas na contramão  do ceticismo, há uma ocupação das ruas e circulação de pessoas, inspiradas pelos ritos de fim de ano, que não  se viu no ano passado. Aproveitar o momento, apesar de todas as mazelas, parece ser a receita do mês de dezembro.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

REFLEXÕES SOBRE O BRASIL DO CORONA VIRUS XLII

Apesar do fracasso cada vez maior de sua cruzada contra as vacinas, do caráter criminoso de seu negacionismo e autoritarismo, o governo bolsonaro segue sem ser institucionalmente interpelado por um merecido processo de impeachment.  Mesmo depois da chamada CPI da covid ter investigado e exposto em detalhes todas as atrocidades patrocinadas ou insentivadas pelo governo federal, tudo indica que o presidente genocida  chegará até o fim do mandato sem sofrer qualquer responsabilização pelos seus atos.
Apesar disso, a politica pública de vacinação em massa, de restrições a realização de grandes evenros, afirma-se de nodo eficaz contra a pandemia. A indignação dos negacionistas, raivosos defensores da pseudo liberdade de fazer circular o virus, não encontra mais significativa adesão entre a população. A massiva procura por vacinas prova o quanto a consciência e responsabilidade social predomina sobre a insensatez política dos negacionistas.
Nada disso nos leva a qualquer cenario otimista pois, em que pelem todos os esforços da medicina, o futuro da crise pandêmica,  dois anos depois do seu início,  ainda é incerta. Talvez, tenhamos adentrado a era das pandemias, como desdobramento da emergência climática que hoje torna sombrio o futuro da civilização tal como a conhecemos ou, talvez, como a conheciamos até poucos anos.

domingo, 19 de dezembro de 2021

POLÍTICA E FISIOLOGISMO

O fisiologismo domina a política institucional. Afinal, ela é definida pelo jogo de poder e sobrevivência dos partidos politicos, seus caciques e quadros.
 Neste jogo, as maquinas partidarias não  são  ideologicas, mas fisiológicas e pragmaticas em seus cálculos e arranjos eleitorais.  Afinal, delas dependem a governabilidade de qualquer governo, na mesma medida que elas dependem dos governos e seus cargos para acomodar interesses oligarquicos. Deta forma, longe de voltarem- se para as pautas e interesses da sociedade,  os partidos e governos se ocupam do aparelhamento do Estado, da distribuição de cargos e salários. É interesse de qualquer governo conservar tal situação e assegurar sua viabilidade através do mais sincero fisiologismo. Polarizações ideologicas ou o destino do país pouco importam.
Muito pouco se pode esperar de governos e politicos pois eles estão sempre compromeridos com a reprodução do sistema oligárquico como modo estruturante de uma esfera pública restrita a ação dos profissionais da politica.


segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

A ESCANDALOSA SOBREVIVÊNCIA DO DESGOVERNO BOLSONARO

Depois do escandaloso ensaio de golpe institucional de sete de setembro, o desgoverno anti democrático de Bolsonaro, em um cretino arranjo entre os três poderes, passou a gozar de governabilidade e uma contundente sustentação politica pelo fisiológico e corrupto Centrão. 
Todos os crimes e arbitrariedades praticados pelo governo foram minimizados e o impeachment virou o vilão da história. O consenso oligarquico em torno da governabilidade, da manutenção  da ordem acima de todos os princípios,  brindou de vez o presidente genocida e corrupto. Atentando contra a ética e a própria demicracia como principio, as ditas autoridades da república garantem a quase qualquer custo que o miserável complete seu mandato  coroando sua politica de morte.
Afinal, que tipo de república é essa que nornaliza a barbárie?

terça-feira, 7 de dezembro de 2021

BRASIL:PAÍS SEM FUTURO

O Brasil vem se tornando nos últimos anos um país sem futuro, mediocre, e miserável, um canto nefasto de mundo, sem qualquer virtude e reduto do conservadorismo mais perverso. Nascer no Brasil é agora uma espécie de maldição,  de condenação cósmica. No Brasil, afinal, ainda se passa fome, e o Estado Mata indios e negros.

PÓS ESCRAVIDÃO, RACISMO E POLÍCIA

No Brasil, o periodo Pós Escravidão  consagrou a Republica como nova versão  do antigo regime. 
A policia militar, nascida sobre o fantasma da revolução haitiana, é máximo  expressão do medo racista dos negros. Eterno perigo a boa sociedade dos homens brancos coloniais.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

GUERRAS SECRETAS

Há  mortos
e feridos 
banhados em sangue
e cobertos de injustiças.

Em toda parte
cresce uma semente de desastre
em promessas de distopias.

Mas os jornais inventam rotinas,
tédios, empatias, e vitrines.
Vendem esperança e normalidades,
enquanto sonâmbulos ensinam nas escolas 
uma realidade de faz de conta.

Assim, seguimos em guerra,
sussurando gritos
na sala de espera,
ou comprando besteiras
com o cartão de credito,
enquanto a morte é gratuita
em hospitais lotados.