Avesso ao humanismo,
ao progresso,
ao industrialismo,
e ao racismo dos bem nacidos,
penso a margem da civilização ocidental uma contra história da razão.
Penso nas trincheiras das periferias e florestas,
entre os sensualismos e vertigens
de uma América selvagem,
descolonizada, indigesta ao cristianismo, plena de liberdade e natureza,
onde o trabalho não impera.
Penso, contra todo pensamento
que me ensinaram na escola e na igreja,
protesto contra o bom senso e o razoável dos amantes das belas letras.
Pensar é, para mim, saber o corpo,
ser animal e mata,
na fala selvagem que é maior que a escrita.
A palavra é a alma da boca
e nos define a liberdade.
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